Guedes afirma que programa de privatizações não avançou como esperado e promete reformas para depois das eleições
Ministro também rebateu as críticas de que o governo não teria um plano para a economia, afirmando que três das maiores razões para o crescimento de gastos já foram endereçados

A pauta das privatizações voltou a ser endereçada pelo ministro da Economia Paulo Guedes na manhã desta segunda-feira (23). Em evento virtual organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Guedes afirmou que o projeto de venda de estatais 'não andou direito' por problemas políticos e questões dentro do próprio governo.
O ministro também rebateu as críticas de que o governo não teria um plano para a economia, afirmando que três das maiores razões para o crescimento de gastos - previdência, juros elevados e salários do funcionalismo - já foram endereçados. Guedes estimou que a economia com gasto pessoal será de R$ 450 bilhões.
Pauta cara ao mercado, a agenda de reformar está no colo do Congresso segundo o ministro da Economia. Guedes afirmou que existem conversas em andamento e que o tema deve voltar a andar após a conclusão do segundo turno de eleições municipais, no próximo domingo. "Estamos aqui conversando entre a eleição, primeiro turno, segundo turno, já têm mais coisas aí sendo feitas e logo depois das elições já vêm mais reformas".
Entre as pautas com mais chances de avançar, o ministro elencou o projeto de autonomia do Bnaco Central, a nova Lei d Gás e o novo marco da cabotagem, por terem um baixo custo político.
Segunda onda
Paulo Guedes concorda que o país esteja vivendo um novo repique no número de contágios pelo coronavírus, mas nega que se trate de uma segunda onda. O assunto delicado, por envolver novas preocupações com a situação fiscal. O ministro voltou a afirmar que caso a segunda onda se concretize, o governo deve agir da mesma forma e agora já sabe os programas que realmente funcionam.
Guedes aproveitou para reforçar que a economia brasileira se recuperou bem e está forte, com uma trajetória em V. " O FMI chegou a projetar queda do PIB em 9,5% este ano. Vai ser bem menos que a metade", concluiu.
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*Com Estadão Conteúdo
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