Esquenta dos mercados: prévia do PIB deve movimentar cenário local, enquanto exterior olha falas de dirigentes do Federal Reserve
A briga pelo ICMS segue em debate nas Casas Legislativas, enquanto o exterior segue de olho nos balanços do dia e acordo para o teto da dívida dos EUA

A bolsa brasileira foi na contramão do mundo no último pregão de quinta-feira (14). Enquanto os principais índices encerraram a sessão no campo positivo, o Ibovespa fechou em queda de 0,24%, aos 113.185 pontos. Nem mesmo o Banco Central conseguiu segurar a alta do dólar ontem: a moeda norte-americana avançou 0,13%, a R$ 5,5161.
No pregão desta sexta-feira (15), o avanço da inflação global segue como plano de fundo para a retomada econômica, em dia de novos balanços no exterior e de olho no teto da dívida dos EUA.
O presidente americano Joe Biden conseguiu esticar o teto até dezembro, mas novos acordos precisam ser feitos entre o final e o início do ano para aumentar ainda mais os gastos.
Por aqui, a prévia do PIB, medida pelo IBC-Br é o dado mais importante do dia. O índice deve recuar 0,10% e ajustar as estimativas para a atividade econômica na próxima edição do Boletim Focus de segunda-feira (18).
Confira o que mais movimenta a bolsa hoje:
ICMS e Congresso Nacional
Os debates envolvendo alterações na cobrança do ICMS sobre os combustíveis colocaram o governo federal e estados de lados opostos da mesa de negociação. Membros do Comitê Nacional de Fazenda dos Estados (Comsefaz) decidiram pedir ajuda ao presidente do Senado e presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para barrar a mudança.
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O Congresso Nacional ainda sofre com pressões de todos os lados para a aprovação da reforma do Imposto de Renda e da PEC dos Precatórios, essenciais para a manutenção do teto de gastos.
De modo geral, as decisões do governo federal vão na contramão do que é determinado pela equipe econômica. O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou na noite da última quinta-feira (14) que deve determinar a retirada da bandeira “escassez hídrica” para reduzir a conta de luz.
De maneira semelhante, Bolsonaro atribui o aumento dos combustíveis à política de preços da Petrobras e da cobrança do ICMS por parte dos estados. O governo busca a aprovação do vale-gás e de uma nova rodada do auxílio emergencial para o ano que vem.
Entretanto, especialistas afirmam que, para essas medidas não extrapolarem o teto de gastos, o governo precisa aprovar as pautas com urgência até o final do ano, para passarem a valer ainda em 2022. O medo gira em torno de que essas sejam soluções temporárias para um problema estrutural de gastos nas contas públicas.
A aprovação do Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família) com média de R$ 300 deve ficar dentro do teto, enquanto uma nova rodada do auxílio emergencial pode ficar de fora das contas públicas. Entretanto, sem a PEC dos precatórios, reforma do imposto de renda ou outra fonte para pagar o benefício, o governo federal pode ficar a ver navios.
Prévia do PIB e inflação
O investidor deve permanecer de olho na divulgação do IBC-Br, considerado uma prévia do PIB brasileiro, pela manhã. De acordo com especialistas ouvidos pelo Broadcast, o IBC-Br deve recuar 0,10% em agosto na mediana das projeções. Na base interanual, o avanço deve ser de 4,90%.
Além disso, a FGV também divulga o IGP-10 de outubro nesta sexta-feira. A mediana das projeções aponta para uma queda (deflação) de 0,38% na passagem mensal e, no acumulado do ano, a alta é de 22,48%.
Olha o teto!
O presidente americano Joe Biden assinou na noite de ontem (14) um decreto que permite o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos em US$ 480 bilhões. Dessa forma, o governo norte-americano deve conseguir manter as atividades até o início de dezembro, quando um novo acordo deve ocorrer.
A disputa ocorre em meio a debates sobre o aumento de gastos da gestão Biden. Os republicanos buscam maneiras de colocar esse aumento do teto da dívida na conta dos democratas, enquanto o Banco Central começa a debater o tapering, a retirada dos estímulos da economia.
O próximo encontro do Fed, marcado para novembro, deve dar início ao trabalho da retirada de estímulos monetários dos EUA. De acordo com a última ata da reunião do BC americano, a retirada total dessa injeção de dinheiro na economia deve ficar para meados de 2022.
De olho hoje
No último pregão da semana, os investidores internacionais ficam de olho nos balanços do dia (veja mais abaixo) e nas falas dos dirigentes do Federal Reserve de hoje. No campo dos indicadores, as vendas do varejo devem cair 0,2% na base mensal após subirem 0,7% em agosto.
Ainda falando de indicadores, o índice de atividade industrial Empire State deve ficar em 26 pontos e o índice de sentimento do consumidor em outubro deve subir de 71 pontos em setembro para 73 neste mês.
O mundo deve seguir de olho no avanço da inflação dos países e na iminente crise energética que se avizinha e pode manter o freio de mão puxado durante a retomada da economia.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram a sessão desta sexta-feira em alta, puxado pelos balanços positivos em Nova York. Os principais índices de Wall Street registraram alta na última quinta, o que animou os negócios na região.
Na Europa, as bolsas também avançam com o apetite de risco nas alturas após forte balanço de instituições financeiras como Citigroup, Bank of America e Wells Fargo. Os investidores colocam o medo do avanço da inflação em grandes economias de lado por hora.
Por fim, os futuros de Nova York sobem moderadamente, de olho nos próximos balanços do dia e nas falas de dirigentes do Fed.
Agenda do dia
- FGV: IGP-10 em outubro (8h)
- Banco Central: IBC-Br em agosto (9h)
- Estados Unidos: Índice de atividade industrial Empire State de outubro (9h30)
- Estados Unidos: Vendas no varejo em setembro (9h30)
- Banco Central: Diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra Fernandes, participa de live com o tema 'Cenário e perspectivas de 2022 do Brasil e Global', organizado pela Upon Global (10h)
- Estados Unidos: Índice de sentimento do consumidor em outubro (11h)
- Estados Unidos: Diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva participa do seminário A Revolução do Dinheiro Digital, da própria entidade (13h)
- Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, profere palestra na Goldman Sachs Growth Markets Conference (14h)
Balanços do dia
- Estados Unidos: Goldman Sachs (antes da abertura)
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