🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

FECHAMENTO DA SEMANA

Ibovespa sobe quase 2% no mês – mas, na prática, o índice custa a sair do lugar; dólar sobe forte no último dia de abril

Com a forte disputa entre comprados e vendidos para a formação da Ptax e o crescimento da economia americana, o dólar subiu 1,79%. A bolsa sentiu o peso da pressão do câmbio e fechou nas mínimas do dia

Jasmine Olga
Jasmine Olga
30 de abril de 2021
19:08 - atualizado às 16:50
Ibovespa, bolsa, dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O Ibovespa anda, anda, anda, mas não sai do lugar. Quer dizer, a valorização no mês de abril foi de quase 2%, mas o principal índice da bolsa brasileira tem tido dificuldade para superar o patamar mínimo dos 119 mil pontos e o máximo de 122 mil, mesmo com o desenrosco do orçamento e a volta das reformas para a agenda do Congresso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta semana, a faixa dos 121 mil até foi sustentada por algum tempo, mas o índice cedeu. E nem foi por questões internas - o mercado até que administrou bem as novidades com relação à CPI da covid-19 e a situação preocupante da pandemia no país. Foi mais o cenário externo que prejudicou o andamento dos negócios e acelerou o movimento de realização de lucros. 

Hoje o índice não só perdeu os 120 mil pontos como voltou para a casa dos 118 mil. Com a pressão negativa do exterior (e alguns novos ruídos em Brasília), o principal índice da bolsa brasileira fechou na mínima do dia ao cair 0,98%, aos 118.893 pontos. Na semana, o recuo foi de 1,36%. No mês, a valorização foi de 1,94%. 

Mas a verdadeira estrela foi o dólar. O Ibovespa recuou acompanhando a movimentação em Wall Street, mas o câmbio também pesou. Fica cada vez mais claro que a crise do coronavírus vai ficando para trás nos Estados Unidos. O país acelerou a sua vacinação e os indicadores começam a refletir uma economia mais forte. Hoje, com novos números na equação, o dólar se valorizou frente à maior parte das moedas globais. 

Por aqui, nós tivemos um gatilho extra. Fim de mês, hoje foi dia de “briga” pela formação da taxa referencial da Ptax de abril. Com um forte movimento comprador, somado ao movimento internacional, o resultado foi uma forte alta de 1,79%, a R$ 5,4320. O movimento foi intenso, mas não o suficiente para apagar o alívio que predominou no período. Na semana, o recuo da moeda americana foi de 1,19% e, no mês, de 3,49%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ariane Benedito, economista da CM Capital, aponta que esse já era um movimento esperado para os mercados hoje e lembra que o alívio que temos visto no mercado de juros acompanha justamente esse movimento de valorização do real visto no câmbio. A sinalização pró-reformas após o fim da novela do orçamento também ajuda a justificar alívio na curva. 

Leia Também

A economista pontua que é importante observar que mesmo com a CPI da covid-19 no pano de fundo, vários pontos da curva apresentaram resultado bem negativo. A ponta mais curta, no entanto, acabou refletindo o movimento mais intenso de alta. Confira as taxas do dia:

  • Janeiro/2022: de 4,61% para 4,67%
  • Janeiro/2023: de 6,18% para 6,27%
  • Janeiro/2025: de 7,68% para 7,80%
  • Janeiro/2027: de 8,34% para 8,41%

Confira os melhores e piores investimentos de abril com os repórteres do Seu Dinheiro:

 O atoleiro

O Ibovespa custa a sair do lugar, mas o que o segura tanto? Bom, nos últimos trinta dias nós tivemos alguns encerramentos importantes - como a sanção do orçamento e a retomada da apreciação das reformas, com destaque para a tributária, que parece ser a grande pauta da vez. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas o coronavírus, pelo menos no Brasil, ainda não é uma coisa do passado. O país engatinha na questão da vacinação e tem dificuldade para equilibrar a economia e a necessidade de distanciamento social. O mercado pode até não pesar esses pontos todos os dias, mas é o pano de fundo. 

E não é só em terras tupiniquins que o vírus segue sendo um problema. O mercado internacional também olha para o Japão e a Índia, localidades que voltam a figurar como focos da doença. 

Os trilhões de Biden

Enquanto nos Estados Unidos a crise parece coisa do passado, a Europa segue sendo castigada com números nada animadores. A queda do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre indica que a região entrou em uma segunda recessão técnica em menos de um ano. O PIB do bloco encolheu 0,6%, abaixo das expectativas de recuo de 0,8%. Já a inflação subiu 1,6% em abril.

Já nos Estados Unidos a história é bem diferente. Os números apresentados pela maior economia do mundo são tão animadores que o mercado de certa forma “teme” o fim da crise e uma reação mais enfática do Federal Reserve, o BC americano. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta semana, o Fed reforçou mais uma vez o seu posicionamento - a economia ainda precisa de estímulos e a compra de ativos e o nível atual das taxas de juros não deve sofrer elevações por algum tempo. 

Mas a inflação, a grande preocupação da terra do Tio Sam de fato vem acelerando, com um cenário que não indica um arrefecimento. 

Isso porque o presidente americano, Joe Biden, planeja despejar mais alguns trilhões na economia. Além dos pacotes já aprovados, há no horizonte um pacote de US$ 2 trilhões para obras de infraestrutura e um de US$ 1,8 trilhão para socorrer as famílias americanas. 

Os projetos devem sofrer alguma pressão no Congresso e o meio de financiar essa conta não agradou os mercados. Biden falou em não só aumentar os impostos corporativos, mas também em aumentar a taxação sobre as famílias que recebem mais de US$ 400 mil por ano. Quando essas medidas foram anunciadss, a reação do mercado foi bem negativa e puxou os ativos globais. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ficou escondido

Hoje o Ibovespa chegou a quase zerar a queda do dia, mas o cenário internacional não deixou. O Dow Jones caiu 0,54%, o S&P 500 teve queda de 0,72% e o Nasdaq recuou 0,85%. 

Não foi só nos Estados Unidos que os indicadores animaram. A taxa recorde de desemprego na casa dos 14,4% não é exatamente um alento, mas veio abaixo do que o mercado andava esperando. Além disso, tivemos uma reação positiva também com relação ao resultado do governo federal - apenas o resultado primário decepcionou e ainda assim veio bem próximo do que era esperado. 

Outro assunto com potencial para amargar os negócios e que ficou em segundo plano nesta semana foi a CPI da Covid. Renan Calheiros de fato ficou com a relatoria, mas as verdadeiras “bombas” devem ficar para a semana que vem, quando membros do governo serão chamados para depor. 

A pauta superada

Não foi como o mercado queria, mas pelo menos foi. Essa foi a reação dos investidores à sanção do Orçamento de 2021. Com cinco meses de atraso, a pauta foi finalmente superada. O jeito foi alterar o projeto de lei orçamentária de 2021 e incluir cerca de R$ 125 bilhões de gastos acima do teto. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mesmo com a sanção presidencial, a questão pode ressuscitar nos próximos dias. Isso porque o presidente da Câmara, Arthur Lira, falou que o Congresso deve votar uma readequação do Orçamento na próxima semana 

A pauta da vez

O governo e o Congresso devem buscar um acordo sobre o fatiamento da proposta de reforma tributária para facilitar a aprovação do projeto. 

O texto deve ser fatiado em quatro partes para ser apreciado pela Casa. Também está no radar do governo o andamento da reforma administrativa que, de acordo com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR),  “entrará em votação agora em maio". Lira falou que deve receber o relatório final na próxima semana. 

Para Ariane Benedito, da CM Capital, o tema traz um alívio momentâneo, mas não deve resolver a questão fiscal no longo prazo. “Como reduzir o risco-fiscal se a dívida segue crescendo? Essa é uma reforma complexa e que não resolve o problema de arrecadação”. Para a economista, seria preferível que o governo apostasse na reforma administrativa, mas o custo político para a aprovação seria muito mais alto, o que conta como um risco com a proximidade da eleição presidencial de 2022.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sobe e desce

Confira as maiores altas da semana:

CÓDIGONOME VALORVARSEM
HGTX3Cia Hering ONR$ 27,4221,38%
BPAC11BTG Pactual unitsR$ 107,758,18%
CVCB3CVC ONR$ 23,978,07%
PCAR3GPA ONR$ 40,736,76%
ECOR3Ecorodovias ONR$ 12,036,46%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVARSEM
BRFS3BRF ONR$ 20,79-12,35%
JBSS3JBS ONR$ 30,12-11,07%
BEEF3Minerva ONR$ 9,68-10,04%
VVAR3Via Varejo ONR$ 11,87-9,53%
LAME4Lojas Americanas PNR$ 20,86-8,51%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
AINDA MAIS PRECIOSOS

Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?

22 de dezembro de 2025 - 12:48

No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%

BOMBOU NO SD

LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro

21 de dezembro de 2025 - 17:10

Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana

B DE BILHÃO

R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista

21 de dezembro de 2025 - 16:01

Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias

APÓS UMA DECISÃO JUDICIAL

Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana

21 de dezembro de 2025 - 11:30

O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo

DESTAQUES DA SEMANA

Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques

20 de dezembro de 2025 - 16:34

Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas

OS MAIORES DO ANO

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking

19 de dezembro de 2025 - 14:28

Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel

MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar