Tensão local pressiona e Ibovespa começa a semana ignorando o bom humor em NY; dólar fica estável
Tensão doméstica se sobrepõe ao otimismo visto no exterior e o Ibovespa começa a semana no vermelho.

Os ecos do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, seguem repercutindo no mercado internacional e permitem que as bolsas americanas sigam ampliando os ganhos da semana passada. O Ibovespa, no entanto, segue na direção contrária, cedendo com o peso das tensões locais.
A indefinição em torno do orçamento do próximo ano e a movimentação política do presidente Jair Bolsonaro antes do feriado de 7 de setembro causam desconforto. Além disso, a crise hídrica segue deteriorando as perspectivas para a inflação e deve encarecer ainda mais a conta de energia elétrica.
Sem conseguir acompanhar o bom humor visto em Nova York, o Ibovespa abre o dia em queda. Por volta das 16h30, o principal índice da B3 recuava 0,77%, aos 119.794 pontos. O dólar à vista opera em leve alta de 0,01%, aos R$ 5,1938.
Panela de pressão
A crise hídrica que atinge o país segue sendo um dos maiores motivos de preocupação dos investidores locais. Os últimos dados de inflação mostram que a elevação das tarifas de energia elétrica pressionam os índices de preços e as coisas não devem melhorar em breve.
A Aneel anunciou a manutenção da bandeira vermelha 2 por mais alguns meses e é esperado que o valor da tarifa volte a crescer.É possível notar a apreensão do mercado no boletim Focus. Os analistas voltaram a revisar para cima as projeções de inflação para 2021 e 2022.
Outro foco de tensão no mercado é a possibilidade de saída do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), após a entidade constar entre as possíveis signatárias de uma carta que pede equiíbrio entre os Poderes e o fim da crise política em Brasília.
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Em nota, a Febraban esclareceu que o texto em questão não continha ataques ao governo ou oposição à atual política econômica. "O condo manifesto pedia serenidade, harmonia e colaboração entre os Poderes da República e alertava para os efeitos do clima institucional nas expectativas dos agentes econômicos e no ritmo da atividade".
Confira as principais taxas de DI desta segunda-feira:
- Janeiro/22: de 6,76% para 6,75%
- Janeiro/23: de 8,45% para 8,44%
- Janeiro/25: de 9,35% para 9,36%
- Janeiro/27: de 9,77% para 9,74%
De olho no futuro
Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, mostrou sinais concretos de que a instituição não deve se precipitar para alterar a atual política monetária vigente. Apesar de uma redução no ritmo de compras de ativos ser esperada ainda em 2021, o dirigente do banco central americano deixou claro que a medida não será acompanhada de uma elevação dos juros.
Nos próximos dias, novos dados devem ajudar o mercado a traçar melhor as suas estimativas para os próximos passos do Federal Reserve. A principal divulgação esperada é o relatório de emprego, o payroll, que será apresentado na próxima sexta-feira (03).
Sobe e desce do Ibovespa
Confira as maiores altas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CVCB3 | CVC ON | R$ 22,62 | 3,29% |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 42,97 | 2,16% |
LAME4 | Lojas Americanas PN | R$ 6,07 | 2,02% |
CPLE6 | Copel PN | R$ 6,67 | 1,37% |
PCAR3 | GPA ON | R$ 29,52 | 1,17% |
Confira também as maiores quedas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
YDUQ3 | Yduqs ON | R$ 26,59 | -2,92% |
CYRE3 | Cyrela ON | R$ 20,75 | -2,63% |
LCAM3 | Locamérica ON | R$ 25,54 | -2,41% |
ENEV3 | Eneva ON | R$ 15,81 | -2,29% |
COGN3 | Cogna ON | R$ 3,32 | -2,06% |
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