O Inter (BIDI11) está desembarcando em Nova York e quer levar sua base de clientes na bagagem.
Prestes a deixar a B3 para abrir o capital na Nasdaq, o Inter vai lançar nas próximas semanas um home broker internacional dentro do seu “Super App”.
A ideia é dar acesso a seus clientes aos ambientes de compra e venda de ações da Nasdaq e da Nyse, a bolsa de valores de Nova York, que opera os índices Dow Jones e S&P 500.
Ou seja, quem quiser ser sócio do Inter poderá escolher dentro do aplicativo do banco por comprar os BDRs que o banco digital vai manter na B3 ou comprar diretamente as ações lá fora.
O anúncio vem à tona em meio ao acirramento da concorrência com o Nubank, que anunciou a abertura de seu capital diretamente na Nyse junto com um convite a seus clientes para que se tornem sócios do banco.
Inter diz que atende à demanda
O Inter afirma que a iniciativa atende a uma demanda específica e relevante entre seus cerca de 2 milhões de clientes. Afinal, estar no Brasil e investir em mercados financeiros estrangeiros não costuma ser simples.
Os meios menos complicados no momento são os fundos de investimento que investem no exterior e os BDRs, os recibos de ações de empresas brasileiras e estrangeiras negociados na B3. Caso contrário é abrir offshore, fazer hedge cambial e ter conta em corretora estrangeira. E isso só para começar.
Pode ser mais simples
Assim como o home broker do Inter para o mercado brasileiro, as transações de seu Super App nos EUA serão liberadas sem a cobrança de taxa de corretagem pelo banco.
“Queremos mostrar que investir lá fora pode ser simples”, diz Felipe Bottino, diretor da Inter Invest, a plataforma de investimentos do Inter.
“Estamos fazendo algo inovador no mercado, com uma proposta 100% gratuita, taxa de câmbio atrativa, entregando valor para quem investe pelo Inter.”
Atualmente, a Inter Invest tem mais de R$ 60 bilhões em ativos sob custódia.