A Weg (WEGE3) surpreendeu novamente o mercado nesta quarta-feira (21), com os resultados do terceiro trimestre vindo acima do consenso dos analistas, demonstrando porque é a queridinha dos investidores, com as ações acumulando alta de 142,1% no ano.
A fabricante de equipamentos para indústria fechou o terceiro trimestre com um lucro líquido de R$ 644,2 milhões, um aumento de 54% em relação ao desempenho no mesmo período de 2019.
O resultado veio muito acima da média das estimativas dos analistas de mercado, de lucro de R$ 386 milhões, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Se a covid-19 não a atingiu no segundo trimestre, no período de julho a agosto ela praticamente deixou a pandemia para trás, se beneficiando da retomada da demanda de equipamentos de ciclo curto no Brasil e no exterior, além do bom desempenho dos negócios de ciclo longo.
A receita operacional líquida alcançou R$ 4,8 bilhões no terceiro trimestre, alta de 43,3% em base anual. O resultado veio acima da média das estimativas, de R$ 3,5 bilhões. Ajustada para levar em conta os efeitos de empresas recém adquiridas, a receita subiu 42,3%.
A Weg não contou apenas com o aumento de vendas para ter um bom terceiro trimestre. Iniciativas para racionalizar custos e despesas ajudaram a empresa a registrar um aumento da margem do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), de 2,2 pontos percentuais (p.p.) na comparação anual e 1,5 p.p. em relação ao segundo trimestre, para 19,5%. A margem Ebitda demonstra é um indicativo da rentabilidade de uma companhia.
O Ebitda somou R$ 935,3 milhões, alta de 61,5% em relação ao terceiro trimestre de 2019, e acima da média das projeções coletadas pela Bloomberg, de R$ 569 milhões.
“Esta recuperação [da demanda por equipamentos], aliada a manutenção do bom desempenho dos negócios de ciclo longo e aos nossos esforços para controles de custos e eficiência operacional, foram fatores determinantes para o bom resultado apresentado neste trimestre”, diz trecho do relatório.
Caixa e dívida
O bom desempenho no terceiro trimestre, combinado com a menor necessidade de capital de giro no período, fez com que a geração de caixa das atividades somasse R$ 2,5 bilhões nos primeiros nove meses do ano, crescimento de 137,5% em base anual.
O endividamento totalizou R$ 2 bilhões ao final de setembro, menos que os R$ 2,3 bilhões no período até dezembro de 2019 e os R$ 3 bilhões até setembro de 2019.
A maior parte da dívida da Weg é de longo prazo, com uma duração média total de 18,9 meses. Em dezembro de 2019, ela era de 19,5 meses. O custo ponderado da dívida em reais é de 5,22% ao ano, menos que os 5,41% ao ano visto em dezembro de 2019.