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Felipe Saturnino

Felipe Saturnino

Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.

O dia dos mercados

Com cautela em NY, bolsa fecha em queda de 0,6% após voltar aos 100 mil pontos; dólar recua

Em sessão de volatilidade, bolsa retorna ao patamar de 100 mil, mas não consegue manter fôlego com cautela em bolsas americanas. Dólar tem leve queda e se aproxima de R$ 5,30

Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O Ibovespa iniciou a sessão desta quinta-feira (9) de olho em uma marca especial. O patamar de 100 mil pontos estava na mira, 4 meses após a última vez em que ele foi frequentado pelo índice. Naquele fatídico mês de março, todos sabemos o que aconteceu: o mercado financeiro global foi chacoalhado como nunca antes pelos temores sobre o coronavírus, que passava a se disseminar em larga escala.

Desde então, a bolsa remou muito para se recuperar — e se recuperou, à base de estímulos de bancos centrais pelo mundo, pacotes fiscais, reabertura econômica em diferentes partes do globo e dados positivos de atividade.

Hoje, o dia foi de volatilidade nos mercados. A bolsa, de fato, voltou ao nível histórico de 100 mil pontos ainda pela manhã, atingindo, na máxima intradiária, de alta de 0,42%, aos 100.191 pontos. Logo depois, no entanto, virou para a queda, acompanhando a cautela nas bolsas americanas, e à tarde chegou à mínima de 0,91%, aos 98.860 pontos.

No fim do dia, o Ibovespa ainda teve de "suar" para manter os 99 mil. Fechou o pregão em baixa mais moderada, de 0,61%, aos 99.160,33 pontos.

"Sem nova grande notícia que alimente o otimismo, os investidores acabam realizando lucros de curto prazo", disse Paloma Brum, analista de investimentos da Toro Investimentos.

Ela cita o modo espera dos investidores quanto a novos dados e notícias que ofereçam mais clareza sobre a tendência do Ibovespa nos próximos dias. O índice brasileiro, por sua vez, seguiu o desempenho negativo do S&P 500 e do Dow Jones, disse a analista.

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Os destaques positivos no pregão ficaram a cargo das varejistas, que intensificaram as altas durante a tarde. Lojas Americanas (LAME4), Via Varejo (VVAR3), B2W (BTOW3) e e Magazine Luiza (MGLU3) estão entre as maiores altas percentuais do Ibovespa hoje.

"Isso reflete o bom humor dos investidores com os dados do varejo divulgados ontem", afirmou Brum. "As vendas estão melhores do que se esperava com o impacto do fechamento das lojas físicas."

Outra ação que subiu muito fortemente hoje foi a da Eletrobras. O papel foi embalado por notícia publicada no jornal Valor Econômico, de que o governo negocia mudanças no projeto de lei já enviado ao Congresso que trata da privatização da empresa.

A Braskem teve, por sua vez, a pior queda percentual. A ação PN da companhia (BRKM5) tombou mais de 7%, após o anúncio de que prevê despesas R$ 1,6 bilhão em medidas para lidar com problemas geológicos em Maceió, no Alagoas.

Top 5

Confira abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta quinta-feira:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
LAME4Lojas Americanas35,37+10,12%
ELET6Eletrobras PN37,85+9,39%
ELET3Eletrobras ON36,76+8,60%
VVAR3Cielo ON17,55+7,21%
BTOW3B2W ON120,18+4,13%

Confira também as maiores baixas do índice:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
BRKM5Braskem PN23,57-7,02%
CCRO3CCR ON14,47-4,93%
TIMP3Tim ON14,72-3,54%
ECOR3Ecorodovias ON14,41-3,29%
USIM5Usiminas ON7,47-2,99%

Lá fora, as bolsas americanas fecharam o pregão em direções opostas. O S&P 500 caiu 0,56%, aos 3.152,05 pontos, e o Dow Jones, 1,39%, para 25.706,09 pontos. Enquanto isso, na contramão, o Nasdaq avançou 0,53%, para 10.547,75 pontos.

O tom negativo que se manifestou no S&P e no Dow veio apesar dos dados do emprego dos Estados Unidos melhores do que a expectativa. Os pedidos de seguro-desemprego na semana somaram 1,314 milhão, abaixo da previsão de 1,388 milhão.

No entanto, a informação de que a Suprema Corte dos Estados Unidos determinou que o presidente do país, Donald Trump, apresente dados financeiros e tributários à procuradoria de Nova York elevou a cautela.

Além disso, continua no radar um receio dos investidores sobre o avanço do coronavírus nos Estados Unidos — o que poderia atrasar a recuperação da economia. Isto porque o país voltou a reportar mais de 60 mil novos casos de covid-19 em 24 horas, após ter esse número reduzido para 50 mil há alguns dias.

Dólar e juros

A moeda norte-americana fechou em queda de 0,21% na sessão de hoje, cotada ao preço de R$ 5,33. No ano, a divisa sobe quase 33%, ainda sob pressão do temor financeiro gerado pelo coronavírus e pelo enfraquecimento da atividade brasileira causado pelo choque da pandemia.

Os pares emergentes do real, como o rublo russo, o peso mexicano e o rand sul-africano, também recuaram.

Isto não quer dizer que tenha sido assim o dia inteiro. A divisa também sofreu com a volatilidade do mercado. Para ter uma ideia, na máxima, o dólar bateu R$ 5,37, em alta de 0,55%. Na mínima, a variação foi forte: queda de 1,91%, aos 5,24. Como explicar tais oscilações?

"Foi um dia sem notícia, mas creio que a entrevista do Roberto Campos Neto, colocando em dúvida cortes de juros adicionais, sustentou a moeda", afirmou Vladimir Vale, estrategista-chefe do Crédit Agricole Brasil, em referência ao presidente do Banco Central. Campos Neto falou hoje à Reuters que o crescimento da economia e da inflação devem ir na mesma direção, apontando uma inflação na margem acima das expectativas.

Segundo Vale, é natural que haja oscilações no mercado, sem direção clara, após uma recuperação como houve. "O mercado está um pouco sem direção e segue dividido sobre a reabertura econômica e estímulos, de um lado, e, por outro, a preocupação com a pandemia", afirmou.

Enquanto isso, os juros futuros dos contratos de depósitos interbancários fecharam em leve queda na sessão de hoje, em um movimento ocorrido tanto nos vértices mais curtos quanto nos mais longos.

O mercado continua a ponderar as chances de mais um alívio na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente já se encontra na sua mínima histórica. Em suas comunicações recentes, o Banco Central deixou a porta aberta para mais uma redução de 0,25 ponto na taxa básica de juros, caso necessário.

  • Janeiro/2021: de 2,130% para 2,12%;
  • Janeiro/2022: estável a 3,1%;
  • Janeiro/2023: de 4,19% para 4,18%;
  • Janeiro/2025: de 5,69% para 5,63%.

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