Pré-mercado: cautela antes da decisão do Copom e risco fiscal devem dividir atenção com balanços do dia
Em meio ao exterior positivo, bolsa brasileira deve lidar com cenário interno de incertezas quanto ao teto de gastos
Chegou a quarta-feira (04) e com ela a decisão sobre a taxa de juros do Comitê de Política Monetária, o Copom. Os investidores já projetam que a Selic deve subir 1,0 ponto porcentual, saindo de 4,25% para 5,45%.
A alta na taxa básica de juros deve ajudar a conter a inflação, que deve encerrar 2021 acima do teto da meta de 5,75%, a 6,79%, de acordo com o Boletim Focus desta semana. O mercado ainda projeta que a Selic deve acompanhar, e as expectativas chegam a projetar uma alta até o patamar de 8,0%.
Enquanto isso, a bolsa brasileira deve sentir a cautela pré-Copom, que deve anunciar a decisão após o fechamento do mercado. Confira aqui como ganhar dinheiro com as apostas na taxa de juros.
E a temporada de balanços brasileira também não dá trégua. Antes da abertura do mercado, os investidores devem conhecer os dados da Gerdau, mas o prato principal do dia fica para o resultado do segundo trimestre da Petrobras, após o fechamento do mercado.
Ambas devem se beneficiar da alta nos preços das commodities, como petróleo e minério de ferro, e da retomada da economia mundial, que passa a ganhar mais tração.
Os índices de atividade econômica medidos pelo índice do gerente de compras (PMI, em inglês) apontam para uma expansão das atividades. O indicador varia de zero até 100, sendo acima de 50 expansão e abaixo, retração.
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Mais cedo, foram conhecidos os dados da Alemanha, Reino Unido e Zona do Euro, que vieram abaixo das expectativas, mas ainda assim apontando para uma retomada das atividades. Ainda hoje, devem ser divulgados os dados de Brasil e Estados Unidos.
Por falar nos EUA, os investidores devem conhecer os dados da geração de empregos privados no país, o que é considerado uma prévia do payroll, que só deve sair na sexta-feira (06).
Confira o que mais deve movimentar a bolsa hoje:
Teto de gastos
Ontem à noite, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo pode até dobrar o valor do que é pago pelo Bolsa Família. Isso faria o benefício médio chegar a R$ 400, valor acima do que é debatido com a Câmara, de R$ 300. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), garantiu que o programa social estará dentro do Orçamento e do teto de gastos.
Além disso, parte do governo deseja vincular o pagamento de precatórios, que são as dívidas oriundas de ações judiciais. Estados e municípios temem que o parcelamento desses pagamentos para financiar o Bolsa Família acabe afetando o caixa disponível para governadores e prefeitos.
Enquanto isso, os investidores devem seguir de olho nas reformas tributária e do Imposto de Renda, que devem mexer diretamente com a PEC dos precatórios.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão majoritariamente em alta na manhã desta quarta-feira (04).O medo do avanço da variante delta limitou os ganhos, em especial para a bolsa de Tóquio, que fechou no vermelho.
A Europa, por sua vez, amanheceu com ganhos, após dados locais animarem os negócios. O índice de gerente de compras (PMI) aponta para uma retomada da economia, apesar de vir abaixo do esperado pelo mercado.
Já os futuros de Nova York operam sem direção única, à espera de maiores indicadores da economia norte-americana.
Agenda do dia
- Estados Unidos: Relatório de criação de empregos do setor privado em julho (9h15)
- Estados Unidos: Índice de atividade econômica, medido pelo PMI Composto e de serviços de julho (9h45)
- Brasil: Índice de atividade econômica, medido pelo PMI Composto e de serviços de julho (10h)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo (11h30)
- Mundo: Índice de atividade econômica global, medido pelo PMI composto e de serviços de julho (12h)
- Banco Central: Fluxo cambial de julho (14h30)
- Banco Central: IC-Br de julho (14h30)
- Banco Central: Copom anuncia a decisão sobre a Selic (18h30)
Balanços
- Brasil: Gerdau (antes da abertura)
- Estados Unidos: General Motors (antes da abertura)
- Brasil: Braskem (após o fechamento)
- Brasil: Petrobras (após o fechamento)
- Brasil: Totvs (após o fechamento)
- Alemanha: Commerzbank (após o fechamento)
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