🔴TRÊS ROBÔS CRIADOS A PARTIR DE IA “TRABALHANDO” EM BUSCA DE GANHOS DIÁRIOS – ENTENDA AQUI

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

fechamento da semana

Brasília impede Ibovespa de decolar, mas saldo da semana ainda é positivo; dólar vai a R$ 5,58

No Brasil, o que garantiu um bom desempenho do Ibovespa foi a alta das commodities e a recuperação econômica de Estados Unidos e China.

Jasmine Olga
Jasmine Olga
16 de abril de 2021
18:43 - atualizado às 18:56
Ibovespa
Imagem: Shutterstock/Andrei Morais

A semana chega ao fim da mesma forma que começou: o país segue sem um Orçamento para 2021 definido e Brasília continua uma panela de pressão. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Ibovespa, no entanto, viveu uma realidade alternativa um pouco diferente. O principal índice da bolsa avançou 2,93% na semana e retomou o patamar dos 120 mil pontos, já mirando em superar o seu topo histórico, graças ao aquecimento das principais economias do mundo e o bom momento das exportadoras de commodities. Essa foi a terceira semana no azul para o índice.

Fechando uma sequência de cinco altas consecutivas, o Ibovespa encerrou o dia com uma valorização de 0,34%, aos 121.113 pontos. Assim como no resto da semana, o voo poderia ter sido mais alto, mas a tensão em Brasília impediu o índice de decolar. 

O setor de commodity em alta intensificou a entrada do dinheiro estrangeiro no país, o que, aliado a um recuo dos juros dos Treasuries, levou a um alívio do câmbio. O dólar à vista fechou a semana com um recuo de 0,77%, a R$ 5,5848. Na semana, a queda foi de 1,59%

Mesmo com a percepção fiscal deteriorada e sinais de que as coisas não devem mudar tão rapidamente, até a curva de juros encontrou espaço para um alívio. Além de acompanhar o sentimento do exterior, leilões do Tesouro ajudaram na queda das principais taxas. No começo da semana, a taxa para janeiro de 2027 havia superado a casa dos 9%. Confira:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Janeiro/2022: de 4,69% para 4,66%
  • Janeiro/2023: de 6,44% para 6,33%
  • Janeiro/2025: de 8,17% para 7,98%
  • Janeiro/2027: de 8,81% para 8,63%

Tchau, crise! 

O bom humor que tomou conta dos mercados internacionais ao longo da semana foi patrocinado pelos bons dados da atividade econômica dos Estados Unidos e China. 

Leia Também

É bem verdade que os investidores ainda estão com uma pulga atrás da orelha com relação à pressão inflacionária temida (e observada) nesses países. O temor é que os bancos centrais comecem a normalizar as suas taxas de juros e interrompam a compra de ativos. Ao longo da semana, tanto o Fed quanto o Banco Central Europeu reforçaram que a política acomodatícia deve persistir até que a crise tenha de fato ficado para trás. 

Pontualmente, o retorno dos juros dos Treasuries chegou a avançar, mas diante de leilões do Tesouro e das palavras do Federal Reserve, a semana marcou um recuo expressivo nos rendimentos - o que beneficia diretamente índices como o Nasdaq, os mercados emergentes e uma depreciação do dólar. 

Os números que animaram o mercado foram os seguintes: nos EUA, o setor de varejo subiu 9,8%, bem acima dos 5,9% que eram esperados pelos analistas. Além disso, o mercado de trabalho se mostrou aquecido e os primeiros resultados da temporada de balanço reforçaram a visão de recuperação econômica. Na China, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 18,3% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. O número recorde veio em linha com o esperado pelos analistas, mas foi suficiente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ao longo da semana, as bolsas americanas renovaram seus recordes de fechamento seguidas vezes. O S&P 500 e o Dow Jones fecharam a semana assim, ao subirem 0,36% e 0,48%, respectivamente. O Nasdaq passou boa parte do dia no vermelho, mas acabou revertendo a situação e encerrando a sessão com ganhos de 0,10%.

Meio de campo embolado

Brasília nunca deixou de fato o primeiro plano, mas, durante a maior parte do tempo, os ruídos vindos da capital federal não foram de fato uma novidade. O fôlego para ficar no azul existiu, mas foi limitado.

O impasse com o Orçamento continua causando atrito entre o Executivo e o Legislativo e a decisão foi mais uma vez jogada para a semana que vem. De um lado, Paulo Guedes colocou o cargo à disposição se o Orçamento não tiver algumas partes vetadas. Do outro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que caso os vetos aconteçam, a aprovação das reformas deve ser comprometida.  O mercado fica na expectativa da sanção presidencial.

Durante a tarde, Lira trouxe um pouco de alento ao mercado. Em reunião com investidores, o presidente da Câmara se mostrou otimista com relação ao andamento das reformas e disse que uma solução "sem ruptura" será encontrada para o Orçamento. Vale lembrar que nos últimos dias o governo chegou a ventilar a ideia de uma nova emenda (PEC) para deixar gastos de fora do teto de gastos e acomodar as emendas parlamentares no Orçamento, manobra que não foi bem recebida pelo mercado. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Bolsonaro flerta com um enfraquecimento político em um momento delicado, o que pode comprometer a sua corrida à reeleição. A CPI da Covid começa a ganhar contornos mais nítidos e o foco é justamente a atuação do governo federal durante a pandemia que já matou mais de 365 mil brasileiros e o caos na saúde pública que tomou conta do Amazonas nos primeiros meses de 2021.

Enquanto também não temos novidades sobre vacinação ou outras medidas que podem levar a um alívio da situação, o anúncio de que o governo de São Paulo irá relaxar as regras do distanciamento social animou os investidores. Batizada de "fase de transição", o plano prevê a reabertura de igrejas, comércios, bares, restaurantes e academias nas próximas semanas. Shoppings poderão voltar a operar em horário reduzido já no próximo domingo. 

Lula lá?

Ontem, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a suspensão das acusações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos casos do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia. Principal opositor do atual presidente Jair Bolsonaro, Lula se confirma como elegível para 2022. 

Desde que a primeira decisão havia sido tomada, o mercado tem precificado uma possível antecipação da corrida presidencial, o que poderia tirar o foco do governo federal de questões mais alinhadas à agenda liberal. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desde a retomada das discussões no STF, o mercado parece ter voltado a prestar atenção no desenrolar da história, mas, para Ariane Benedito, da CM Capital, a elegibilidade de Lula já é um assunto precificado. Em Brasília, as questões ligadas ao Orçamento e a saúde fiscal do país são a verdadeira prioridade do mercado. 

Desencalhando o navio

Ao longo de toda a semana, o desempenho das empresas exportadoras de commodities foi o principal destaque positivo, principalmente as companhias ligadas às commodities metálicas. 

Mineradoras e siderúrgicas, com grande peso no índice, carregaram nas costas o Ibovespa, impedindo que a tensão em Brasília tomasse conta dos negócios. Hoje o movimento foi mais contido, com espaço para uma realização dos lucros recentes, mas a tendência é que essa continue sendo a toada dos negócios nos próximos meses. 

Com os países desenvolvidos começando a indicar o fim da crise, principalmente Estados Unidos e China, os investimentos em infraestrutura devem ser retomados, até como uma forma de recuperar a economia e o mercado de trabalho desses países. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso se reflete então em uma melhora de expectativa para as demandas de petróleo, minério de ferro e aço, para citar apenas algumas delas. Os frigoríficos ficaram entre as maiores quedas do dia, mas também tiveram espaço para brilhar nos últimos dias, beneficiados pelo câmbio forte e questões setoriais. 

O causo da semana

A quinta-feira (16) começou com uma notícia que abalou as estruturas do mercado - principalmente o setor de varejo de moda.A Cia Hering anunciou que recusou a oferta de fusão feita pela Arezzo. Segundo a companhia, a proposta apresentada “não atende ao melhor interesse dos acionistas e da própria companhia”.

A Arezzo já demonstrou que não deve desistir tão fácil da sua estratégia de expansão e a movimentação. chama a atenção do mercado não só pela oportunidade de criação de uma nova gigante do setor, mas também para o "desconto" que as ações da Hering e de outras empresas do setor apresentam.

Sobe e desce

Cobiçada pela Arezzo, a Hering despontou com a principal valorização da semana. A proposta voltou os olhos dos analistas para o setor de vestuário, considerado descontado pela crise, mas as Lojas Renner também se beneficiaram de outra notícia que movimentou o mercado - o estudo de uma oferta de ações bilionária para financiar o crescimento da companhia. Só hoje, os papéis da empresa subiram cerca de 12%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na sequência, vemos mais uma vez a Braskem, empresa que tem sido beneficiada pela melhora de projeções de demanda para o setor petroquímico e também pela resolução de problemas que vinham se arrastando - como o afundamento de terra em Maceió e os atritos com o governo mexicano. 

Mesmo com a realização de lucros vista hoje, o setor de commodities também marca presença entre os principais desempenhos da semana, com Usiminas e CSN registrando ganhos significativos. 

Confira as maiores altas da semana:

CÓDIGONOME ULT VARSEM
HGTX3Cia Hering ONR$ 23,3738,78%
BRKM5Braskem PNAR$ 49,9815,24%
LREN3Lojas Renner ONR$ 46,9013,01%
USIM5Usiminas PNAR$ 21,5712,34%
CSNA3CSN ONR$ 48,0011,39%

Confira também as maiores quedas da semana:

CÓDIGONOME VARIAÇÃOVARSEM
SULA11SulAmérica units  R$ 32,28-4,89%
AZUL4Azul PNR$ 37,81-3,91%
ECOR3Ecorodovias ONR$ 11,34-3,57%
ENEV3Eneva ONR$ 16,66-3,48%
CIEL3Cielo ONR$ 3,68-3,41%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Segredos da bolsa

Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB

12 de setembro de 2022 - 7:57

O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira

A SEMANA NA B3

Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice

10 de setembro de 2022 - 13:40

Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China

Exclusivo Seu Dinheiro

Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação

10 de setembro de 2022 - 10:00

Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda

FECHAMENTO DO DIA

Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14

9 de setembro de 2022 - 18:42

O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações

9 de setembro de 2022 - 7:36

O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa

FECHAMENTO DO DIA

BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20

8 de setembro de 2022 - 19:00

A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro

8 de setembro de 2022 - 7:47

Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão

FECHAMENTO DO DIA

Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23

6 de setembro de 2022 - 18:43

Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa

ACABOU A ESPERA?

Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda

6 de setembro de 2022 - 15:38

O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião

ANOTE NO CALENDÁRIO

Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro

6 de setembro de 2022 - 11:29

Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto

6 de setembro de 2022 - 7:43

Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia

FECHAMENTO DO DIA

Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15

5 de setembro de 2022 - 18:40

Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities

MÍNIMA HISTÓRICA

Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos

5 de setembro de 2022 - 13:55

O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro

PASSANDO A FAIXA

Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher

5 de setembro de 2022 - 9:14

Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit

SEGREDOS DA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje

5 de setembro de 2022 - 7:46

Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar