🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Forte como sempre

Na Weg (WEGE3), a história se repete: o terceiro trimestre superou (mais uma vez) as expectativas

A Weg (WEGE3) mostrou um crescimento de quase 30% na receita líquida; o bom desempenho do mercado doméstico deu força aos resultados

Victor Aguiar
Victor Aguiar
27 de outubro de 2021
13:27 - atualizado às 10:25
Fábrica com objeto com logo da WEG (WEGE3)
Imagem: Divulgação

Trimestre após trimestre, o mercado deposita expectativas elevadas sobre a Weg (WEGE3): a empresa catarinense, afinal, tem um longo histórico de entrega de resultados, crescendo mesmo nos cenários econômicos mais adversos. E, trimestre após trimestre, a companhia supera as projeções agressivas dos analistas — uma tradição que, novamente, foi mantida.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Veja a receita líquida da Weg: R$ 6,2 bilhões entre julho e setembro, avançando 29% em relação ao mesmo intervalo de 2020 — uma cifra que ficou acima de todas as estimativas compiladas pelo Seu Dinheiro. O Ebitda de R$ 1,14 bilhão (+22%) e o lucro líquido de R$ 812 milhões (+26%) também bateram as expectativas.

É verdade que o Ebitda e o lucro líquido tiveram uma ajudinha extra: a Weg contabilizou créditos referentes à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e do Cofins, o que impulsionou as duas linhas. Ainda assim, a expansão da receita mostra que a empresa continua sólida — o avanço foi de quase 8% em relação ao segundo trimestre, deixando clara a expansão sequencial.

E, como nos balanços anteriores, essa solidez se deve, em grande parte, à diversificação da Weg: ao atuar em inúmeros segmentos da indústria, ela tem um leque de clientes bastante amplo; ao estar presente no Brasil e no exterior, está exposta a diferentes ciclos econômicos — e ainda consegue gerar receita em reais e em dólares.

Dito isso, é importante destacar algumas tendências mostradas pela Weg em seu balanço, especialmente no que diz respeito à composição da receita.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Weg (WEGE3): mercado doméstico cada vez mais importante

Um primeiro ponto que chama a atenção no balanço da Weg é a divisão entre mercado interno e mercado externo. No terceiro trimestre, as vendas no Brasil somaram R$ 2,9 bilhões, o que representa 47% do total; o exterior respondeu pelos 53% restantes, ou R$ 3,3 bilhões.

Leia Também

Por mais que as vendas externas continuem com um peso maior na composição da receita da Weg, a divisão está cada vez mais equilibrada: os 47% obtidos no mercado doméstico representam a maior participação desse segmento desde o primeiro trimestre de 2020:

O mercado externo sempre tem um peso maior na receita da Weg, mas a diferença em relação ao mercado doméstico está diminuindo.

Dois fatores ajudam a explicar esse ganho de importância do mercado doméstico. Em primeiro lugar, houve uma desvalorização do dólar em relação ao real: a moeda americana recuou de R$ 5,38 no terceiro trimestre de 2020 para R$ 5,23 no mesmo intervalo deste ano; com isso, a conversão da receita dolarizada para o real acaba sendo impactada.

Mas há, também, uma expansão mais intensa das vendas locais: os R$ 2,9 bilhões de receita obtida no mercado doméstico representam um salto de mais de 40% na comparação anual; em relação ao segundo trimestre, a alta foi de 13% — um desempenho que foi considerado pela própria Weg como "principal destaque" do balanço.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"A receita dos equipamentos de ciclo curto continuou positiva, tanto para o segmento industrial quanto para o comercial", diz a empresa, em mensagem aos acionistas. "Para os equipamentos de ciclo longo, os negócios em geração, transmissão e distribuição foram os principais responsáveis pelo crescimento apresentado".

Feitas as ponderações a respeito dos mercados consumidores, um segundo ponto a ser analisado é o mix de vendas — e o desempenho de cada um dos segmentos de atuação da Weg no trimestre. Veja abaixo como se comportaram as divisões da empresa catarinense:

(R$ milhões)3T212T21Variação
Mercado interno
Equipamentos eletroeletrônicos984,7851,2+15,7%
Geração, transmissão e distribuição de energia1.3811.204,3+14,7%
Motores comerciais326,4307+6,3%
Tintas e vernizes238,9215,5+10,9%
Mercado externo
Equipamentos eletroeletrônicos1.964,31.865,9+5,3%
Geração, transmissão e distribuição de energia918,5931,7-1,4%
Motores comerciais336,8326,1+3,3%
Tintas e vernizes47,646,5+2,4%

Weg (WEGE3): ações e analistas

Em relatório, o BTG Pactual avalia que os resultados da Weg no trimestre foram 'sólidos', com destaque para a expansão da receita líquida e o bom desempenho das vendas no mercado doméstico — enquanto os equipamentos de ciclo longo seguem resilientes, os de ciclo curto continuam se recuperando.

"A companhia foi capaz de manter as margens em patamares razoáveis, mesmo num período de alta nos custos das matérias-primas e o início das entregas de turbinas eólicas, o que costuma diluir as margens", escrevem os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Aline Gil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dito isso, o mercado reagiu com relativa timidez aos números da Weg no trimestre. As ações ON da companhia (WEGE3) chegaram a subir quase 4% logo após a abertura, batendo os R$ 40,83 na máxima. No entanto, por volta de 13h10, os papéis operavam em baixa de 0,93%, a R$ 39,29.

Por mais que os resultados da Weg no trimestre tenham sido fortes, as ações WEGE3 têm um calcanhar de Aquiles: os múltiplos bastante esticados. Segundo dados do TradeMap, a relação entre preço e lucro por ação (P/L) projetada para o fim de 2021 está perto de 60 vezes — acima da média de três anos para o papel, de 50 vezes.

A relação entre valor da firma (EV) e o Ebitda nos últimos 12 meses também mostra tendência semelhante: ao fim do ano, o múltiplo gira ao redor de 44 vezes, métrica superior à média de três anos, de 36 vezes. Em linhas gerais, quanto maior o P/L e o EV/Ebitda, mais caras estão as ações de uma empresa.

Além disso, os múltiplos em si chamam a atenção: um P/L na casa de 60 vezes é comparável ao visto nas grandes empresas de tecnologia dos EUA — companhias cujas perspectivas de crescimento são bastante elevadas no curto prazo. Por mais que a Weg tenha um histórico animador, muitos analistas e investidores veem um certo exagero na precificação de suas ações.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em termos de indicações de analistas, o TradeMap mostra que, de fato, há certa hesitação entre as casas: são sete recomendações de compra para WEGE3 e outras três de venda; outros cinco têm uma posição neutra para os papéis.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597

28 de outubro de 2025 - 17:25

Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.

GIGANTE LOGÍSTICO

‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo

28 de outubro de 2025 - 11:23

Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas

OS QUERIDINHOS DOS GRINGOS

Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’

27 de outubro de 2025 - 18:43

Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina

AINDA HÁ ESPAÇO NA FESTA?

Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”

27 de outubro de 2025 - 15:52

Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial

BALANÇO SEMANAL

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana

25 de outubro de 2025 - 16:11

Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%

DE OLHO NO GRINGO

Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai

24 de outubro de 2025 - 19:15

Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM

DEMOGRAFIA VIRANDO DINHEIRO

Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa

24 de outubro de 2025 - 18:56

Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade

ESQUECERAM DE MIM?

Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde

24 de outubro de 2025 - 15:02

Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva

MERCADOS HOJE

Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?

24 de outubro de 2025 - 12:39

O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui

VEJA DETALHES

Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

23 de outubro de 2025 - 13:40

O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

FII EXPERIENCE 2025

Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

23 de outubro de 2025 - 11:00

Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

FII EXPERIENCE 2025

FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

23 de outubro de 2025 - 7:02

Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

HORA DE VENDER

JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa

22 de outubro de 2025 - 17:31

Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)

FII EXPERIENCE 2025

“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners

22 de outubro de 2025 - 16:55

Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam

CHEGOU AO TOPO?

Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso

21 de outubro de 2025 - 18:30

É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA

VAMOS...PULAR!

Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%

21 de outubro de 2025 - 15:04

Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa

21 de outubro de 2025 - 12:10

Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

BOLSA DOURADA

Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano

21 de outubro de 2025 - 9:03

Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3

FIIS HOJES

FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso

20 de outubro de 2025 - 18:01

O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato

PRÉVIA OPERACIONAL 3T35

Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25

20 de outubro de 2025 - 11:55

BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar