Fim da maré baixa? Bitcoin (BTC) avança mais de 4% hoje e analistas comentam sobre as 3 maiores criptomoedas do mercado

A pressão dos Estados Unidos sobre o mercado de criptomoedas deu uma pausa com o feriado do Dia de Ação de Graças, o que permitiu o bitcoin (BTC) sair do patamar de US$ 56 mil e voltar a subir depois de mais de uma semana de quedas. 

Por volta das 11h30, o bitcoin (BTC) operava em alta de 4,39%, cotada a US$ 58.780,02 (R$ 326.147,20). Esse movimento puxou boa parte das maiores criptomoedas do mundo, que também buscam se recuperar das perdas dos últimos dias:

Fim do inverno?

Sair do patamar de US$ 56 mil foi como tirar um carro pesado da lama para o bitcoin, que deve conseguir engatar um movimento de alta até os US$ 60 mil, afirma Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move. 

De acordo com o gráfico de tendência do preço do bitcoin, o desafio começa aos US$ 60 mil e pode se estender até os US$ 62 mil, mas o mercado segue otimista com os próximos passos do mundo cripto, em especial após a atualização do Taproot. 

Para Helena Margarido, especialista em criptomoedas da Monett, o bitcoin é mais do que um investimento em moeda, mas em tecnologia. “Ele acabou de passar por uma gigantesca atualização. O noticiário pressionou o preço nos últimos dias, mas o ganho de eficiência foi muito maior”, comenta.

Além do BTC

O mercado de altcoins, as moedas alternativas ao bitcoin, segue a mesma tendência de alta hoje, em especial entre as dez maiores do mundo. 

O destaque vai para o ethereum (ETH), que sobe 6,15%, aos US$ 4.472,33 (R$ 24.831,19). A segunda maior criptomoeda do mercado está com uma atualização programada para o início de dezembro, mais um passo em direção ao “ethereum definitivo”, conhecido como ethereum 2.0. 

Já na última atualização, o ETH conseguiu otimizar as taxas de transação em rede e melhorar o ecossistema da criptomoeda. Vale lembrar que a comunidade do ethereum é muito engajada, o que chamou a atenção da Kinea, a tradicional gestora de ativos, sobre as oportunidades que o éter pode gerar na Web 3.0.

Em entrevista ao Papo Cripto, Helena Margarido comentou que o ethereum tem capacidade de chegar até US$ 20 mil no final do ano. Nas projeções mais conservadoras, o patamar de US$ 12 mil ainda é possível em 2021, o que representa uma alta de 167,26% na cotação atual.

Além disso, desde a última atualização, já foram queimados mais de 1 milhão de unidades de ethereum, ou seja, ele está ficando mais escasso, menos disponível, o que deve refletir em um choque de oferta nos próximos meses. Em outras palavras, o preço tende a ficar mais elástico e com tendência de alta, segundo os analistas.

Além do BTC — parte 2

Por fim, outro destaque vai para o Binance Coin (BNB), que também dispara 9,67% hoje, cotado a US$ 638,79 (R$ 3.552,17). As recentes mudanças na Binance influenciam no preço da terceira maior criptomoeda do mundo.

A troca do CEO de uma das maiores exchanges (corretoras) é vista com bons olhos pelo mercado. A Binance enfrenta diversos problemas regulatórios no mundo e busca retomar a credibilidade de clientes internacionais com a substituição de Changpeng Zhao, conhecido como CZ.

O movimento é bem visto por André Franco, analista de criptomoedas da Empiricus, que vê o avanço regulatório nos Estados Unidos como um problema que ainda precisa ser melhor analisado. Com a regulação ainda em debate, é possível alterar os pontos que desagradam o mercado.

Somado a isso, o prazo de dois anos para que as medidas passem a valer também deve fazer os investidores se ajustarem às novas leis.

“É um token que tem tendência de alta devido ao fato de a Binance ser uma grande corretora. Cada vez que se utiliza mais a Binance, mais se utiliza o token, o que aumenta sua demanda e todo seu ecossistema vai se fortalecendo. É o caso também do token CRO, da corretora chamada Crypto.com, que subiu absurdamente nos últimos dias”, comenta Tasso Lago.

ETFs de bitcoin e criptomoedas na B3

Você pode clicar aqui para saber mais sobre cada um dos ETFs da bolsa brasileira. Confira o preço dos principais ativos negociados na B3 (por volta das 12h):

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