Não é só a Evergrande: conheça as cinco incorporadoras chinesas que correm perigo e ameaçam uma nova crise no mercado
Ao melhor estilo Titanic, o baque provocado pela Evergrande pode ter aberto uma rachadura no mercado imobiliário por onde escapam os problemas de outras empresas do setor

Desde que vieram à tona, em meados de setembro, os problemas financeiros da Evergrande, a incorporadora mais endividada do mundo, pairam como uma ameaça sobre o mercado financeiro e levam os investidores a olhar com uma lupa para as empresas chinesas.
Passado o primeiro impacto, os planos da empresa para a venda de sua fatia em um banco e a promessa de que já retomou as obras em dezenas de projetos imobiliários ajudaram a acalmar os ânimos dos credores.
Mas, ao melhor estilo Titanic, o baque provocado pela Evergrande pode ter aberto uma rachadura no setor por onde escapam os problemas de outras grandes incorporadoras do gigante asiático.
A empresa, no entanto, é apenas a ponta do iceberg. Abaixo da superfície, o aperto regulatório promovido pelo governo para conter a especulação imobiliária no país asiático segue intensificando o efeito dominó.
Veja abaixo e guarde os nomes de outras quatro companhias que correm perigo e ameaçam afundar o mercado imobiliário chinês.
Sinic
A mais recente delas a alertar para o risco de calote é a Sinic Holdings Group. A construtora revelou, em um comunicado à Bolsa de Hong Kong, que “provavelmente” não poderá pagar um título de US$ 250 milhões com vencimento em 18 de outubro.
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Além de falhar neste pagamento, o movimento pode gerar inadimplência cruzada em outras notas da empresa, com US$ 694 milhões em títulos em circulação. A companhia já havia deixado de honrar compromissos domésticos em setembro, o que levou a uma queda de 87% nos papéis negociados na Bolsa de Xangai.
Modern Land
Apenas um dia antes do aviso da Sinic, a Modern Land — cujas ações já caíram mais de 40% neste ano — pediu a seus credores permissão para atrasar o pagamento de um bond de US$ 250 milhões com vencimento no final deste mês.
A incorporadora informou ainda que o presidente do conselho de administração e controlador da empresa, Zhang Lei, e o presidente, Zhang Peng, concederão juntos à companhia empréstimos de 800 milhões de renminbis, ou cerca de US$ 124 milhões, que devem ajudar a sanear as finanças do grupo.
Xinyuan Real Estate
Com US$ 760 milhões em títulos, a Xinyuan Real Estate também não se vê pagando as dívidas que contraiu e propôs o que a Fitch Ratings considera como “uma troca de dívida problemática” envolvendo uma nota de US$ 200 milhões.
A companhia propôs substituir os títulos de dívida que vencem na próxima sexta-feira (15) por novos com validade até 2023. “A Fitch considera a oferta de troca necessária para que Xinyuan evite o calote devido à liquidez restrita”, informou a agência de classificação de risco.
Fantasia
No início do mês de outubro foi a vez da incorporadora com nome de filme da Disney e fundada por uma sobrinha do ex-vice-presidente chinês Zeng Qinghong assustar os investidores. Após informar a analistas que honraria compromissos financeiros, a Fantasia deixou de pagar os juros sobre um título de US$ 206 milhões que venceu em quatro de outubro.
Além disso, a construtora de imóveis de luxo também não conseguiu quitar um empréstimo de curto prazo de 700 milhões de yuans (US$ 108,56 milhões) com a Country Garden Services Holding, empresa com um acordo pendente para a compra de parte de uma das subsidiárias da Fantasia.
Após o calote, dois diretores não executivos da empresa pediram demissão: Ho Man e Priscilla Wong. Ho, que era diretor do comitê de auditoria, demonstrou, segundo a incorporadora, “preocupação por não ter sido completamente informado sobre certas questões cruciais da economia em um tempo adequado".
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*Com informações do Estadão Conteúdo
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