Uma das muitas mudanças provocadas pela pandemia do coronavírus foi o aumento exponencial no uso das plataformas de videoconferências.
Se antes elas aconteciam de forma esporádica, agora é quase impossível passar pelo menos um dia sem se ver em uma reunião online. Essa é só uma das demandas que precisaram ser atendidas com a necessidade do trabalho remoto.
E quem está aproveitando o bom momento é a Zoom. A empresa de tecnologia, especializada em plataformas de videoconferência, já se valorizou mais de 500% desde o começo do ano e atingiu uma nova marca histórica.
Após uma disparada de mais de 35% no valor das ações, a empresa atingiu um valor de mercado de quase US$ 122 bilhões. O valor é superior ao de empresas mais consolidadas como Boeing e Starbucks, além de ser maior que o valor de mercado da General Motors e Ford combinadas.
O salto no valor dos papéis se deu após a empresa apresentar resultados melhores do que o esperado no segundo trimestre e aumentar as suas projeções de receita para o fim de 2020.
Nos últimos meses, a empresa, que também oferece serviços gratuitos, viu um crescimento no número de assinantes para os seus serviços. No segundo trimestre, a receita da companhia foi quatro vezes maior do que o mesmo período do ano passado, chegando a US$ 663,5 milhões. Os resultados vieram acima das expectativas dos analistas de Wall Street.
A projeção da empresa é uma receita de quase US$ 2,4 bilhões, muito superior ao valor de US$ 910 milhões projetado no início do ano.
Fundada em 2011, o software do Zoom só foi lançado em 2013 - 7 anos atrás. 2019 foi o primeiro ano em que a companhia deu lucro. A estreia na bolsa de valores aconteceu em abril de 2019, quando a companhia terminou o primeiro dia de negociações avaliada em US$ 16 bilhões. Desde então, os papéis já se valorizaram mais de 1.200%