A bolsa vai além do Ibovespa. Uma lição de novembro de 2009 para quem quer ganhar dinheiro com ações
Mesmo com o Ibovespa sofrendo do fim de 2009 até o início de 2016, tivemos no período vários casos de multiplicação de ações na bolsa
Talvez você não se lembre, talvez você nem se preocupasse em investir ainda, mas em novembro de 2009 o Ibovespa — principal índice de ações da bolsa brasileira — estava próximo de entrar em um período sombrio que durou cerca de sete anos.
O ciclo de alta das commodities, que ajudou a empurrar a Petrobras e a Vale para valores estratosféricos, estava perdendo o fôlego.
A China começava a dar sinais de desaceleração e, para piorar muito a situação, o próprio Brasil começava a entrar em um ciclo de descontrole de contas públicas, inflação e alta de juros que culminou na maior recessão da história do país no biênio 2015 e 2016.
O período foi tão ruim para o Ibovespa que apenas em 2016 é que ele voltou a subir de fato. Que fase!
Foi somente com a entrada de Michel Temer na presidência e a volta da disciplina com as contas públicas que os investidores se sentiram confortáveis para investir novamente.
Aliás, não é coincidência o próprio teto de gastos ter sido costurado nessa época. Pode não parecer, mas os investidores na maioria das vezes só querem um ambiente minimamente estável para recuperar o dinheiro investido e somente em 2016 é que eles encontraram novamente essa segurança.
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Déjà vu...
Agora, imagine se você tivesse começado a investir justo em Novembro de 2009? Eu não sei qual teria sido o seu desempenho naqueles sete primeiros anos, mas tenho certeza que o desafio de ganhar dinheiro com ações seria enorme, levando em consideração o desempenho do principal índice de ações.
E eu não falo isso da boca para fora. Digo isso com propriedade porque a própria Empiricus nasceu justamente naquele fatídico mês de novembro e sentiu na pele as dores da saída de investidores da Bolsa, desgostosos com o desempenho da maioria das ações nos anos seguintes.
Curiosamente, muita gente acha que estamos vivendo algo parecido agora em novembro de 2021.
As commodities metálicas começaram a cair com sinais de desaceleração vindos da China, o petróleo já está negociando nas máximas dos últimos anos e, do ponto de vista interno, além dos sinais de descontrole dos gastos públicos, temos visto a inflação subir bastante culminando em expectativas cada vez mais altas para a taxa Selic.
Pode ser que as coisas se arranjem nos próximos meses e tudo não tenha passado de uma mera coincidência — tomara!
Mas também pode ser que tenhamos uma repetição das mesmas condições difíceis de mercado daqueles sete anos, e por isso vale a pena entender por que, mesmo que as condições ruins se repitam, essa não é a hora de vender suas ações — pelo menos, não as das companhias mais sólidas.
O Ibovespa não é o melhor retrato da bolsa
Apesar de reunir as maiores companhias do país, o Ibovespa não é uma medida fiel do desempenho das companhias na bolsa.
Como você pode ver abaixo, mesmo com o Ibovespa sofrendo para se valorizar naquela janela temporal do fim de 2009 até o início de 2016, tivemos no período vários casos de multiplicação de companhias sólidas que nunca foram "apostas arriscadas".
Esse exercício é importante para lembrar que, ainda que o período à frente se mostre tão desafiador quanto o período que sucedeu o nascimento da Empiricus, ainda haverá oportunidades de criação de valor para os investidores disciplinados.
Como diz Howard Marks, uma boa compra é bem diferente de comprar uma ação de uma boa empresa.
É possível fazer boas compras na bolsa mesmo que as ações sejam de companhias ruins, desde que os preços estejam descontados demais.
E também dá para fazer péssimas compras mesmo que as ações sejam de excelentes empresas, desde que os preços estejam muito elevados.
Neste momento, conseguimos fazer o que mais gostamos: comprar ações na bolsa de companhias de qualidade, com poucas dívidas, vantagens competitivas, gestão acima da concorrência e, muito importante, com preços e múltiplos bastante atrativos.
Leve duas, pague uma na bolsa
Não temos como saber se estamos entrando mais uma vez em um período sombrio, como nos sete anos mencionados anteriormente. O que sabemos é que é justamente nesses momentos que conseguimos fazer as melhores aquisições na bolsa.
Se você é do tipo imediatista e investe em ações para vender com ganhos rápidos nos próximos doze meses, não sugiro colocar a sua grana em ações — nem agora, nem nunca — já que não posso garantir que o mercado estará melhor daqui a um ano.
Mas se você é do tipo que investe na bolsa para o médio e longo prazo, ainda que a situação continue piorando, as ações de boas companhias compradas por preços baixos costumam trazer ótimos retornos mesmo nos períodos mais difíceis como já vimos.
Aliás, Localiza (RENT3) e Cosan (CSAN3), que estavam naquele gráfico, apanharam bastante nas últimas semanas e continuam tão boas ou até melhores do que naquela época.
Mas se você quer ter acesso a todas as melhores companhias da Bolsa que passaram a negociar por preços descontados e com grande potencial de valorização, vale a pena conferir as nossas séries essenciais.
Como eu já disse, a Empiricus nasceu em novembro e está fazendo aniversário neste mês. Para comemorar, está oferecendo uma promoção: leve duas séries essenciais pelo preço de uma.
Se quiser aproveitar esta oportunidade, deixo aqui o convite.
Um grande abraço e até a próxima!
Ruy
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