Alta de casos de covid-19 e restrições em SP derrubam ações de varejistas e shopping centers
Governo paulista decide fechar comércio não essencial após estado bater recorde no número diário de mortes

Depois de o estado de São Paulo bater recorde na quantidade de mortos por covid-19 nas últimas 24 horas, o governo decidiu endurecer as medidas para combate ao novo coronavírus, o que resultará no fechamento do comércio não essencial.
A decisão, combinada com as notícias do avanço da pandemia pelo país e que outros estados estão tomando medidas semelhantes, pesaram sobre as ações do segmento de varejo e das operadoras de shopping centers nesta quarta-feira (3), além das questões da política e da economia, que afetam a B3 como um todo.
Por volta das 16h, pior momento do dia para as ações desses segmentos, as ações de varejistas como Lojas Renner (LREN3) caíam 3,67%, a R$ 36,00, Centauro (CNTO3) recuava 4,72%, a 21,21 e Cia. Hering (HGTX3) tinha queda de 5,43%, a R$ 14,12.
Além delas, a Via Varejo (VVAR3), que apresentou os resultados do quarto trimestre na noite de terça-feira (2), registrava baixa de 4,16%, a R$ 11,52, enquanto a Lojas Americanas (LAME4) recuava 5,94%, a R$ 22,81.
Entre as operadoras de shopping centers, a Multiplan (MULT3) tinha queda de 3,13%, a R$ 19,17, e a Iguatemi (IGTA3) recuava 4,52%, a R$ 29,59.
Até o fechamento, porém, os papéis reduziram as perdas ou até chegaram, em alguns casos, a registrar alta:
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- LREN3: +0,29%
- CNTO3: -1,30%
- HGTX3: -1,34%
- VVAR3: -0,83%
- LAME4: -1,40%
- MULT3: +0,30%
- IGTA3: -1,45%
Nova fase de restrições
O governo de São Paulo decidiu hoje colocar todo o estado na Fase 1-Vermelha do Plano São Paulo para conter o avanço do novo coronavírus. A medida entra em vigor no sábado (6) e valerá pelo período de 14 dias, até o dia 19 de março.
“Estamos à beira de um colapso, e isso exige medidas urgentes”, disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Nesta fase, a mais restritiva do Plano São Paulo, somente serviços considerados essenciais como farmácias, padarias, postos de combustíveis, transporte, bancos, hotéis e supermercados podem funcionar. Nesta semana, o governo estadual acrescentou igrejas e estabelecimentos religiosos como serviços essenciais.
Fica proibida a abertura de bares, restaurantes, shoppings, academias, eventos e comércio não essencial, entre outros. No caso do comércio, bares e restaurantes, somente serviços de entregas ou de compras pela internet podem funcionar.
As aulas presenciais nas escolas da rede pública ou privada não serão suspensas. A frequência presencial dos alunos, no entanto, não é obrigatória e a capacidade é limitada a 35% do total.
Situação grave da saúde
A decisão do governo de São Paulo foi anunciada um dia após o estado bater recorde de mortes por covid-19 para um dia – 468 óbitos. O estado já soma 60.014 mortes por covid-19.
É a segunda vez, somente neste ano, que o balanço ultrapassou a marca de 400 mortes por dia. Isso já havia ocorrido no dia 9 de fevereiro, com 424 mortes. O recorde, até então, havia ocorrido no dia 13 de agosto, quando foram registradas 455 mortes.
Outro recorde foi batido com o número de pessoas internadas em unidades de terapia intensiva (UTI), em estado grave. Chegou a 7 mil pessoas, o registro mais alto até agora. O número vem crescendo e batendo recordes dia a dia. As taxas de ocupação dos leitos de UTI estão atualmente em 76,7% na Grande São Paulo e em 75,3% no estado e vêm crescendo também. Há uma semana as taxas estavam em cerca de 68%.
A situação também é grave em outras partes do país. Dezoito estados e o Distrito Federal têm ocupação de leitos de UTI para covid-19 acima de 80%. Desses, 10 estão com lotação acima de 90%. Os dados foram divulgados ontem pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Lojistas preocupados
O endurecimento das restrições em São Paulo foi lamentado pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), que afirmou que o setor já tem sido prejudicado neste último ano, desde o começo da quarentena e que os empregos serão prejudicados com a restrição.
"Serão mais duas semanas de comércio fechado, um desespero a mais para os lojistas que estão vivendo dia após dia nesta incerteza. E isso tudo após a aplicação de protocolos de saúde. Tememos pela aceleração do desemprego, principalmente de pequenos lojistas que representam 70% do total dentro de um shopping”, diz, em nota, o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun.
* Com informações da Agência Brasil
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