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Cuidado com as promessas das empresas na bolsa: Melhor não ter mapa nenhum do que andar com o mapa errado

O histórico de entrega da companhia ajuda a melhorar a confiabilidade de um guidance (projeção), mas ele nunca deverá ser seguido sem questionamentos

19 de novembro de 2021
5:59 - atualizado às 17:07
Posto Ipiranga
A Ultrapar, dona dos postos Ipiranga, tem falhado em cumprir com as promessas aos investidores Imagem: Shutterstock

Você está viajando de carro pelo no interior do país, aproveitando as paisagens ainda verdes do nosso Brasil, mas depois de algumas horas de viagem, com o estômago roncando e o cansaço batendo, você decide desviar um pouco o caminho para encontrar um pão de queijo e um café bem quentinhos. 

Mas o tal desvio acabou levando você para o meio do nada. Sem sinal para ajudar o seu celular a te colocar no caminho correto, você decide procurar dentro do veículo alguma solução. 

Eis que você encontra!

Escondido no fundo do porta-luvas, já meio surrado, um guia de ruas.

Só tem um (grande) problema: o guia, na verdade, é uma coleção de mapas completos de ruas da cidade de São Paulo. 

O que você faz?

Joga o mapa de volta no fundo do porta-luvas e tenta chegar ao destino utilizando referências, placas e perguntando para moradores da região, ou tenta sair daquela situação utilizando o mapa de uma cidade localizada a milhares de quilômetros de distância dali?

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Essa pode parecer uma situação extremamente idiota – é óbvio que o guia de São Paulo só atrapalharia você –, mas ela é tão comum que já virou até ditado no mercado financeiro: melhor não ter mapa nenhum do que carregar um mapa errado.

Queda de resultados

Nas últimas semanas vimos as divulgações dos resultados do terceiro trimestre de 2021 (3T21). 

Além das varejistas que decepcionaram, outro resultado ruim acabou chamando ainda mais a minha atenção: o da Ultrapar (UGPA3).

Se você não conhece, a Ultrapar é dona de um conglomerado de empresas famosas, como a distribuidora de gás Ultragaz, a distribuidora de combustíveis Ipiranga, entre outros negócios como a Ultracargo e a Oxiteno. 

Antes tida como exemplo de gestão e rentabilidade, a Ultrapar entrou numa espiral de resultados ruins em 2017, atrapalhada principalmente pela piora da Ipiranga, sua principal divisão. 

É nítido como o Ebitda por metro cúbico (medida de rentabilidade do setor) degringolou desde aquele ano. 

Margem Ebitda (R$/m3) da Ipiranga. Fonte: Ultrapar

E o preço das ações na bolsa acompanhou, em um daqueles claros sinais de que os preços das ações acompanham os resultados das companhias no longo prazo. 

Cotação de UGPA3 nos últimos 5 anos. Fonte: Google

E depois de um resultado ruim novamente no 3T21, com sérias dificuldades em manter margens saudáveis em um ambiente de combustíveis muito caros, as ações voltaram a reagir mal.

O mapa errado na bolsa

Todo ano, a equipe de gestão da Ultrapar divulga uma projeção dos resultados esperados para o ano corrente.

Por exemplo, no início de 2020, as projeções financeiras divulgadas pela companhia falavam em um Ebitda de cerca de R$ 2,5 bilhões para a Ipiranga. Mas quem confiou cegamente no número se deu mal, porque no final daquele ano os acionistas tiveram que se contentar com um resultado bem pior: de R$ 1,7 bilhão. 

Mesmo errando feio no ano anterior, em 2021 administração da Ultrapar repetiu o ritual: no início do ano, estimou que o Ebitda da Ipiranga seria de aproximadamente R$ 2,3 bilhões.

Mesmo tendo se dado mal no ano anterior por terem seguido as prévias equivocadas da gestão, os acionistas na bolsa mais uma vez acreditaram sem questionar — na verdade, até ficaram animadinhos com o crescimento estimado para o ano.

Mas na divulgação do 3T21, quando a piora de resultados forçou a companhia a reduzir em cerca de 20% as expectativas de Ebitda, os investidores voltaram a se decepcionar e os papéis derreteram: caíram quase 10% no dia da divulgação.

Mas será que a culpa é só da Ultrapar? Não!

Na minha visão, os maiores culpados são os próprios acionistas, que mesmo sabendo dos riscos, decidiram passear pelas estradas do interior do país seguindo o guia de ruas do centro de São Paulo.

Mesmo depois de anos de decepções, eles continuaram preferindo seguir o mapa errado!

Cuidado com as promessas na bolsa

Portanto, da próxima vez que alguma companhia de seu interesse divulgar um guidance, lembre-se de tudo o que conversamos e de que o resultado no final do ano poderá ser bem diferente. 

Mais importante do que o guidance em si é conhecer o histórico de entrega da companhia. 

A gestão tem entregado os resultados que promete? Ou, então, acima daquilo que se compromete a entregar?

As perspectivas para o setor conversam com os números esperados pela empresa?

Isso ajuda a melhorar a confiabilidade de um guidance, mas ele nunca deverá ser seguido sem qualquer tipo de questionamento por parte do investidor de bolsa. 

A Cosan (CSAN3), que eu tenho comentado nas últimas semanas como está barata, é uma das companhias que historicamente tem sido conservadora em seus guidances e entregado os resultados prometidos. O Itaú (ITUB4) também.

Mas dentro do próprio setor de distribuição de combustíveis existe uma boa oportunidade. Uma companhia na bolsa que enfrentou um período difícil em meados da década passada, mas que vem passando por um intenso processo de turnaround — o caminho oposto da Ultrapar. 

Além da melhora dentro do setor de distribuição, ela também segue diversificando o portfólio, entrando no setor de comercialização e geração de energia também, antecipando a provável mudança para uma matriz energética menos dependente de combustíveis fósseis. 

O Empiricus FIRE traz essa e muitas outras oportunidades para você que está buscando ações descontadas depois do recente sell-off da Bolsa. 

Se quiser conferir a série, deixo aqui o convite.

Um grande abraço e até a próxima!

Ruy

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