Déficit do setor público chega a R$ 11,7 bi e dívida chega a 90% do PIB, diz BC
Dados como dívida pública, dívida líquida, déficit e juros também foram divulgados pelo Banco Central

O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 11,770 bilhões em fevereiro, de acordo com o informe do Banco Central desta quarta-feira (31).
Em janeiro deste ano, havia sido registrado superávit de R$ 58,375 bilhões e, em fevereiro de 2020, déficit de R$ 20,901 bilhões. O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento da dívida pública.
O déficit primário consolidado foi menor que as estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast. As previsões indicavam saldo negativo entre R$ 23,347 bilhões e R$ 15,600 bilhões, com mediana de déficit de R$ 19,300 bilhões.
Composição
O resultado fiscal de fevereiro foi composto por um déficit de R$ 22,508 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 10,526 bilhões no mês.
Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 9,489 bilhões, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 1,037 bilhão. As empresas estatais registraram superávit primário de R$ 212 milhões.
Acumulado
As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 691,720 bilhões em 12 meses até fevereiro, o equivalente a 9,23% do PIB, informou o BC. O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em fevereiro pode ser atribuído ao rombo de R$ 743,194 bilhões do Governo Central (9,91% do PIB), carregando ainda o esforço extraordinário de gastos em 2020 para o enfrentamento à pandemia de covid-19.
Leia Também
Já os governos regionais apresentaram um superávit de R$ 48,655 bilhões (0,65% do PIB) em 12 meses até fevereiro. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 47,792 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 926 milhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 2,819 bilhões no período.
Dívida pública
A dívida pública brasileira voltou a acelerar em fevereiro. De acordo com o Banco Central, o Governo Geral (que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais) fechou fevereiro com R$ 6,744 trilhões, o que representa 90,0% do PIB. O percentual, divulgado pelo Banco Central, é maior que os 89,4% de janeiro.
No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
A Dívida Bruta do Governo Geral é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
Dívida Líquida
O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 61,4% para 61,6% do PIB em fevereiro, atingindo R$ 4,619 trilhões.
A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil, hoje na casa dos US$ 350,9 bilhões.
O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 40,966 bilhões em fevereiro, conforme divulgação do Banco Central. Em janeiro, o resultado nominal havia sido superavitário em R$ 17,928 bilhões e, em fevereiro de 2020, deficitário em R$ 49,355 bilhões.
No mês passado, o Governo Central registrou déficit nominal de R$ 48,016 bilhões. Os governos regionais (Estados e municípios) tiveram saldo positivo de R$ 7,276 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 226 milhões.
O resultado nominal representa a diferença entre receitas e despesas do setor público, já após o pagamento dos juros da dívida pública. Em função da pandemia do novo coronavírus, que reduziu a arrecadação dos governos e elevou as despesas, o déficit nominal tem sido mais elevado nos últimos meses.
Déficit e juros
No ano até fevereiro, o déficit nominal somou R$ 23,038 bilhões, o que equivale a 1,81% do PIB.
Em 12 meses até fevereiro, há déficit nominal de R$ 1,008 trilhão, ou 13,45% do PIB.
O setor público consolidado teve gasto de R$ 29,197 bilhões com juros em fevereiro, após esta despesa ter atingido R$ 40,446 bilhões em janeiro, de acordo com o Banco Central.
O Governo Central teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 25,508 bilhões. Os governos regionais (Estados e municípios) registraram gasto de R$ 3,250 bilhões e as empresas estatais, de R$ 438 milhões.
No ano até fevereiro, o gasto com juros somou US$ 69,643 bilhões, o que representa 5,46% do PIB. Em 12 meses até fevereiro, as despesas com juros atingiram R$ 316,460 bilhões (4,22% do PIB).
*Com informações do Estadão Conteúdo
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal