Com CEO envolvido em processo no STF e minoritários na Justiça, Smart Fit pode arrecadar R$ 3 bilhões ao chegar à B3
Graças a seu potencial de crescimento, considerado único na América Latina, a rede de academias atraiu bilhões de reais em interessados para sua oferta

Graças a seu potencial de crescimento, considerado único na América Latina, a rede de academias Smart Fit atraiu bilhões de reais em interessados para sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
Isso mesmo com o fato de analistas terem apontado vários desafios em sua governança. A oferta, que pode movimentar até R$ 3 bilhões, terá seu preço definido na segunda-feira.
"A empresa conta com posicionamento e escala dificilmente alcançáveis por um concorrente, em velocidade capaz de pressionar a liderança da empresa no mercado latino-americano", diz a Eleven Financial em relatório a clientes.
Segundo a casa de análise, a Smart Fit tem a maior taxa de crescimento anual em termos de receita entre 2017 e 2019, de 63%, ante a média de 26% dos pares listados no exterior. A Eleven recomenda a participação na oferta, considerando a relação entre risco e retorno atrativa.
Na escala de riscos, estão o envolvimento do fundador e CEO da empresa, Edgard Corona, em processo no Supremo Tribunal Federal (STF), ações judiciais movidas por sócios minoritários contra a companhia e o uso de parte do dinheiro da oferta para comprar uma empresa que pertence a sócios da Smart Fit.
Corona constava em inquéritos envolvendo financiamento e divulgação de notícias com ataques a autoridades.
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"Atualmente não existe nenhum tipo de condenação nem acusação formal contra o Sr. Edgard Corona, e ainda de acordo com a empresa não haveria nenhum tipo de impacto material para a Smart Fit", diz o relatório da Eleven.
Além disso, a Smart Fit tem somente dois membros independentes em suas oito cadeiras de conselho, que, por sua vez, é presidido pela mulher do CEO da companhia, Soraya Corona, o que dá à família grande influência no grupo.
Processo de minoritários
A poucas semanas da precificação da oferta, surgiram notícias sobre um processo movido por acionistas minoritários com participação na ADV Esporte, responsável por 8% do faturamento total da rede e 3% das lojas.
O sócio Adalberto Valadão e seu filho pedem bloqueio da parte correspondente às suas ações da empresa no IPO e ainda fazem menção a supostas irregularidades nas contas da ADV Esporte, que tem somente representantes da Smart Fit em sua administração.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou a empresa sobre o motivo de essa disputa judicial não ter sido mencionada ao mercado.
A Smart Fit respondeu que o acordo de cotistas que daria direito a ações da empresa no IPO aos sócios da ADV não está mais vigente e, por isso, não terá impacto na operação. Adalberto e o filho alegam que o contrato foi renovado, mas não foi não reconhecido por Corona e seus sócios.
Chama a atenção ainda a destinação de parte dos recursos do IPO, especialmente a fatia de R$ 230 milhões para a aquisição da SmartEXP.
"Cabe destacar que dentre os acionistas de seu quadro societário estão executivos da Smart Fit, bem como os senhores Edgard Corona e Diogo Ferraz de Andrade Corona, também acionistas da Smart Fit", escrevem os analistas.
Para o professor do Insper Michel Viriato, os riscos citados não fazem da empresa, necessariamente, um investimento ruim.
"Todo contrato com parte relacionada deve ser visto com atenção. No entanto, em 99% das empresas brasileiras, pela forma de criação, há contratos com parte relacionada."
Procurada, a Smart Fit não comentou porque está em período de silêncio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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