O conglomerado de Warren Buffett teve um prejuízo bilionário, mas segue com dinheiro para ir às compras
A Berkshire Hathaway, comandada pelo bilionário Warren Buffett, reportou um prejuízo de quase US$ 50 bilhões no primeiro trimestre de 2020. Ainda assim, a posição de caixa do conglomerado aumentou ainda m
A crise do coronavírus e a forte retração nas bolsas pegou em cheio a Berkshire Hathaway, conglomerado de investimentos de Warren Buffett. Dona de participações em várias empresas, a companhia administrada pelo bilionário foi duramente afetada pela queda nos mercados acionários no primeiro trimestre deste ano.
A Berkshire Hathaway reportou um enorme prejuízo de US$ 49,7 bilhões entre janeiro e março de 2020, revertendo os ganhos de US$ 21,6 bilhões anotados nos três primeiros meses de 2019 — um resultado que equivale a uma perda de US$ 30,6 mil por ação classe A (BRK-A) e de US$ 20,44 por papel classe B (BRK-B).
"Dado o tamanho de nossa carteira de investimentos em ações, mudanças nos preços de mercado implicam em enorme volatilidade aos nossos resultados financeiros", escreve o conglomerado, em mensagem aos acionistas.
E, de fato, o valor da carteira de ações da Berkshire Hathaway encolheu muito nos três últimos meses: o portfólio, que valia pouco mais de US$ 248 bilhões ao fim de 2019, agora é avaliado em cerca de US$ 181 bilhões — uma baixa de 27% nos primeiros três meses de 2020.
A lista das cinco companhias que concentram o maior volume de investimentos por parte do conglomerado de Warren Buffett continua a mesma, apesar de o valor global das fatias detidas ter diminuído por causa da desvalorização das ações:
- Apple: de US$ 73,7 bilhões para US$ 63,8 bilhões (-13,4%)
- Bank of America: de US$ 33,7 bilhões para US$ 20,2 bilhões (-40,1%)
- Coca-Cola: de US$ 22,1 bilhões para US$ 17,7 bilhões (-19,9%)
- American Express: de US$ 18,9 bilhões para US$ 13 bilhões (-31,2%)
- Wells Fargo: de US$ 18,6 bilhões para US$ 9,9 bilhões (-46,8%)
Segundo a Berkshire Hathaway, a maior parte dos efeitos gerados pelo surto de coronavírus foi sentida em março e, provavelmente, continuará afetando os investimentos da empresa ao longo do segundo trimestre, embora tais efeitos ainda não possam ser estimados.
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"Os riscos e incertezas resultantes da pandemia podem afetar nossos resultados futuros, fluxo de caixa e condições financeiras incluem a natureza e a duração dos cortes ou fechamentos de instalações, além do impacto de longo prazo na demanda de nossos produtos e serviços", diz o conglomerado.
Pilha de dinheiro
Mas, apesar das perdas massivas no trimestre, há um detalhe potencialmente positivo que se destaca no balanço da Berkshire Hathaway: a enorme posição de caixa mantida pela companhia de Warren Buffett. A pilha de dinheiro já soma cerca de US$ 137,3 bilhões — um aumento de cerca de US$ 10 bilhões em relação ao fim de 2019.
Uma das características que deu fama ao megainvestidor é seu gosto por aquisições de grande porte — Buffett já declarou inúmeras vezes que prefere comprar 100% de uma companhia a deter participações minoritárias. Essa abordagem, no entanto, depende dos preços e das condições do mercado.
Só que, nos últimos tempos, tais oportunidades se mostraram escassas: com o bull market nos Estados Unidos e os níveis de preço muito elevados, Buffett fechou seus cofres — a Berkshire Hathaway não realiza uma grande aquisição há quatro anos.
Assim, considerando a forte correção vista nas bolsas, há enorme curiosidade quanto aos próximos passos do megainvestidor — e a enorme posição de caixa detida pela Berkshire Hathaway aumenta ainda mais essa expectativa. Será que chegou a hora de Buffett abrir a carteira e voltar ao jogo?
Nesse contexto, os investidores estarão atentos ao encontro anual da Berkshire Hathaway, que será transmitido ao vivo neste sábado, a partir das 17h (horário de Brasília). Qualquer menção de Buffett a eventuais oportunidades de compra de outras empresas pode provocar um frenesi nos mercados — afinal, a palavra do 'Oráculo de Omaha' tem um peso gigante para os agentes financeiros.
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