Ações da Vulcabras (VULC3) fecham em forte alta após balanço e já acumulam ganhos de 74% no último ano
Impulso mais recente para as ações da empresa vieram do balanço do segundo trimestre, em que a companhia voltou apresentar lucro, de R$ 91,5 milhões
As ações da Vulcabras (VULC3) fecharam esta quarta-feira (11) em alta de 7,32%, a R$ 9,53. Com isso, os papéis acumulam avanço de 74,8% nos últimos 12 meses. Em dois anos - ou seja, considerando o período pré-pandemia -, os ganhos são de 24%.
O impulso mais recente para as ações da empresa vieram do balanço do segundo trimestre, em que a companhia voltou apresentar lucro líquido, de R$ 91,5 milhões, ante o prejuízo de R$ 75,4 milhões de um ano atrás. Já a receita disparou 304,7%, chegando a R$ 399,4 milhões.
Durante o trimestre, a Vulcabras foi beneficiada por créditos referentes à exclusão do PIS/COFINS sobre o ICMS. Ajustado, o lucro líquido foi de R$ 30,9 milhões, enquanto o Ebitda chegou a R$ 67,3 milhões.
A empresa reportou uma rentabilidade menor do que o esperado: margem bruta de 34,1%, contra 35,2% projetado pela XP. O resultado foi influenciado principalmente pelos seguintes fatores:
- Aumento do nível de absenteísmo nas fábricas;
- Início da produção da coleção de calçados Mizuno, ainda não desenvolvida pela companhia;
- Antecipação de férias por 15 dias na segunda quinzena de abril;
- Pressão nos custos de matéria-prima.
A XP comentou em relatório que as margens são resultado de eventos não recorrentes e disse que a empresa deve alcançar um patamar de rentabilidade superior já nos próximos trimestres.
A recomendação da casa para as ações da Vulcabras (VULC3) é de compra, reiterada após balanço, com preço-alvo de R$ 12 por ação.
Leia Também
"Apesar do fechamento da maior parte do varejo físico no decorrer dos meses de março e abril devido à continuidade das restrições da pandemia, a Vulcabras conseguiu entregar um volume de 5,7 milhões de pares/peças (vs. 5,4 milhões em nossas expectativas), dos quais 69% correspondem a calçados esportivos", lembraram os analistas.
A receita nessa divisão atingiu R$ 340 milhões, alta anual de 438,1%, por conta do crescimento de receita das marcas Under Armour e Olympikus e da inserção dos calçados da Mizuno, marca comprada pela companhia no Brasil.
Vucabras repaginada
Um dos nomes mais tradicionais da indústria brasileira de calçados, a Vulcabras passou por um longo inferno astral. Agora repaginada e com foco em artigos esportivos, a empresa espera virar a página da crise.
Entre as mudanças no portfólio, a companhia repassou a Azaleia à Grandene e comprou a Mizuno no Brasil. A marca japonesa se juntou à Olympikus e à Under Armour, enquanto a empresa se prepara para dar fim à Dijean, de caçados femininos. Anunciadas em 2020, essas mudanças eram negociadas há pelo menos dois anos.
A Vulcabras fez sucesso nos anos 1970 e 1980 com os sapatos masculinos da linha "752". A empresa inovou no marketing ao escalar como garotos-propaganda gente como Paulo Maluf, Leonel Brizola e Hebe Camargo. Mas no início da década de 2010, diante de mudanças do mercado, a empresa fez novas apostas — errou e correu até o risco de quebrar.
O avanço de marcas que produzem na Ásia, com países que cresciam ao mesmo tempo em que os europeus enfrentavam uma crise, mexeu com as empresas brasileiras do setor. A Vulcabras optou por adquirir em 2007 a Azaleia (e com ela a Olympikus), investiu recursos e triplicou de tamanho, em uma tentativa de concorrer com estrangeiras. Não deu totalmente certo.
"A gente se preparou para um crescimento que não aconteceu", contou o atual CEO da Vulcabras, Pedro Bartelle, em entrevista ao Seu Dinheiro em novembro de 2020. O executivo assumiu os negócios da família em 2015, depois da reestruturação promovida pelo consultor Claudio Galeazzi, especialista em cortes de custos.
A Vulcabras chegou a ter 29 fábricas e 45 mil funcionários. Hoje são dois espaços de fabricação no Brasil e 13 mil pessoas trabalhando para a companhia — incluindo os colaboradores do centro administrativo e do centro de tecnologia e desenvolvimento. Há ainda duas filiais e centros de distribuição no Peru e na Colômbia.
Com os cortes, a empresa saiu de cinco anos de prejuízo, entre 2010 e 2015. Embora afetada na pandemia, a empresa voltou a dar lucro no terceiro trimestre, com um resultado de R$ 43,4 milhões — alta anual de 3,9%.
Bartelle defende que o portfólio da Vulcabras é adequado ao bolso do brasileiro — com produtos que, segundo ele, duram mais e não são caros — e que a covid-19 ainda deixa o legado da aceleração da digitalização das vendas. “Nossos custos diminuíram muito, com viagens para feiras, por exemplo”, disse.
VÍDEO: Amazon (AMZO34) e Alpargatas (ALPA4): hora de comprar?
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
