🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

MERCADOS HOJE

Ibovespa cede aos ruídos (e vencimento de opções) e fecha em queda firme; dólar também recua

Ao longo do dia, ruídos políticos e questões domésticas pesaram sobre o índice. Lá fora, o otimismo ainda é tímido, na esteira de crise política nos EUA e covid-19

Jasmine Olga
Jasmine Olga
13 de janeiro de 2021
19:27 - atualizado às 20:12
Ibovespa mercados queda
Imagem: Shutterstock

Um foguete sem freio. 

É assim que podemos descrever os primeiros dias de 2021, tanto para as bolsas globais, quanto para o Ibovespa. Em Nova York e em São Paulo tivemos uma série de recordes batidos e novas marcas sendo registradas. Por aqui, saímos dos 119 mil e superamos os 125 mil pontos. 

O dólar também buscou a sua parte e acumulou uma alta superior a 6% em poucos dias.

Ontem, pressionado pela perspectiva de que um aumento da Selic deve ocorrer em breve após a divulgação da inflação oficial de 2020 e pelo fluxo de entrada de investimentos estrangeiros no país, o dólar reverteu metade dessa valorização toda e notou um recuo de 3,29%. Nesta tarde a moeda americana teve um recuo mais sutil, de “meros” 0,29%, aos R$ 5,3106, mas ainda assim contrário ao movimento de alta exibido no exterior. 

Hoje o Ibovespa teve mais um dia de foguete sem freio... Mas a viagem dessa vez foi para o centro da Terra. Pressionado pelo desempenho ruim das blue chips, que por sua vez refletiram a pressão com o vencimento de opções sobre o índice e uma série de ruídos políticos, os investidores preferiram intensificar o movimento de realização de lucros.

Assim, ao fim do dia, o principal índice da bolsa de valores registrava uma queda de 1,67%, aos 121.933,08 pontos, longe da máxima do dia, que foi na casa dos 124 mil. 

Leia Também

Ruídos por toda parte

Um desses ruídos que merecem um destaque especial é o rumor de que o presidente Jair Bolsonaro estaria irritado com o chefe do Banco do Brasil, André Brandão. Nós já vimos esse filme no passado e no final o mercado sempre reage mal a qualquer insinuação de interferência do governo nas estatais. 

Segundo informações que circulam na imprensa, Bolsonaro não teria gostado dos planos de reestruturação do banco e que incluem o fechamento de 12 agências, sete escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA), além da reabertura do plano de demissão voluntária. Ao fim do dia, nenhum pronunciamento oficial ocorreu, mas as ações do BB amargaram uma queda de 4,94%, a R$ 37,55.

Em segundo plano

Falamos de “ruídos” e não de uma única notícia que movimentou o mercado doméstico nesta quarta-feira. Uma série de fatores também deram um empurrãozinho nesse movimento de realização de lucros. É o que indicaram Pedro Galdi, da Mirae Asset, Alan Gandelman, da Planner Corretora, e Marcio Lórega, da Ativa Investimentos.

  • Coronavírus: A questão do coronavírus não pega só no Brasil, mas temos um agravante doméstico, que é o cenário de vacinação ainda é muito incerto. Lá fora, a vacinação já começou, mas medidas pesadas de isolamento social na Alemanha, Reino Unido e outros países, abrem espaço para a leitura de que a economia deve voltar a sofrer neste primeiro trimestre. Por aqui, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que ninguém receberá as vacinas antes de Manaus e a previsão é de que a imunização comece no dia 19 de janeiro. Antes disso, a Anvisa ainda precisa aprovar o uso emergencial das duas candidatas.
  • Medidas restritivas: O Estado de São Paulo também estuda antecipar a mudança de status das regiões, o que influencia diretamente no tipo de atividade que pode ser exercida em cada lugar.
  • Corrida presidencial: A corrida para a presidência da Câmara também é um fator de incerteza, já que essa é uma pauta que pode mexer com o andamento das reformas econômicas, uma agenda importante para o mercado financeiro.
  • Cheiro de greve no ar: Além desses ruídos políticos em Brasília, seja com a vacinação ou corrida presidencial, temos também rumores de que uma nova greve dos caminhoneiros pode ocorrer.

Raio-X

As duas principais divulgações do dia não fizeram muito barulho no mercado. 

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o setor de serviços teve uma alta de 2,6% em novembro, acima do esperado pelo mercado. Essa foi a sexta expansão mensal consecutiva do índice, o que indica um ganho acumulado de 19,2%, ainda insuficiente para reverter a perda de 19,6% entre fevereiro e maio.

Durante a tarde  Embora o Livro Bege, do Federal Reserve, tenha indicado uma alta de preços em quase todos os distritos — indicando uma recuperação incompleta da economia — as bolsas internacionais não reagiram de forma negativa. Depois de ficarem estáveis por um tempo, o mercado americano acabou se firmando em alta e seguiu assim até o fechamento. Com exceção do Dow Jones, que terminou com um leve recuo de 0,03%.

Uma notícia fresquinha

Os fatores que seguem limitando a alta no exterior são os mesmos dos últimos dias. 

Em primeiro lugar temos a alta expressiva das bolsas globais no começo do ano e que é gatilho para um movimento de realização de lucros. 

Depois, foco nos Estados Unidos. Washington vive momentos delicados de crise política. A expectativa durante todo o dia esteve em torno da votação do impeachment do presidente Donald Trump e que acaba de ser aprovado pela Câmara dos Representantes. A pauta segue agora para o Senado. Quando a notícia saiu, os mercados já estavam fechados.

Ontem, o vice-presidente Mike Pence se recusou a invocar a 25ª Emenda, que poderia ser utilizada para destituir Trump, que é acusado de "incitar uma insurreição" e ter apoiado a invasão ao Capitólio na última semana.

Ainda assim, segue no radar o fato de que um governo democrata, que começa no próximo dia 20, indica uma quantidade ainda maior de estímulos fiscais.

Os destaques negativos

As quedas do dia do principal índice da bolsa brasileira foram lideradas pela Usiminas. A companhia foi fortemente impactada pela notícia de que diversas regiões da China voltaram a adotar medidas de lockdown. O país asiático é o maior consumidor de minério de ferro do planeta.

A Vale, com grande peso dentro do IBOV, também foi afetada pela notícia, recuando 2,85%. As duas companhias haviam registrado ganhos significativos recentemente, com a subida do minério de ferro. A CSN foi outra prejudicada pela notícia. 

Além do Banco do Brasil, que já mencionamos, vale falar também da Petrobras. O Brent, barril que serve de referência para a estatal brasileira, terminou o dia em queda de 0,92%, o que pressionou ainda mais os papéis da petroleira. 

Sozinhas, Vale e Petrobras representam cerca de 15% do índice, por isso, o mau desempenho das duas companhias também ajudam a explicar a queda expressiva de hoje. 

Confira as principais quedas da sessão de hoje:

CÓDIGONOME VALOR VARIAÇÃO
USIM5Usiminas PNAR$ 15,48-6,07%
BBAS3Banco do Brasil ONR$ 37,55-4,94%
PETR4Petrobras PNR$ 29,15-4,83%
CSNA3CSN ONR$ 36,25-4,81%
AZUL4Azul PNR$ 35,96-4,67%

No azul

O dia não foi lá muito positivo, mas teve quem se destacasse. A MRV fechou a quarta-feira na ponta da tabela, com expectativas para a divulgação do relatório operacional do último trimestre, que deve sair amanhã. 

A PetroRio se distanciou da queda do petróleo e seguiu o bom desempenho do último ano. O gatilho desta vez foi o início da cobertura do Bradesco BBI com uma recomendação neutra, mas indicativo de potencial de alta de até 10%. 

A notícia da possível aquisição do Carrefour Global por um grupo canadense chegou a colocar o Carrefour no topo das altas de hoje, mas as ações perderam força ao longo do dia. O GPA, com participação na companhia, no entanto, seguiu a trajetória de valorização e fechou o dia entre as maiores altas. 

Confira:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
MRVE3MRV ONR$ 20,214,39%
PRIO3PetroRio ONR$ 79,483,90%
ENEV3Eneva ONR$ 67,503,67%
CSAN3Cosan ONR$ 84,702,15%
PCAR3GPA ONR$ 77,841,95%

Juros

O mercado de juros repercutiu os números do setor de serviços, mas também manteve no radar o velho conhecido "risco fiscal". Confira o fechamento das principais taxas:

  • Janeiro/2022: de 3,14% para 3,25%
  • Janeiro/2023: de 4,81% para 5,03%
  • Janeiro/2025: de 6,38% para 6,52%
  • Janeiro/2027: de 7,11% para 7,28%

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DEIXOU DE SER QUERIDINHA?

WEG (WEGE3) tem preço-alvo cortado pelo JP Morgan após queda recente; banco diz se ainda vale comprar a ‘fábrica de bilionários’

2 de maio de 2025 - 10:35

Preço-alvo para a ação da companhia no fim do ano caiu de R$ 66 para R$ 61 depois de balanço fraco no primeiro trimestre

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta

2 de maio de 2025 - 8:21

As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA

DE CARA NOVA

Esta empresa mudou de nome e ticker na B3 e começa a negociar de “roupa nova” em 2 de maio: confira quem é ela

1 de maio de 2025 - 17:30

Transformação é resultado de programa de revisão de estratégia, organização e cultura da empresa, que estreia nova marca

ÚLTIMA CHANCE

Ficou com ações da Eletromidia (ELMD3) após a OPA? Ainda dá tempo de vendê-las para não terminar com um ‘mico’ na mão; saiba como

1 de maio de 2025 - 12:44

Quem não vendeu suas ações ELMD3 na OPA promovida pela Globo ainda consegue se desfazer dos papéis; veja como

ABRINDO A TEMPORADA

Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?

30 de abril de 2025 - 11:58

Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram

Mundo FIIs

Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento

30 de abril de 2025 - 11:06

Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado

30 de abril de 2025 - 8:03

Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos

DERRETENDO

Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?

29 de abril de 2025 - 17:09

Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado

MERCADO DE METAIS ESSENCIAIS

Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis

29 de abril de 2025 - 9:15

Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA

29 de abril de 2025 - 8:25

Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços

28 de abril de 2025 - 8:06

Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana

AÇÕES EM PETRÓLEO

Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI

26 de abril de 2025 - 16:47

Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.

CONCESSIONÁRIAS

Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1

26 de abril de 2025 - 12:40

Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira

BOLSA BRASILEIRA

Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano

26 de abril de 2025 - 11:12

Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.

3 REPETIÇÕES DE SMFT3

Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP

25 de abril de 2025 - 19:15

Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre

QUEDA LIVRE

Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea

25 de abril de 2025 - 18:03

No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira

TCHAU, B3!

OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira

25 de abril de 2025 - 13:42

Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3

RUMO AOS EUA

JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas

25 de abril de 2025 - 10:54

Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale

25 de abril de 2025 - 8:23

Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal

FUTURO NEBULOSO

Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?

24 de abril de 2025 - 13:57

Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar