O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a "maior parte" das tarifas comerciais impostas à China vai continuar em vigor durante as negociações da próxima etapa do acordo bilateral, conhecida como "fase 2", que começarão "muito em breve".
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Em discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Trump comemorou a assinatura da "fase 1" do acordo, na semana passada. "Nossa relação com a China neste momento nunca esteve melhor", destacou.
Ele lembrou que o acordo prevê que a China gaste cerca de US$ 200 bilhões adicionais em bens e serviços americanos, mas apontou que o montante pode chegar a algo próximo de US$ 300 bilhões.
O republicano também afirmou que sua administração tem mudado a postura do país em relação ao comércio, "talvez a mudança mais significativa" de seu governo, e que tanto o pacto com a China quanto o Acordo EUA-México-Canadá (USMCA), aprovado pelo Senado também na semana passada, são os "maiores acordos comerciais" já realizados.
Trump também destacou que os EUA concluíram um "ótimo" acordo comercial com o Japão e estão negociando outro com a Coreia do Sul, além de estarem em tratativas no âmbito do comércio com "muitos outros países". "Também estou ansioso para negociar um acordo comercial com o Reino Unido", disse.
'Boom econômico'
O presidente dos EUA ainda disse que o país está "no meio de um boom econômico que o mundo nunca viu antes". Os "ótimos números" da economia, acrescentou, ocorrem apesar da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Trump voltou a criticar o Fed por ter elevado juros "muito rápido" ao longo de 2018 e por os cortar "muito devagar" ao longo de 2019, quando a instituição realizou três reduções na taxa dos Fed funds, hoje na faixa entre 1,50% e 1,75%. Para 2020, a expectativa é de manutenção.
O republicano voltou a criticar o Fed por "obrigar" os EUA a competirem com países com taxas de juros negativas, como no caso da zona do euro. "Eles pagam para emprestar [dinheiro]", criticou.
Petróleo
Para Trump, os EUA não precisam mais importar energia de "produtores hostis". Ele afirmou que "encorajamos a Europa", uma das compradoras do petróleo produzido no Oriente Médio, "a usar a vasta oferta de energia" americana.
Trump também destacou "ótimos" números da economia americana, como a criação de empregos, que segundo ele ultrapassou a meta de dois milhões de novas vagas e chegou a sete milhões, e a queda na taxa de desemprego, que atualmente está perto dos menores níveis em 50 anos.
"Hoje, mostro o modelo da economia americana como um modelo para o mundo", disse. "Estamos criando uma economia que funciona para todos." O republicano também disse encorajar outras nações a seguirem o caminho de "desburocratização" de sua administração.
"Para cada regra criada, eliminamos oito", disse, em referência à flexibilização especialmente do mercado de trabalho.
*Com Estadão Conteúdo