🔴 EVENTO GRATUITO: COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE

Clubhouse: o quinto cavaleiro

A rede social mais badalada do momento pode adicionar um jogador ao quarteto de empresas tech formado por Apple, Amazon, Facebook e Google; conheça a estratégia de marketing e monetização

14 de fevereiro de 2021
5:50 - atualizado às 16:29
Imagem: Shutterstock

Olá, seja bem-vindo ao nosso papo de domingo sobre tecnologia e investimentos.

 Depois do livro “Os Quatro: Apple, Amazon, Facebook e Google. O Segredo dos Gigantes da Tecnologia” que o professor Scott Galloway escreveu em 2016, passamos todos a tratar as Big Techs como “monopólios”.

O professor argumenta que cada uma delas nos conquistou pelos nossos instintos mais primitivos. 

O Google conquistou nossos cérebros ao trazer todo o conhecimento do mundo para a palma das nossas mãos. Todos somos inteligentes em tempos de Google. 

A Apple nos conquistou pela genital (sim, isso mesmo), ao criar produtos e uma marca que são sinônimos de status e riqueza. 

A Amazon nos ganhou pelo estômago, ao tornar quase todos os nossos desejos materiais acessíveis em 24h, sem precisarmos sair de casa. 

E por último o Facebook, que nos conquistou pelo coração, ao nos prover uma plataforma em que conseguimos sentir amor, ódio, paixão e repulsa ao rolarmos o dedo pela tela. 

No limite, o professor argumenta, cada uma dessas empresas tomou conta de um domínio diferente das nossas vidas e ninguém seria capaz de competir com elas.

Em sua construção, apenas a intervenção do Governo, regulando e combatendo o poder excessivo dessas empresas, seria capaz de desmontar esses monopólios. 

O mais fraco entre os cavalheiros

Eu mesmo já estive entre aqueles que consideravam o Facebook como um monopólio erguido sobre os alicerces da competição. 

Redes sociais são poderosas justamente a partir do momento em que criam efeitos de rede. 

Com mais 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo ativas mensalmente no Instagram e no Facebook, e com a cara de pau infinita de Mark Zuckerberg e companhia em copiarem qualquer produto que começasse a se destacar, todos imaginamos que não existiria competição, nunca. 

O Snap - depois de sobreviver ao plágio escancarado - mostrou que é possível uma briga nessa arena. 

Então veio o TikTok, que precisou de apenas uma fração do tempo que o Facebook levou para se tornar o Facebook. 

E agora, temos mais um entrante promissor nessa ringue das redes sociais: o Clubhouse.

Quando a diferenciação vai além do produto 

O Clubhouse é uma rede social construída sobre áudio, a forma mais antiga de comunicação potencializada pela tecnologia. 

Em janeiro, o Clubhouse realizou sua segunda captação de recursos, liderada pela Andreessen Horowitz - uma das maiores e mais respeitadas casas de venture capital do planeta - que avaliou a rede social em 1 bilhão de dólares. 

Detalhe: o Clubhouse nunca gerou 1 dólar em receitas. 

Inclusive, eles ainda estão buscando uma maneira de monetizar a plataforma. Ou seja, não fazem ideia de como cobrar pelo serviço.

Mas o que é esse negócio? 

Basicamente, uma ferramenta para você abrir uma sala, com algumas pessoas como apresentadores, e manter uma conversa ao vivo para uma audiência de ouvintes. 

Os ouvintes podem pedir direto de fala, participando com dúvidas e ideias na conversa. 

Em resumo, um podcast ao vivo, em que os ouvintes podem interagir com seus hosts.  

Para descobrir como funciona, na última terça-feira, eu e meus amigos Vinícius Bazan e André Franco, fizemos uma edição ao vivo do nosso podcast semanal, direto na plataforma. 

Tá com cara que vai dar certo

Apesar da plataforma ser bacana, o que despertou minha curiosidade foi o modelo de marketing que os caras escolheram. 

O Clubhouse está disponível apenas nos dispositivos da Apple e não é possível gravar uma conversa para ouvi-la mais tarde. 

Quer participar da festa? Então você precisa estar lá, na hora combinada.  

O Clubhouse criou com primazia uma estratégia de FOMO, o famoso fear of missing out (medo de estar de fora). 

Ao forçar uma “exclusividade”, passou a gerar uma curiosidade crescente no público que não pode acessá-lo (a maioria das pessoas). 

Fizemos uma enquete no nosso Telegram, com mais de 3.000 inscritos, e apenas 6% delas utilizavam o aplicativo. 

O Clubhouse utilizou um público seleto para alcançar um público global. No mínimo, muito inteligente. 

Na dúvida do quão poderoso é isso? 

Deixa eu te explicar com um exemplo:

“Siga o @RichardCamargo, o @vbazan e o @cryptoandre no Clubhouse, pois a qualquer momento podemos iniciar uma sessão ao vivo, em que o André vai revelar a criptomoeda favorita dele para 2021”.

Você vai correr o risco de ficar de fora?

Contato

Se você gostou dessa coluna, pode entrar em contato comigo através do e-mail telaazul@empiricus.com.br, com ideias, críticas e sugestões. 

Aproveite para se inscrever no nosso Telegram; todos os dias, postamos comentários sobre o impacto da tecnologia no mercado financeiro (e no seu bolso).  

Um abraço!

Compartilhe

ESTRADA DO FUTURO

7 razões para ficar otimista com as ações de tecnologia na bolsa

15 de setembro de 2022 - 6:06

Espero que a lista incentive os investidores de tecnologia a pensar sobre como tantas oportunidades e frentes de pesquisa irão moldar o mundo em que vivemos

ESTRADA DO FUTURO

As ações de tecnologia que os grandes investidores de longo prazo estão comprando agora

8 de setembro de 2022 - 6:01

Das big techs aos fundos de private equity, nenhum investidor com horizonte de longo prazo consegue ignorar o quão atrativas estão as ações

ESTRADA DO FUTURO

A febre dos NFTs passou, mas esta empresa está ganhando dinheiro com eles até hoje

1 de setembro de 2022 - 5:48

Saiba quem foram os vendedores de pás da corrida do ouro dos NFTs e o que isso nos ensina para as próximas ondas especulativas

ESTRADA DO FUTURO

A Tesla, de Elon Musk, está provocando uma revolução em uma indústria maior que a de carros elétricos — e ninguém está falando sobre isso!

25 de agosto de 2022 - 6:34

Empresas que conseguirem entrar na casa dos consumidores com seus produtos terão a oportunidade de organizar o mercado de geração alternativa e autônoma de energia

ESTRADA DO FUTURO

O governo dos EUA está te oferecendo duas oportunidades de investimentos, qual delas é a melhor?

18 de agosto de 2022 - 6:05

Dois programas do governo de Joe Biden trarão incentivos à inovação e oportunidades de investimento em setores como energia limpa e semicondutores

ESTRADA DO FUTURO

Por que você deveria ter as ações (ou BDRs) da Amazon entre as maiores posições do seu portfólio

4 de agosto de 2022 - 5:57

Muita coisa precisa dar errado para que, em longo prazo, esse seja um ponto de entrada ruim para as ações ou BDRs da Amazon (AMZO34)

ESTRADA DO FUTURO

O que você faria se soubesse exatamente quais serão os resultados futuros da empresa em que está pensando em investir?

28 de julho de 2022 - 6:04

Mesmo que você fosse capaz de prever com exatidão parte do futuro, isso não tornaria mais fácil o seu processo de investimentos – e eu posso provar

ESTRADA DO FUTURO

Recompra de ações, reajuste de preços e novos produtos e serviços: o que está ao alcance da Apple para continuar dando retorno a seus acionistas

21 de julho de 2022 - 6:13

A parte mais complexa da equação está nos múltiplos da Apple em um momento no qual as empresas listadas em bolsa estão se tornando mais baratas

ESTRADA DO FUTURO

Ela está cara! Por que uma das melhores empresas do mundo talvez não seja mais um grande investimento

14 de julho de 2022 - 6:33

De tempos em tempos, mesmo as melhores empresas do mundo podem entregar retornos comuns a seus acionistas; parece este o caso da Microsoft

ESTRADA DO FUTURO

Mais coisas estranhas nos investimentos: A Netflix atingiu a maturidade, mas e se estivermos todos errados sobre ela?

7 de julho de 2022 - 6:58

Netflix encontra-se em uma encruzilhada: serviço de streaming precisa reduzir investimentos em novas produções sem perder assinantes – e parece estar diante de uma solução viável

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar