Esquenta dos mercados: Restrições no Reino Unido pioram sentimento do investidor antes da abertura da bolsa no Brasil; dia tem decisão do Copom e vendas no varejo
O acordo para viabilizar a PEC dos precatórios pode aliviar o cenário local, mas a cautela antes da divulgação da Selic deve limitar o otimismo
O acordo para passar a PEC dos precatórios na Câmara sem a necessidade de que o texto volte ao Senado deve gerar uma reação positiva no pregão desta quarta-feira (08). A cautela com a decisão do Copom deve ter impacto limitado nos negócios com a alta de 1,50 ponto porcentual já contratada pelo mercado.
Os dados de vendas do varejo também devem movimentar o cenário doméstico após o PIB do terceiro trimestre decepcionar os investidores.
No exterior, o Reino Unido deve anunciar novas restrições para conter o avanço da covid-19 na região. A variante ômicron preocupa, mas a Europa vê um número crescente de novos casos da cepa delta do coronavírus, o que deve incentivar mais países além de Alemanha e Áustria, que já têm restrições para não vacinados.
O relatório Jolts de emprego dos EUA também é destaque no dia de hoje, em meio à espera da inflação da China no início da noite.
No pregão da última terça-feira (07), Ibovespa fechou o dia em alta de 0,65%, aos 106.557 pontos, enquanto o dólar à vista fechou próximo das mínimas, em queda de 1,27%, aos R$ 5,6183.
Confira o que deve movimentar a bolsa hoje:
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Dia de Copom
Hoje ocorre a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, que deve elevar os juros básicos em 150 pontos-base e fazer a Selic encerrar 2021 em 9,25%.
A divulgação da Selic só deve acontecer após o fechamento do mercado, o que pode injetar certa cautela no pregão de hoje. Mesmo com a alta de 1,50 ponto porcentual contratada, os analistas não descartam a possibilidade de o Banco Central acelerar o aperto monetário e elevar os juros acima de 10%.
Mesmo que visando conter a alta da inflação, os juros mais elevados devem pesar na retomada da economia e, mesmo que o BC tenha sua autonomia, isso deve ser levado em conta pelo comitê.
PEC dos precatórios: chegamos ao fim?
Na noite da última terça-feira, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciaram um acordo para fatiar a PEC dos precatórios e facilitar a aprovação do texto na Casa.
Com isso, a proposta abre espaço de mais de R$ 100 bilhões no Orçamento para financiar o Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família) com piso em R$ 400 reais.
A Medida Provisória que busca pagar o benefício ainda em dezembro foi publicada ontem em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e cria um "benefício extraordinário" para complementar o Auxílio Brasil que será pago em dezembro e atingir o mínimo de R$ 400 prometido pelo governo.
O Senado e a Câmara têm 180 dias para aprovar ou não a MP, que passa a valer a partir da assinatura do presidente e publicação do DOU. Caso contrário, ela perde a validade após esse prazo.
Vendas no varejo e fluxo cambial
O cenário local conta com dados de vendas no varejo em outubro, que devem recuar 0,2% na mediana das projeções do Broadcast. Na comparação interanual, o indicador deve cair 6,1%, mas permanecer em alta de 4,9% em 2021.
Já o varejo restrito deve avançar 0,6% na mediana das projeções e acumular alta de 1,7% em 2021. Na base interanual, o indicador recua 6%.
Velhos problemas
A Ásia permanece de olho na crise de liquidez gerada pelo calote da Evergrande. A gigante e endividada imobiliária chinesa está cada vez mais perto de um default formal após não pagar cerca de US$ 82,5 milhões em juros que venceram mês passado.
O mercado acompanha ainda o avanço da “antiga” variante de preocupação do mundo. A Europa vive uma explosão de casos da cepa delta da covid-19, a grande maioria deles de pessoas não vacinadas. Mesmo com o fechamento de fronteiras e lockdowns em alguns países, o coronavírus se espalha na região.
O Reino Unido anunciou que o governo divulgará novas restrições de mobilidade para conter o avanço da ômicron, segundo dados do Financial Times. Entre as novas exigências, estão o passaporte da vacina para grandes eventos e um pedido para que empresas retomem o trabalho remoto.
Jolts e CPI
Os dados mais importantes do dia ficam para o relatório Jolts de empregos privados dos Estados Unidos e para a divulgação dos dados de inflação ao consumidor (CPI, em inglês) e ao produtor (PPI) na China.
Bolsas pelo mundo
As principais praças da Ásia encerraram o pregão desta quarta-feira em alta após uma sessão de ganhos em Nova York. Os investidores deixaram de lado as notícias sobre a variante ômicron e as incertezas quanto ao mercado imobiliário chinês para engatar a alta.
O mesmo movimento não acontece na Europa, que opera com viés de baixa pela manhã. Mesmo com a letalidade menor, estudos indicam que a ômicron é mais resistente às vacinas da Pfizer e BioNTech, o que gera incertezas no mercado.
Somado a isso, o Velho Continente ainda enfrenta o avanço da variante delta na região.
E depois de encerrar o pregão de terça em alta, os futuros de Nova York iniciaram o dia em alta, mas inverteram o sinal após o anúncio do Reino Unido sobre novas restrições contra a covid-19.
Agenda do dia
- FGV: IPC-S de dezembro (8h)
- França: Taxa de desemprego da OCDE em outubro (8h)
- IBGE: Vendas no varejo em outubro (9h)
- Estados Unidos: Relatório de empregos Jolts de outubro (12h)
- Banco Central: Fluxo cambial semanal (14h30)
- Copom anuncia decisão sobre a Selic após às 18h
- China: CPI e PPI em novembro (22h30)
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