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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Passos largos

Ampliando a casa das marcas: Arezzo (ARZZ3) quer levantar mais de R$ 800 milhões com oferta de ações para acelerar o crescimento

A Arezzo (ARZZ3) quer expandir suas operações e ter dinheiro em caixa para novas compras; a precificação da oferta de ações sai no dia 3

Victor Aguiar
Victor Aguiar
27 de janeiro de 2022
12:48 - atualizado às 14:23
Fachada de loja da Arezzo (ARZZ3). Empresa vai pagar dividendos na forma de JCP
Imagem: Divulgação

A Arezzo (ARZZ3) chegou à bolsa no longínquo 2011 e, na época, já era uma das líderes do setor de calçados femininos do Brasil: as marcas Arezzo, Anacapri, Schutz e Alexandre Birman, cada uma com um público-alvo específico, eram exemplos de sucesso no varejo brasileiro. Passados 11 anos da estreia na B3, a companhia fará uma nova oferta de ações, a primeira desde então — mas, desta vez, com objetivos bastante diferentes.

Não que a Arezzo tenha mudado radicalmente de ramo; ela continua como uma das grandes calçadistas do país. Mas, de lá para cá, o escopo da empresa se abriu — digamos que ela começou a dar passos maiores. A meta, agora, é ser uma casa de marcas, concentrando nomes fortes no varejo de moda como um todo.

As bolsas e sapatos femininos continuam com uma posição importante no portfólio da Arezzo, mas, pouco a pouco, ela vem entrando em outros ramos de vestuário. Roupas masculinas e femininas, para públicos de diferentes idades e padrões de consumo; o objetivo é ser um gigante dos pés à cabeça.

Ampliar a casa das marcas, no entanto, custa dinheiro. E, aproveitando o clima mais favorável visto na B3 nas últimas semanas, a Arezzo pretende levantar mais de R$ 800 milhões num follow on primário — em que novos papéis são emitidos e os recursos vão para o caixa da empresa.

Analisemos, portanto, os detalhes da oferta e o atual momento financeiro e operacional da companhia.

Dinheiro no bolso

A primeira questão a ser ressaltada é a natureza do follow on: estamos falando de uma oferta restrita via Instrução CVM 476. Como o próprio nome diz, essa não é uma operação aberta a qualquer um; apenas os chamados investidores profissionais — aqueles com mais de R$ 10 milhões em aplicações financeiras — poderão participar.

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Ou seja: você, caro investidor pessoa física, não poderá entrar na oferta. Esse caminho, no entanto, faz sentido do ponto estratégico para a Arezzo, já que as operações restritas são menos demoradas que as comuns — o follow on foi anunciado hoje e deve ser fechado já na semana que vem. É uma injeção rápida de dinheiro no caixa.

Ao todo, a Arezzo vai emitir 7,5 milhões de novas ações ARZZ3; caso haja demanda, o volume pode ser elevado em até 35%, chegando a 10,123 milhões de papéis. Assim, considerando o fechamento de ontem (26), de R$ 81,91, a operação pode movimentar até R$ 830 milhões.

O preço por ação será definido no próximo dia 3, mas o fato de a oferta ter sido lançada neste momento mostra que a Arezzo está atenta ao timing do mercado: se é verdade que as ações ARZZ3 estão longe das máximas históricas, de pouco mais de R$ 100, também é verdade que, há duas semanas, os papéis eram negociados na casa dos R$ 63,00.

Portanto, o fato de a oferta ser restrita e ter um trâmite mais veloz mostra que a administração do grupo quer aproveitar a janela de bom humor que se abriu na bolsa brasileira para captar recursos. Afinal, dadas as turbulências vistas nos mercados externos, não dá para saber se o bull market será duradouro ou não.

Arezzo: crescer e aparecer

Dito isso: como a Arezzo (ARZZ3) conseguiu dar o salto operacional, passando de calçadista feminina para uma espécie de holding do varejo de moda mais amplo?

A resposta está nos balanços da companhia. Antes de chegar à bolsa, a Arezzo já era conhecida por ser uma geradora de caixa; com a captação do IPO, ela ganhou fôlego para investir nas operações e ampliar a capacidade produtiva, em paralelo à abertura de lojas e expansão dos canais de venda. Um crescimento orgânico tradicional, portanto.

A mudança veio em 2020, simbolizada pela aquisição da Reserva, a grife de roupas masculinas de Rony Meisler — que, por sua vez, também era reconhecida pelo mercado pela excelência em sua execução estratégica. Baseada na geração de caixa, a Arezzo lançou a pedra fundamental para a construção da casa das marcas.

De lá para cá, outras aquisições foram anunciadas: a Baw, marca de streetwear com enorme apelo nas redes sociais, e a Carol Bassi, nome forte na moda feminina, entraram para o portfólio do grupo em 2021; a reativação da rede Myshoes, ampliando o rol de sapatos e bolsas, também foi uma tacada elogiada pelo mercado nos últimos meses.

Dito isso, a Arezzo já elencou quatro grandes destinos para o dinheiro captado com a oferta restrita de ações:

  • Desenvolvimento das marcas e abertura de lojas;
  • Investimentos em abastecimento, distribuição e logística;
  • Investimentos em tecnologia, plataforma digital e omnicanalidade; e
  • Fusões e aquisições.

Assim, fica claro que a companhia vai trabalhar com o crescimento orgânico e inorgânico ao mesmo tempo; a preocupação com os canais digitais é particularmente importante para a estratégia da Arezzo, uma vez que as vendas online ocupam uma fatia cada vez maior do faturamento do grupo.

No entanto, o último tópico da lista é o que salta aos olhos, considerando que a empresa tem mostrado uma grande disposição para buscar novas marcas e ampliar seu portfólio. Em 2020, a Arezzo tentou comprar a Cia. Hering, mas acabou sendo superada pelo Grupo Soma (SOMA3) — e, nos últimos meses, circularam boatos de que o próprio Grupo Soma é o próximo alvo da companhia.

ARZZ3: o que esperar?

Como já foi dito acima, as ações da Arezzo (ARZZ3) estão distantes das máximas históricas, atingidas em julho do ano passado. Essa constatação, aliada à percepção positiva quanto à execução da estratégia da empresa, fazem os analistas assumirem uma postura otimista em relação aos papéis.

Segundo dados compilados pelo TradeMap, as ações ARZZ3 contam hoje com 13 recomendações de casas de análise: 12 delas são de compra e uma é neutra. Em termos de preço-alvo, o valor médio das recomendações é de R$ 105,77, o que representa um potencial implícito de valorização de 29% em relação aos níveis atuais.

Chama a atenção, no entanto, o fato de que mesmo a projeção mais conservadora — de R$ 91,00 — embute um ganho razoável aos papéis, de cerca de 11%. Portanto, a visão unânime do mercado é a de que os papéis ARZZ3 têm espaço para subir.

Em termos de valuation, as métricas também dão a entender que as ações da Arezzo estão num nível atrativo de preço. O múltiplo Preço/Lucro (P/L) de ARZZ3 está atualmente em cerca de 25 vezes, bastante abaixo da média de três anos para o ativo, de 87 vezes.

O indicador EV/Ebitda também mostra situação semelhante, rodando perto de 16 vezes no momento versus uma média de três anos de 27,8 vezes — ambos os múltiplos são inferiores aos de outras empresas do setor, como o Grupo Soma (SOMA3) ou a Lojas Renner (LREN3).

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