R$ 40 bilhões? Valor que os bancos perderam com o Pix é bem menor que o alegado por bolsonaristas
Bolsonaro e apoiadores atribuem assinatura de banqueiros em manifesto pela democracia à queda de receita dos bancos após o Pix

Um manifesto em defesa da democracia e do sistema eleitoral do país, promovido pela Faculdade de Direito da USP, que veio a público na terça-feira (26), parece ter gerado preocupação no governo do presidente Jair Bolsonaro.
Contrariados com o fato de o documento conter as assinaturas de banqueiros como Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, ambos co-presidentes do conselho de administração do Itaú Unibanco, governistas e o próprio Bolsonaro disseram que o manifesto é patrocinado pelos bancos por causa do Pix.
Na terça-feira, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, chegou a publicar no Twitter que os bancos perderam R$ 40 bilhões por ano com o Pix. A deputada Carla Zambelli também se manifestou nesse sentido.
E na última quinta-feira, Bolsonaro voltou a tocar no assunto.
"Você pode ver, esse negócio de carta aos brasileiros, à democracia, os banqueiros estão patrocinando. É o Pix que eu dei a paulada neles, os bancos digitais também que nós facilitamos”, disse a apoiadores.
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Mesmo com Pix, bancos tiveram lucro recorde
É verdade que a criação do Pix, no final de 2020, provocou uma queda nas receitas dos grandes bancos brasileiros.
Analisando as linhas de receitas com conta corrente — que inclui as cobranças com transferências — dos quatro maiores bancos, é possível observar uma queda de R$ 1,5 bilhão em 2021 na comparação com o ano anterior. Ou seja, bem distante do valor observado por Ciro Nogueira.
E, curiosamente, o banco mais impactado pela queda nas receitas com conta corrente foi o estatal Banco do Brasil, que, sozinho, perdeu R$ 1,293 bilhão.
Apesar da queda provocada nas receitas, o Pix não chegou a afetar tanto assim o desempenho das instituições financeiras.
Isso porque, apenas no ano passado, o lucro líquido consolidado dos quatro maiores bancos brasileiros - Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil - foi de R$ 81,63 bilhões.
De acordo com a Economatica, foi o maior lucro nominal já registrado desde 2006. Ele ultrapassou o recorde anterior, de 2019, quando totalizou R$ 81,50 bilhões.
E os resultados deste ano já estão na mesma toada: no primeiro trimestre de 2022, o lucro dos mesmos bancos foi o maior já registrado para o período, totalizando R$ 24,3 bilhões.
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