Bolsas caem lá fora e sinalizam pregão negativo com especulação envolvendo GameStop e novos casos da Covid-19
O mercado iniciou esta sexta com de olho neste risco de manipulação e acendeu o sinal de alerta para ações com menor liquidez.
Vivemos tempos líquidos, onde nada é para durar. O dono dessa frase é o sociólogo e filósofo, Zygmunt Bauman, criador do conceito de modernidade líquida, onde "as redes sociais são uma armadilha".
Nunca achei que daria para usar Bauman em um texto econômico, mas achei apropriado depois que um grupo de investidores decidiu replicar aqui no Brasil a especulação com as ações da GameStop com as ações da empresa de resseguros IRB Brasil (IRBR3) — que tiveram uma alta de quase 18% na última quinta.
Leia também:
- ATENÇÃO: Confira o "Segredos da Bolsa" e saiba o que está no radar do mercado
- Follow on da Omega para dar saída a fundo fica abaixo do esperado
- Raízen e Biosev negociam operação que pode mudar setor sucroalcooleiro
O mercado amanheceu preocupado com esse risco de manipulação e acendeu o sinal de alerta para ações com menor liquidez nesta sexta-feira (29).
As ações da GameStop (GME), por exemplo, já conseguiram se recuperar da queda de 44% que ocorreu na última quinta nos after hours, depois da Robinhood, corretora pivô na polêmica, ter anunciado que permitirá "compras limitadas" dos papéis, dando mais pano pra manga dessa briga entre sardinhas e tubarões.
Além disso, as notícias sobre novos casos da pandemia da Covid-19 preocupam os investidores internacionais.
Nessa semana, o mundo passou o número de 100 milhões de infectados pela covid-19. Atualmente, são aproximadamente 101 milhões de casos confirmados, com 2,9 milhões de mortos ao redor do mundo.
Leia Também
Na Europa, atrasos relacionados ao próprio programa das empresas farmacêuticas preocupam os investidores. A Alemanha alertou que terá 10 semanas de escassez e, com isso, a chanceler Angela Merkel, planeja se reunir com líderes regionais e fabricantes de medicamentos para discutir a crise.
Depois da tempestade, a calmaria
Na sessão da última quinta-feira (28), o Ibovespa fechou o dia em forte alta, graças ao otimismo do mercado externo.
Os dados divulgados ontem foram melhores que o esperado e recuperaram o bom-humor do mercado, após terem sofrido um baque com a declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, na quarta-feira.
Além disso, a sinalização do líder da maioria do Senado, Chuck Schumer, de que os estímulos fiscais prometidos estão a caminho também impulsionaram os mercados.
Com isso, o Ibovespa fechou em alta forte de 2,59%, aos 118.883 pontos. Confira na matéria da Jasmine Olga.
De volta para o futuro
Com a preocupação de uma possível manipulação do mercado, alertada pela história da GameStop nos EUA, os índices futuros norte-americanos operavam no vermelho por volta das 7h52. As principais bolsas europeias também apresentam queda por todos os lados, variando entre -0,50% e -1,39%.
Na Ásia, as bolsas também em baixa, após o movimento especulativo em Nova York e com preocupações com o número de novos casos do coronavírus. No Japão, o índice Nikkei caiu 1,89%, a 27.663,39 pontos.
O índice sul-coreano Kospi caiu 3,03% em Seul, a 2.976,21 pontos e o Hang Seng, índice de Hong Kong, caiu 0,94%, a 28.283,71 pontos.
Anote na agenda
A agenda desta sexta traz a divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos medidos pelo PCE de dezembro (10h30) e a leitura final de janeiro para o índice de sentimento do consumidor (12h).
No radar fica também a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum Econômico Mundial (13h15) e a divulgação dos dados do setor público consolidado de dezembro e de 2020 (9h30).
Aleatoriedade do dia
Por incrível que pareça, várias coisas importantes históricas aconteceram no dia 29 de janeiro. Neste dia, no ano 757, o revolucionário chinês An Lushan, líder de uma revolta contra a dinastia Tang, foi assassinado pelo seu próprio filho. Em 1916, ocorreu o primeiro bombardeio em Paris por zepelins alemães durante a Primeira Guerra Mundial.
Entre os aniversariantes do dia estão a apresentadora Oprah Winfrey e o ex-jogador de futebol Romário.
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
