A distância entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) é de 9 pontos porcentuais neste momento, a menor desde junho de 2021, segundo pesquisa Ipespe divulgada nesta segunda-feira (25).
De acordo com o levantamento, o petista tem 44% das intenções de voto; o chefe do Executivo, 35%.
No entanto, uma outra sondagem feita pelo Instituto FSB e encomendada pelo banco BTG Pactual, mostra o petista abrindo a maior vantagem sobre o atual presidente desde maio.
Com isso, Lula voltaria a vislumbrar a possibilidade de vencer em primeiro turno. Confira a pesquisa FSB/BTG Pactual.
Bolsonaro sobe, Lula desce
De acordo com a pesquisa Ipespe, Bolsonaro oscilou um ponto para cima (de 34% para 35%), e Lula, um para baixo (de 45% para 44%).
Contudo, a sondagem mostra que o atual presidente vem crescendo desde janeiro, tendo começado o ano com 24% da preferência do eleitorado.
O aumento foi gradual: ele tinha 25% em fevereiro, 28% em março, 30% em abril e 31% em maio. Já o petista partiu de 44% em janeiro e oscilou um ponto para mais ou para menos desde então.
Confira o percentual dos demais interessados pela vaga no Planalto:
- Ciro Gomes (PDT):9%;
- Simone Tebet (MDB): 4%;
- André Janones (Avante): 2%;
- Pablo Marçal (Pros): 1%;
- Felipe D'Avila (Novo): 1%.
Nos cenários testados para o segundo turno, Lula vence Bolsonaro (53% a 36%), Simone Tebet (55% a 23%) e Ciro Gomes (53% a 29%).
Bolsonaro empata na margem de erro com Ciro Gomes (41% a 46%) e Simone Tebet (41% a 39%).
A pesquisa Ipespe consultou 2 mil eleitores por telefone entre os dias 20 e 22 de julho. A margem de erro é de 2,2 pontos para mais ou para menos.
O código de registro na Justiça Eleitoral é BR-08220/2022. O levantamento foi contratado pela XP Investimentos.
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Alteração da periodicidade
Em junho, a XP Investimentos alterou a periodicidade das pesquisas de intenções de voto divulgadas, antes, semanalmente pelo Ipespe. O registro de um levantamento que seria divulgado naquele mês chegou a ser cancelado.
Em nota na ocasião, a empresa alegou que os resultados passariam a ser divulgados mensalmente, com maior número de pessoas entrevistadas.
"(...) Oferecendo dessa maneira uma ferramenta ainda mais ampla para que os investidores compreendam o cenário eleitoral e seus impactos no mercado".
Pouco antes do anúncio da alteração, grupos bolsonaristas pressionaram a corretora nas redes sociais contra o resultado de uma amostra que mostrava Lula com um índice maior de eleitores que atribuíam a ele a característica de "honestidade".
As críticas foram reverberadas pelos filhos do presidente e parlamentares aliados. A empresa não confirmou relação entre a interrupção das pesquisas semanais e a pressão nas redes.
*Com informações do Estadão Conteúdo