Braskem fecha ano com bom desempenho operacional, apesar de problemas em Alagoas e no México
Petroquímica foi beneficiada no ano passado por bons spreads de resinas e dos principais químicos, alta demanda e câmbio favorável

Mesmo tendo que lidar com as consequências provocadas pela atividade de mineração de sal-gema em Maceió (AL) e a interrupção forçada das atividades no México, a Braskem (BRKM5) conseguiu fechar 2020 com um desempenho operacional positivo, graças aos melhores preços das resinas e principais produtos químicos.
A petroquímica encerrou o quarto trimestre com um lucro líquido de R$ 846 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 2,9 bilhões apurado no mesmo período de 2019. O bom resultado, porém, não foi capaz de impedir que o prejuízo em 2020 subisse 2,4 vezes, para R$ 6,7 bilhões.
No ano passado, a Braskem assinou dois acordos para extinguir ações civis públicas relativas às atividades de extração de sal-gema em Maceió, que provocaram rachaduras e desníveis em ruas e casas na região próxima das operações, além do afundamento de três bairros e problemas ambientais.
Por conta disso, a empresa anunciou que vai realizar uma provisão de R$ 9,1 bilhões para compensar os moradores e realizar compensações socioambientais na cidade.
E como desgraça pouca é bobagem, a Braskem teve que encarar uma disputa com o governo do México. O governo e a companhia entraram em uma briga de preços e pedidos de revisão de contratos com a Pemex, controlada pelo governo mexicano, e que hoje tem um acordo de 20 anos para o fornecimento de etano (66 mil barris por dia), o que permite a produção de 1,05 milhão de toneladas de polietileno por ano.
O México havia paralisado a entrega do gás natural, principal insumo para a produção. O impasse acabou resolvido no começo deste mês.
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Operacional compensou
Mas apesar das duas situações adversas com as quais teve que lidar no ano passado, a Braskem não pode reclamar de 2020. A empresa viu os spreads de resinas e dos principais químicos atingirem bons níveis, além de um aumento na demanda por resinas e químicos vinda do Brasil e de um câmbio favorável para a parte operacional (mas que teve um impacto negativo na linha financeira).
Com isso, a receita da petroquímica subiu 48% no quarto trimestre e 12% em 2020, ambas em base anual, para R$ 18,7 bilhões e R$ 58,5 bilhões, respectivamente.
O resultado operacional recorrente – que serve como uma métrica do desempenho operacional da Braskem e exclui despesas não recorrentes, incluindo despesas relacionadas ao evento geológico de Alagoas e os créditos de PIS e Cofins com a exclusão do ICMS da base de cálculo – somou R$ 4,5 bilhões, alta de 4,5 vezes no quarto trimestre e alcançou R$ 11 bilhões em 2020, avanço de 85%.
Com este desempenho operacional, a monetização dos créditos de PIS e Cofins e a redução dos investimentos em 23%, a geração líquida de caixa da Braskem foi positiva em R$ 1,3 bilhão.
Mas o impacto de capital de giro no fluxo de caixa no primeiro semestre do ano, por conta do consumo de caixa devido à mudança no perfil de compra de matéria-prima, com menor volume de compra de nafta importada, fez com que essa geração fosse 59% inferior à apurada em 2019.
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