Debate sobre autonomia do BC e auxílio emergencial são destaques do dia para o mercado
Auxílio emergencial, interferência na Petrobras e pacote de ajuda trilionário: o que você precisa saber hoje para estar preparado para o mercado
As pautas que não saem do noticiário dos investidores seguem as mesmas durante dias. E não poderia ser diferente.
O auxílio emergencial segue em uma corda bamba, podendo cair dentro ou fora da responsabilidade fiscal. De um lado, Guedes e Lira defendendo um maior compromisso com as finanças públicas. Do outro, Pacheco, que acredita não ser necessário encaixar o auxílio dentro das PECs que já tramitam no Congresso.
Além disso, a interferência por parte do governo federal na Petrobras ainda é uma sombra no mercado. Não é a primeira vez que o presidente da estatal e o da república se encontram após uma alta nos preços, o que gerou um mal estar geral para os investidores.
Nos Estados Unidos, o debate sobre um pagamento de US$ 1.400 dólares (R$ 7.000, aproximadamente) dentro do pacote de ajuda do governo Joe Biden também está no radar dos investidores. Confira o que será destaque para acompanhar a bolsa hoje:
Alta volatilidade
A sessão de ontem foi marcada por uma palavra: incerteza. Enquanto a manutenção do auxílio emergencial com responsabilidade fiscal é defendida com unhas e dentes pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que não vê necessidade de atrelar as novas parcelas do auxílio emergencial às PECs de controle de gastos que já tramitam no Congresso.
A Petrobras também está sofrendo com o cabo de guerra do governo. Mesmo com a subida dos preços do petróleo nas últimas semanas, as ações da empresa vêm enfrentando dias difíceis após o presidente Jair Bolsonaro indicar uma possível intervenção na política de preços da estatal.
Leia Também
Mesmo após a reunião com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que afirmou não existir possibilidade de intervenção por parte do governo federal, os investidores já viram essa história antes. Não é a primeira vez que Bolsonaro convoca Castello Branco para conversar após uma subida de preços dos combustíveis, o que gerou desconforto para a bolsa brasileira.
Assim, o principal índice da bolsa fechou em queda de 0,19%, aos 119.471,62, enquanto o dólar subiu a mesma porcentagem, cotado a R$ 5,38. Nem a venda de US$ 1 bilhão em swaps do Banco Central conseguiu segurar a alta da moeda norte-americana.
Varejão
O IBGE divulga hoje os dados do varejo, com expectativa de que os números indiquem um aquecimento do setor. A mediana das estimativas, apontadas por especialistas, é de alta de 0,60%, mas o intervalo das apostas vai de uma retração de 3,20% até uma retomada com crescimento de 0,50%.
Se os números não vierem como esperado, é possível que o Banco Central mantenha a taxa de juros baixa por mais tempo, para estimular o setor.
Autonomia do BC
A Câmara deve votar nesta quarta-feira (10) o texto-base da autonomia do Banco Central.
Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), relator do projeto, escreveu em sua conta no Twitter ontem que essa é uma questão de extrema importância para o Brasil:
Guedes quer guerra
Para a aprovação do pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial, o ministro da Economia quer que seja aprovada uma “PEC de guerra”, para distribuir os R$ 200 para a população, o que custará R$ 20 bilhões aos cofres públicos. Com essa PEC, seria possível manter a meta fiscal sem comprometer o orçamento federal, pagando mais três meses de ajuda a, aproximadamente, 32 milhões de brasileiros.
Do lado de lá do oceano
A semana é marcada por um forte movimento de realização de lucros em grande parte das bolsas pelo mundo. Os índices de Nova York renovaram suas máximas na semana passada e puxaram a maioria das bolsas para o lado verde da força.
Enquanto as bolsas europeias operam de maneira mista, os índices asiáticos fecharam em alta nesta quarta-feira (10). O tom positivo permaneceu nos mercados antes do feriado do ano novo lunar chinês, que manterá os índices fechados amanhã (11) e sexta (12).
No radar dos investidores de Wall Street está o pacote de incentivos do presidente Joe Biden, que segue sendo negociado com o partido Republicano nas casas legislativas do país. A ajuda de US$ 1,9 trilhão, o balanço do Twitter divulgado ontem após o fechamento da bolsa e os números da General Motors e Coca-Cola, que serão divulgados hoje, devem manter os bons números dos índices.
Destaques do dia
Para hoje, os destaques ficam com a divulgação do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês, às 10h30) e a participação do presidente do Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, Jerome Powell, em um evento do CLube Econômico de Nova York (16h).
Além disso, os dados dos estoques de petróleo, gasolina e destilados, bem como a utilização das refinarias, também estão no radar dos investidores (12h30).
O IBGE deve divulgar hoje os dados do varejo de dezembro de 2020, com expectativa de que ocorra um crescimento entre 2,0% e 8,80% em comparação ao último mês de 2019.
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
