🔴 META: ‘CAÇAR’ AS CRIPTOMOEDAS MAIS PROMISSORAS DO MERCADO DE FORMA AUTOMÁTICA – SAIBA COMO

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Desanimou

Prévias operacionais fracas derrubam ações da MRV; veja 3 motivos para a decepção dos investidores

Inflação dos custos de construção se refletiram em aumentos nos preços dos imóveis, impactando negativamente as operações da companhia no terceiro trimestre

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
19 de outubro de 2021
15:50 - atualizado às 10:26
Logo da MRV (MRVE3) nas cores verde e amarelo
Velocidade de vendas no terceiro trimestre caiu ao menor patamar desde o quarto trimestre de 2019. - Imagem: Divulgação

O pessimismo do mercado em relação ao setor imobiliário já começa a se materializar em números. Ontem à noite, a MRV (MRVE3), uma das principais construtoras da bolsa brasileira, divulgou prévias operacionais consideradas fracas por analistas e investidores, e hoje suas ações amargaram uma das maiores perdas do Ibovespa, num dia já bastante negativo para o índice.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os papéis da incorporadora (MRVE3) fecharam em queda de 6,33%, a R$ 11,69, enquanto o Ibovespa fechou em baixa de 3,28%.

No terceiro trimestre, a MRV lançou R$ 2,08 bilhões, alta de 0,5% em relação ao mesmo período de 2020, mas queda de 13,1% em relação ao segundo trimestre.

Sem contar a subsidiária AHS, que atua no mercado americano, os lançamentos apresentaram crescimento de 11% na comparação anual e vieram acima das estimativas do BTG e do JP Morgan, mas abaixo do esperado pelo Credit Suisse.

Embora alguns analistas tenham considerado esta cifra ainda sólida, ao menos três pontos das prévias decepcionaram: vendas líquidas fracas, velocidade de vendas baixa e queima de caixa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

1. Vendas líquidas fracas

As vendas líquidas da MRV no terceiro trimestre totalizaram R$ 2,01 bilhões, queda de 2,4% ante o trimestre anterior e alta de 2,4% na comparação anual; sem considerar a AHS, as vendas líquidas totalizaram R$ 1,39 bilhão, uma queda de 29% em relação ao terceiro trimestre do ano passado e abaixo do esperado por BTG, JP Morgan e Credit Suisse.

Leia Também

As vendas decepcionantes podem ser atribuídas à elevação dos preços, decorrente do encarecimento dos materiais de construção. Em outras palavras, a incorporadora repassou alta dos custos de construção para os preços, e isso justo num momento em que os financiamentos estão encarecendo, devido à alta nas taxas de juros.

De fato, o preço médio por unidade subiu 48,9% em comparação com o terceiro trimestre de 2020 e 20,5% ante o segundo trimestre deste ano, para R$ 238 mil.

No segmento MRV, essa alta foi de 8,7% na base anual e 3,1% na comparação trimestral, para R$ 175 mil; já no segmento Urba, o aumento foi de 67,6% na comparação anual e 25,1% na trimestral, para R$ 165 mil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

2. Baixa velocidade de vendas

Como consequência, a velocidade de vendas, calculada pelo indicador Vendas Líquidas sobre Oferta (VSO) viu uma queda considerável, tanto na comparação trimestral quanto na anual.

No segmento MRV, a VSO ficou em 14% no terceiro trimestre, ante uma VSO de 17,3% no trimestre anterior (queda de 3,3 pontos percentuais) e de 21,2% no mesmo período do ano passado (queda de 7,2 pontos percentuais).

O Credit Suisse destacou que a VSO de 14% é a menor velocidade de vendas desde o quarto trimestre de 2019.

3. Queima de caixa no valor de R$ 29 milhões

Outro ponto negativo destacado por analistas foi o fato de que, no terceiro trimestre, a MRV reportou uma queima de caixa no valor de R$ 29 milhões, apesar da forte geração de caixa das operações internacionais da AHS, no valor de R$ 117 milhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O principal motivo foi a continuidade da estratégia de antecipação da compra e estocagem de alguns materiais necessários para as obras, a fim de minimizar os efeitos da inflação dos custos de construção.

A MRV também atribui a queima de caixa ao descasamento do volume de unidades produzidas em relação às vendas e repasses reportados no trimestre.

Pontos positivos e visão dos analistas para as ações MRVE3

Entretanto, os analistas em geral consideraram positiva a continuidade da diversificação dos negócios pela companhia, como os seguintes destaques:

  • 39% das vendas líquidas do trimestre foram referentes a imóveis de fora do programa Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida);
  • A AHS vendeu dois projetos de US$ 123 milhões, obtendo lucro bruto de US$ 33 milhões (27% de margem);
  • Um quarto do projeto da marca Sensia, de R$ 101 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV) e lançado no fim de julho, foi vendido em 66 dias;
  • E a marca Luggo lançou oito projetos, totalizando R$ 390 milhões.

Apesar das prévias desanimadoras, os analistas se mantêm positivos em relação à MRV. BTG e Bank of America (BofA) recomendam compra para o papel, JP Morgan tem uma recomendação overweight (equivalente à compra) e o Credit Suisse mantém recomendação neutra.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com os dados de mercado compilados pela Refinitiv e divulgados pela plataforma Trademap, MRVE3 tem hoje nove recomendações de compra e duas neutras. O preço-alvo mediano para os papéis é de R$ 22, quase o dobro do preço atual.

*Matéria alterada em 21/10/2021, com a correção do valor da geração de caixa da companhia, que foi de queima de R$ 29 milhões, e não R$ 29 bilhões, como anteriormente informado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
REAÇÃO AOS RESULTADOS

Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?

31 de outubro de 2025 - 12:20

As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques

DINHEIRO EXTRA

A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG

30 de outubro de 2025 - 16:24

Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra

REAÇÃO AO RESULTADO

Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço

30 de outubro de 2025 - 8:56

Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar

29 de outubro de 2025 - 17:19

O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão

VALE MAIS QUE DINHEIRO

Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso

29 de outubro de 2025 - 14:35

Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs

O RALI NÃO ACABOU

Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025

29 de outubro de 2025 - 13:32

De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%

REAÇÃO AO RESULTADO

Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?

29 de outubro de 2025 - 10:38

Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?

NA GANGORRA

Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir

29 de outubro de 2025 - 6:05

Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal

FECHAMENTO DOS MERCADOS

IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597

28 de outubro de 2025 - 17:25

Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.

GIGANTE LOGÍSTICO

‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo

28 de outubro de 2025 - 11:23

Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas

OS QUERIDINHOS DOS GRINGOS

Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’

27 de outubro de 2025 - 18:43

Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina

AINDA HÁ ESPAÇO NA FESTA?

Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”

27 de outubro de 2025 - 15:52

Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial

BALANÇO SEMANAL

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana

25 de outubro de 2025 - 16:11

Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%

DE OLHO NO GRINGO

Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai

24 de outubro de 2025 - 19:15

Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM

DEMOGRAFIA VIRANDO DINHEIRO

Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa

24 de outubro de 2025 - 18:56

Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade

ESQUECERAM DE MIM?

Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde

24 de outubro de 2025 - 15:02

Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva

MERCADOS HOJE

Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?

24 de outubro de 2025 - 12:39

O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui

VEJA DETALHES

Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

23 de outubro de 2025 - 13:40

O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

FII EXPERIENCE 2025

Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

23 de outubro de 2025 - 11:00

Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

FII EXPERIENCE 2025

FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

23 de outubro de 2025 - 7:02

Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar