🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Ganhos pontuais

No mercado de fundos imobiliários, ainda é possível lucrar com arbitragem ‘à moda antiga’

Por ser composto basicamente por pessoas físicas, o mercado de FII ainda tem distorções de preços que levam certo tempo para serem corrigidas, permitindo ao investidor que as identifica obter ganhos extras

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
24 de maio de 2021
6:01 - atualizado às 17:10
pilhas crescentes de moedas ao lado de imóvel, mostrando um movimento de alta
Imagem: Tinnakorn Jorruang/Shutterstock

Com o desenvolvimento da tecnologia e dos mercados globais de ativos como ações e commodities, ganhar dinheiro com arbitragem - isto é, operando distorções de preços - foi ficando cada vez mais difícil e restrito a algoritmos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os “robôs”, como costumamos chamá-los, conseguem identificar distorções que são rapidamente corrigidas por um mercado cada vez mais eficiente e dinâmico. Quando alguma coisa acontece, ela já se reflete nos preços quase que imediatamente.

Mas existe um mercado, pelo menos no Brasil, onde as distorções mais óbvias ainda persistem e não são corrigidas com tanta rapidez: o de fundos imobiliários.

Por ser basicamente composto por pessoas físicas, o mercado de FII nem sempre reflete imediatamente nos preços dos ativos todos os acontecimentos que deveriam afetá-los.

Às vezes leva dias ou até meses para que o mercado “perceba” que um fundo tem algo a ganhar ou perder com determinado evento e incorpore isso aos preços das cotas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um exemplo de arbitragem “clássica” são aqueles fundos que têm carteiras saudáveis, mas cujas cotas são negociadas a valores próximos ou abaixo do seu valor patrimonial por falta de liquidez.

Leia Também

Mas essa distorção pode ocorrer também simplesmente porque o mercado não teve tempo de prestar atenção e processar informações públicas, como as que os fundos são obrigados a divulgar ao mercado e apresentar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Por exemplo, no início do terceiro trimestre de 2020, o mercado já esperava que os índices de preços veriam uma alta, mas levou algum tempo para os preços das cotas dos fundos de recebíveis imobiliários mais expostos a títulos indexados à inflação incorporarem a melhora na rentabilidade que eles certamente teriam. Na época, esses FII eram negociados com desconto na bolsa.

Outro exemplo é o do fundo Valora RE III (VGIR11), fundo de recebíveis que tem 95% da sua carteira composta por CRI atreladas ao CDI - isto é, a remuneração dos títulos aumenta quando a Selic sobe.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Suas cotas só viram uma valorização mais intensa depois da reunião do Copom de março, quando o Banco Central efetivamente aumentou a Selic em 0,75 ponto percentual, sendo que a perspectiva de que os juros subiriam já vinha de meses antes. Havia uma diferença entre o valor de mercado e o valor patrimonial das cotas que só desapareceu depois da reunião.

Um caso ainda mais específico é o do fundo de recebíveis VBI CRI (CVBI11). No meio do ano passado, era possível prever, pelas informações divulgadas pelo fundo, que sua distribuição de dividendos aumentaria mais para o fim do ano. De agosto a dezembro, as cotas subiram quase 20% e a distribuição do fundo passou da faixa de 60 centavos para R$ 1,50 por cota.

Os FOFs já estão de olho

Em tese, mesmo uma pessoa física poderia ganhar dinheiro dessa forma. Bastaria perceber que o preço de uma cota já deveria estar refletindo algum acontecimento, mas está atrasado.

Mas é claro que os gestores de fundos que investem em outros fundos imobiliários, os chamados FOFs, já se deram conta disso, e estão desenvolvendo métodos para ganhar dinheiro com esse tipo de “arbitragem à moda antiga”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O que mais explica o fato de o mercado de fundos imobiliários ser tão ‘desarbitrado’ é que 60% do fluxo diário vem de pessoas físicas. Muitas vezes, esses investidores não acompanham o mercado tão de perto, pois estão mais interessados em investir para gerar renda ou para a aposentadoria, por exemplo”, diz Rodrigo França, gestor da Devant Asset especializado nesse tipo de estratégia.

Antes da Devant, onde ingressou há pouco tempo, França já usava esse arbitragem na gestão do FOF OUFF11, da Ourinvest, cujo retorno em dividendos, no ano passado, foi de 9,3%, considerando os preços de mercado das cotas.

A ideia de um fundo imobiliário que faz esse tipo de operação não é se basear inteiramente na arbitragem para ganhar dinheiro, até porque nem sempre há distorções para operar. Mas sim monitorar o mercado para ter um lucro extra e pontual quando elas aparecerem, e assim turbinar os dividendos distribuídos pelo fundo.

Para fazer isso, França criou uma base de dados automatizada que capta uma série de informações públicas dos fundos imobiliários abertos. Não chega a ser um robô, pois não é o algoritmo que toma as decisões de investimento, mas o ser humano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De todo modo, ele consegue ter acesso a todos os inquilinos e contratos de aluguel, mutuários e contratos que lastreiam os CRI, indexadores e calendários de pagamento dos CRI, demonstrações financeiras, fatos relevantes e por aí vai. Dessa forma, consegue verificar se os ativos e os fundos estão bem precificados ou não.

“Por exemplo, ele consegue identificar que determinado fundo tem uma reserva de lucros que vai precisar distribuir em breve, enquanto a pessoa física espera o fundo começar a pagar um dividendo mais gordo para comprar”, me explicou David Camacho, sócio-fundador da Devant.

A gestora está neste momento captando para um FOF que vai utilizar essa estratégia, além das tradicionais estratégias para gerar renda, incluindo investimento em CRI. Tanto França quanto Camacho conversaram comigo antes da oferta, quando os gestores, então, entraram em período de silêncio.

Batizado de Devant Fundo de Fundos (DVFF11), o FII está realizando uma oferta restrita, do tipo que apenas um punhado de investidores institucionais consegue participar. Mas a ideia é, posteriormente, ser negociado em bolsa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
COMPRA OU VENDE?

SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano

19 de novembro de 2025 - 17:40

Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel

VAI CAIR NA CONTA?

Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo

19 de novembro de 2025 - 11:33

Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos

EFEITOS DO IMBRÓGLIO

Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima

19 de novembro de 2025 - 10:20

O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez

OPORTUNIDADES OU ARMADILHA?

Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas

19 de novembro de 2025 - 6:02

Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários

ALTA COM DESCONFORTO

Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual

18 de novembro de 2025 - 15:22

Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro

DEPOIS DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa

18 de novembro de 2025 - 11:41

As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro

ONDA DE REVISÕES CONTINUA

Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação

17 de novembro de 2025 - 15:53

Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua

REAÇÃO AOS BALANÇOS

Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?

17 de novembro de 2025 - 15:15

Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen

FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%

15 de novembro de 2025 - 16:23

Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX

ESTRATÉGIA DOS GESTORES

Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina

15 de novembro de 2025 - 15:30

Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973

14 de novembro de 2025 - 18:44

Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%

O DIA DEPOIS DO BALANÇO

Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%

14 de novembro de 2025 - 17:37

Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre

QUEM É VIVO SEMPRE APARECE. OU MELHOR: QUEM É OI

Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%

14 de novembro de 2025 - 16:52

Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3

O QUE BOMBOU NA BOLSA

Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano 

14 de novembro de 2025 - 15:02

Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano

AÇÕES QUE FICARAM PARA TRÁS

Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa

14 de novembro de 2025 - 12:02

Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3

GALPÕES LOGÍSTICOS

A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas

14 de novembro de 2025 - 6:07

Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?

“REALMENTE ME ASSUSTA”

A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações

13 de novembro de 2025 - 19:01

Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo

A VOZ DOS GESTORES

A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado

13 de novembro de 2025 - 14:01

Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial

HORA DO “GRANDE CORTE”

De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?

13 de novembro de 2025 - 11:59

Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018

REAÇÃO AO RESULTADO

A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte

13 de novembro de 2025 - 9:35

O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar