América Latina pode ter onda de novos ‘unicórnios’ com liquidez
Região deverá ser alvo de ao menos R$ 16,5 bilhões (US$ 3 bilhões) de aportes vindos das empresas do “cheque em branco”, diz BofA

Com os investidores com apetite para investimentos de mais risco, a região da América Latina deverá ser alvo de ao menos R$ 16,5 bilhões (US$ 3 bilhões) de aportes vindos das empresas do "cheque em branco" neste ano. Essa é a estimativa de ofertas de Spacs dedicados à região em 2021, segundo projeção prévia do Bank of America.
Como, no geral, ao final do processo, o Spac se tornará acionista minoritário com cerca de 20% das empresas investidas, com um cheque que costuma superar os US$ 200 milhões, a expectativa é que essa onda crie uma nova leva de unicórnios, como são chamadas as empresas iniciantes avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, por aqui.
Hoje, as ofertas de Spacs estão concentradas nos Estados Unidos. No entanto, diante do crescimento, o assunto já chegou aos reguladores brasileiros, que estão, com a Bolsa brasileira, analisando o assunto, apurou o Estadão.
Localmente, a empresa, para se listar precisa ter o balanço auditado, por exemplo, algo que não é possível dentro de uma empresa "vazia" e que ainda vai às compras.
Enquanto isso, o ritmo de ofertas que têm o País como alvo está crescendo. A Itiquira Acquisition, comandada por Paulo Gouvêa, ex-sócio da EBX e da XP, levantou neste ano US$ 200 milhões na Bolsa americana Nasdaq para comprar uma empresa no Brasil.
Segundo Gouvêa, a alta demanda dos investidores estrangeiros pelo seu Spac teve o suporte de histórias de empresas muito bem-sucedidas na Nasdaq, caso da XP s e a empresa de meios de pagamento Stone. "O Brasil tem histórias fantásticas de sucesso por lá", comenta.
Leia Também
Já a Alpha Capital, cujo alvo é uma empresa de tecnologia na América Latina tem por trás os argentinos, Alec Oxenford e Rafael Steinhauser, velhos conhecidos no setor de tecnologia. Eles levantaram US$ 230 milhões em um Spac também neste ano.
Oxenford foi um dos fundadores da Arremate.com e da OLX, ao passo que Steinhauser possui 35 anos de experiência corporativa no setor e foi presidente da Qualcomm Latin America.
Oxenford afirma que os Spacs na América Latina cumprirão um papel muito importante de fechar um ciclo de investimento para empresas de tecnologia. Isso porque, segundo ele, empresas menores estão sendo irrigadas pelos ventures capital, mas ainda existe uma lacuna de investimento depois que a empresa ganha porte e precisa de uma nova rodada de aportes.
"Existem mais de 20 mil empresas de tecnologia na região e grande parte surgiu nos últimos três a quatro anos", afirma, lembrando que em 2020 as empresas do setor viveram um grande boom de crescimento com a pandemia. "Acho que estamos diante de uma verdadeira evolução acontecendo no Brasil. É um ciclo virtuoso de crescimento do setor", diz Steinhauser.
O responsável pela área de tecnologia na América Latina, do time do banco de investimento do Bank of America, Pedro Pereira, aponta que, pelos investidores ainda desconhecerem qual a empresa que vai de fato abrir capital, as reuniões antes da oferta giram basicamente em torno da "persona" desse gestor.
"O investidor quer entender a capacidade desse gestor de conseguir uma alocação em um ativo premium, a capacidade de convencer a empresa alvo do investimento e ainda gerar valor", explica.
Itaú BBA sobre Eletrobras (ELET3): “empresa pode se tornar uma das melhores pagadoras de dividendos do setor elétrico”
Se o cenário de preços de energia traçado pelos analistas do banco se confirmar, as ações da companhia elétrica passarão por uma reprecificação, combinando fundamentos sólidos com dividend yields atrativos
O plano do Google Cloud para transformar o Brasil em hub para treinamento de modelos de IA
Com energia limpa, infraestrutura moderna e TPUs de última geração, o Brasil pode se tornar um centro estratégico para treinamento e operação de inteligência artificial
Banco Master: quais as opções disponíveis após o BC barrar a venda para o BRB?
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, há quatro cenários possíveis para o Master
Pague Menos (PGMN3) avalia emissão de R$ 250 milhões e suspende projeções financeiras: o que está em jogo?
Com um nível de endividamento alarmante para acionistas, a empresa pretende reforçar o caixa. Entenda o que pode estar por trás da decisão
Ânima Educação (ANIM3) abocanha fatia restante da UniFG e aumenta aposta em medicina; ações sobem na bolsa hoje
A aquisição inclui o pagamento de eventual valor adicional de preço por novas vagas de medicina
Natura (NATU3) vai vender negócios da Avon na América Central por 1 dólar… ou quase isso
A transação envolve as operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana; entenda a estratégia da Natura
Nas turbulências da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54): investir nas ações das aéreas é um péssimo negócio ou a ‘pechincha’ é tanta que vale a pena?
No mercado financeiro, é consenso que o setor aéreo não é fácil de navegar. Mas, por mais que tantas variáveis joguem contra as empresas, uma recuperação da Azul e da Gol estaria no horizonte?
Como a Braskem (BRKM5) foi do céu ao inferno astral em apenas alguns anos — e ainda há salvação para a petroquímica?
Com prejuízo, queima de caixa ininterrupta e alavancagem elevada, a Braskem vivencia uma turbulência sem precedentes. Mas o que levou a petroquímica para uma situação tão extrema?
Construtoras sobem até 116% em 2025 — e o BTG ainda enxerga espaço para mais valorização
O banco destaca o impacto das mudanças recentes no programa Minha Casa, Minha Vida, que ampliou o público atendido e aumentou o teto financiados para até R$ 500 mil
Mesmo com acordo bilionário, ações da Embraer (EMBR3) caem na bolsa; entenda o que está por trás do movimento
Segundo a fabricante brasileira de aeronaves, o valor de tabela do pedido firme é de R$ 4,4 bilhões, excluindo os direitos de compra adicionais
Boeing é alvo de multa de US$ 3,1 milhões nos EUA por porta ejetada de 737-Max durante voo
Administração Federal de Aviação dos EUA também apontou que a fabricante apresentou duas aeronaves que não estavam em condições de voo e de qualidade exigido pela agência
Petrobras (PETR4) passa a integrar o consórcio formado pela Shell, Galp e ANP-STP após aquisição do bloco 4 em São Tomé e Príncipe
Desde fevereiro de 2024, a estatal atua no país, quando adquiriu a participação nos blocos 10 e 13 e no bloco 11
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) lideram as altas da B3 nesta sexta-feira (12), em meio à queda do dólar e curva de juros
As companhias aéreas chegaram a saltar mais de 60% nesta semana, impulsionadas pela forte queda do dólar e da curva de juros
Simplificação do negócio da Raízen é a chave para a valorização das ações RAIZ4, segundo o BB Investimentos
A companhia tem concentrado esforços para reduzir o endividamento, mas a estrutura de capital ficará desequilibrada por um tempo, mesmo com o avanço de outros desinvestimentos, segundo o banco
Nova aposta do Méliuz (CASH3) para turbinar rendimentos com bitcoin (BTC) traz potencial de alta de mais de 90% para as ações, segundo o BTG
Para os analistas do banco, a nova negociação é uma forma de vender a volatilidade da criptomoeda mais valiosa do mundo e gerar rendimento para os acionistas
BTG vê avanço da Brava (BRAV3) na redução da dívida e da alavancagem, mas faz um alerta
Estratégia de hedge e eficiência operacional sustentam otimismo do BTG, mas banco reduz o preço-alvo da ação
Banco do Brasil (BBAS3): está de olho na ação após MP do agronegócio? Veja o que diz a XP sobre o banco
A XP mantém a projeção de que a inadimplência do agro seguirá pressionada, com normalização em níveis piores do que os observados nos últimos anos
Petrobras (PETR4) produz pela primeira vez combustível sustentável de aviação com óleo vegetal
A estatal prevê que a produção comercial do produto deve ter início nos próximos meses
Francesa CMA conclui operação para fechar capital da Santos Brasil (STBP3), por R$ 5,23 bilhões
Com a operação, a companhia deixará o segmento Novo Mercado da B3 e terá o capital fechado
O que a Petrobras (PETR4) vai fazer com os US$ 2 bilhões que captou com venda de títulos no exterior
Com mais demanda que o esperado entre os investidores gringos, a Petrobras levantou bilhões de reais com oferta de títulos no exterior; descubra qual será o destino dos recursos