Doria diz a Bolsonaro que ‘não é hora de brigar’ e elogia medida do governo
governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a criticar a conduta do presidente Jair Bolsonaro em relação à crise do coronavírus, durante entrevista coletiva, realizada nesta segunda-feira
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a criticar a conduta do presidente Jair Bolsonaro em relação à crise do coronavírus, durante entrevista coletiva, realizada nesta segunda-feira.
Bolsonaro tem criticado governadores por adotarem medidas preventivas contra o covid-19 antes do Planalto e de seus ministérios. Em resposta, o governador de São Paulo disse que "não é este o procedimento que se espera de um presidente da República". Doria ainda pediu a Bolsonaro "discernimento e serenidade para agregar forças", em um apelo direto ao presidente.
Apesar dos atritos com o chefe do Planalto, o governador elogiou a medida provisória 297/2020, editada pelo governo federal, que permite às empresas suspender os contratos de seus funcionários por até quatro meses como forma de reduzir os impactos da crise do novo coronavírus nas companhias.
"Nossa visão é positiva em relação a essa medida", afirmou Doria, que ainda disse que a MP irá preservar empregos e prevenir a demissão em massa.
Diante das críticas à medida, porém, Bolsonaro afirmou em seu Twitter que determinou a revogação do artigo 18 da MP, que institui a suspensão dos contratos.
O governador de São Paulo também elogiou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a suspensão do pagamento de dívidas dos Estados com o Tesouro Nacional, para destinar os recursos ao combate ao coronavírus.
De acordo com Doria, até 30 de julho deste ano, São Paulo economizará um total de R$ 7,2 bilhões em dívidas com a União. Ele explicitou que o pagamentos serão feitos em outro momento, mas pediu ao governo federal que "tenha compreensão que a medida servirá para salvar vidas".
Governo revogará MP
Há pouco, Bolsonaro suspensão do artigo da Medida Provisória 927/2020 que permitia a suspensão de contratos de trabalho por até quatro meses. A revogação desse trecho da MP foi divulgada na conta do presidente no Twitter.
Anulação desse artigo da medida ocorre horas depois de sua publicação no Diário Oficial da União (DOU).
*Com informações do Estadão Conteúdo
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