Com disparada da inflação, BC confirma expectativa do mercado e eleva Selic para 4,25%
Decisão marca terceira alta seguida da taxa básica de juros, em um processo que começou em março; BC contratou uma nova alta da Selic em agosto, que pode ser maior do que 0,75 ponto
Em meio a uma contínua alta dos preços, o Banco Central anunciou nesta quarta-feira (16) a elevação da taxa Selic de 3,50% para 4,25%, conforme expectativa majoritária dos agentes do mercado financeiro.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) marca a terceira alta seguida da taxa básica de juros. Em março, o BC tirou a Selic da mínima histórica ao elevá-la de 2% para 2,75% e subiu a taxa na mesma proporção em maio.
Em comunicado desta quarta, o BC contratou mais uma alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião, mas frisou que uma deterioração das expectativas de inflação pode exigir uma redução "mais tempestiva" dos estímulos monetários.
Para o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, o BC abriu espaço para uma alta de 1 ponto percentual na próxima reunião do Copom, em agosto. "As expectativas ficarão divididas [entre os agentes econômicos]".
O Comitê ressalta que a avaliação sobre novos ajustes da Selic também dependerá da "evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e de como esses fatores afetam as projeções de inflação".
Para o Copom, a "persistência da pressão inflacionária" é maior que o esperado, "sobretudo entre os bens industriais".
Leia Também
O Comitê ainda vê uma lentidão da normalização nas condições de oferta e impactos de uma possível crise hídrica sobre as tarifas de energia elétrica.
Esses fatores contribuiriam para manter a inflação elevada no curto prazo, apesar da recente queda do dólar, que chegou a tocar os R$ 4,99 pela primeira vez em um ano.
"O Comitê segue atento à evolução desses choques e seus potenciais efeitos secundários, assim como ao comportamento dos preços de serviços conforme os efeitos da vacinação sobre a economia se tornam mais significativos".
O BC afirma que busca, com os ajustes, uma normalização da taxa de juros para patamar considerado neutro — não mais uma normalização parcial, afirmada anteriormente.
"Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, a decisão [de aumentar a taxa] implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego".
Trajetória de ajustes
A autoridade monetária iniciou o ajuste na taxa básica diante da aceleração das expectativas para a inflação e o avanço do IPCA — que chega a 8,06% em 12 meses, com os dados de maio divulgados pelo IBGE.
Desde a última decisão do Copom, o mercado foi ainda surpreendido de maneira positiva com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,2% no primeiro trimestre.
Os dados levaram os agentes econômicos a reajustar para cima as estimativas para o crescimento da economia brasileira em 2021, em meio a um avanço da vacinação no país.
O Copom diz que os riscos para a recuperação econômica diminuíram "significativamente" desde a decisão anterior sobre Selic.
Segundo o boletim Focus, o mercado espera um crescimento do PIB de 4,85% neste ano e de 2,20% em 2022. Para o próximo ano, a inflação medida pelo IPCA avançaria 3,78%. O centro da meta para o índice em 2022 é de 3,5%, com tolerância de 2% a 5%.
Desta vez não foi o PIB: as previsões que os economistas erraram em 2025, segundo o Boletim Focus
Em anos anteriores, chamou atenção o fato de que os economistas de mercado vinham errando feio as projeções para o crescimento do PIB, mas desta vez os vilões das previsões foram a inflação e o câmbio
Está mais caro comprar imóveis no Brasil: preços sobem 17,14% em 2025, mostra Abecip — mas há sinais de desaceleração
Considerando só o mês passado, na média, os preços subiram 1,15%, depois de terem registrado alta de 2,52% em outubro
Inflação, PIB, dólar e Selic: as previsões do mercado para 2025 e 2026 no último Boletim Focus do ano
Entre os destaques está a sétima queda seguida na expectativa para o IPCA para 2025, mas ainda acima do centro da meta, segundo o Boletim Focus
Novo salário mínimo começa a valer em poucos dias, mas deveria ser bem mais alto; veja o valor, segundo o Dieese
O salário mínimo vai subir para R$ 1.621 em janeiro, injetando bilhões na economia, mas ainda assim está longe do salário ideal para viver
O que acontece se ninguém acertar as seis dezenas da Mega da Virada
Entenda por que a regra de não-acumulação passou a ser aplicada a partir de 2009, na segunda edição da Mega da Virada
China ajuda a levar o ouro às alturas em 2025 — mas gigante asiático aposta em outro segmento para mover a economia
Enquanto a demanda pelo metal cresce, governo tenta destravar consumo e reduzir dependência do setor imobiliário
Como uma mudança na regra de distribuição de prêmios ajudou a Mega da Virada a alcançar R$ 1 bilhão em 2025
Nova regra de distribuição de prêmios não foi a única medida a contribuir para que a Mega da Virada alcançasse dez dígitos pela primeira vez na história; veja o que mais levou a valor histórico
ChatGPT, DeepSeek, Llama e Gemini: os palpites de IAs mais usadas do mundo para a Mega da Virada de 2025
Inteligências artificiais mais populares da atualidade foram provocadas pelo Seu Dinheiro a deixar seus palpites para a Mega da Virada — e um número é unanimidade entre elas
Os bilionários da tecnologia ficaram ainda mais ricos em 2025 — e tudo graças à IA
Explosão dos investimentos em inteligência artificial impulsionou ações de tecnologia e adicionou cerca de US$ 500 bilhões às fortunas dos maiores bilionários do setor em 2025
Quanto ganha um piloto de Fórmula 1? Mesmo campeão, Lando Norris está longe de ser o mais bem pago
Mesmo com o título decidido por apenas dois pontos, o campeão de 2025 não liderou a corrida dos maiores salários da Fórmula 1, dominada por Max Verstappen, segundo a Forbes
Caso Master: Toffoli rejeita solicitação da PGR e mantém acareação em inquérito com Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central
A diligência segue confirmada para a próxima terça-feira, dia 30
Bons resultados do fim de ano e calendário favorável reforçam confiança entre empresários de bares e restaurantes para 2026, aponta pesquisa
O próximo ano contará com dez feriados nacionais e deve estimular o consumo fora do lar
O que aconteceu com o ganhador da Mega da Virada que nunca foi buscar o prêmio
Autor de aposta feita pelos canais eletrônicos da Caixa não reivindicou o prêmio da Mega da Virada de 2020 e o dinheiro ficou com o governo; saiba o que fazer para não correr o mesmo risco
Governo estabelece valor do salário mínimo que deve ser pago a partir de 1º de janeiro; veja em quanto ficou
A correção foi de 6,79%, acima da inflação, mas um pouco abaixo do reajuste do ano anterior
Caso Master: Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central vão depor frente a frente no STF
O objetivo é esclarecer as diferentes versões dos envolvidos na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB
Das 4 praias mais limpas do Brasil, as 3 primeiras ficam em ilhas — e uma delas no sudeste
Entre as praias mais limpas do Brasil, três estão em ilhas e apenas uma fica no Sudeste, com critérios rigorosos de preservação ambiental
ACSP aciona Justiça Federal para garantir isenção de Imposto de Renda sobre dividendos de micro e pequenas empresas
A medida é uma reação às mudanças trazidas pela Lei nº 15.270, que alterou as regras do IR
Primeiro foguete comercial lançado pelo Brasil explode no céu; ações de empresa sul-coreana derretem
Após uma série de adiamentos, o Hanbit-Nano explodiu logo após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara e derrubou as ações da fabricante Innospace
Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário
Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores
Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026
Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano
