STF julga ação sobre venda de refinarias da Petrobras; veja o que já foi dito
Corte analisa um pedido de autoria do Senado Federal que alega que o governo federal estaria desmembrando a empresa para vender ativos; julgamento acontece nesta quinta

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar nesta quinta-feira (1), às 14h, o julgamento sobre a venda de refinarias da Petrobras. O relator, ministro Edson Fachin, e dos demais ministros, ainda precisam votar.
A Corte analisa um pedido de autoria do Senado Federal que alega que o governo federal estaria desmembrando a empresa para vender ativos, como é o caso das refinarias.
Em 2019, o STF definiu que o Parlamento precisa aprovar a venda das chamadas “empresas-mãe”, como a Petrobras. Subsidiárias não estariam enquadradas na decisão.
O que foi dito no STF?
Até o momento, três ministros proferiram seus votos, todos em favor do pleito do Senado, mas em caráter liminar. Nesta quarta, o processo foi retomado com sustentações orais das partes.
Na primeira sustentação, quem falou foi o advogado do Senado, Thomas Henrique Gomma de Azevedo. Ele afirmou que a ação apresentada busca "preservar a essência" da decisão da Corte - que proibiu a venda de empresas-mãe sem autorização do legislativo no ano passado.
Já o advogado-geral da União, José Levi, disse que o processo de venda das refinarias está de acordo com o termo firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Leia Também
Também em defesa do processo de venda, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, afirmou que o Ministério Público não identificou nos processos tocados pela estatal uma contradição com o que foi decidido no ano passado pela Corte.
Jacques argumentou também que o processo de venda dessas unidades de refino acontece em "estrita obediência" ao artigo da Constituição, segundo o qual as estatais devem se sujeitar ao regime jurídico de empresas privadas.
"Se uma grande empresa pode desinvestir, também pode a Petrobras desinvestir de acordo com o que a Corte já sinalizou", disse Jacques.
O representante da PGR também disse não ver no caso da Petrobras a denúncia feita na ação apresentada pelo Congresso, de que a estatal estaria sendo repartida em várias pequenas subsidiárias para burlar a decisão do STF.
O advogado da Petrobras, Tales David Macedo, disse que as refinarias alvo de desinvestimento da Petrobras representam apenas 7,5% do ativo imobilizado da estatal.
Segundo ele, não seria razoável alegar que existe perda de controle acionário. O advogado também alegou que o plano de criação de subsidiárias, para que as unidades possam ser alienadas, é o que dá maior retorno financeiro e apresenta menores riscos.
"A estatal defende que se trata de operação que se insere na autonomia da autogestão. A venda das refinarias não se trata de privatização. O Estado não está vendendo o controle acionário da Petrobras", disse.
Macedo afirmou que o programa de reorganização de investimentos é vital para saúde financeira da estatal, que continua a ser a petroleira mais endividada do mundo, disse.
O advogado frisou que os desinvestimentos nas refinarias servirão para que a estatal possa reinvestir os valores para tornar a companhia mais saudável, eficiente e competitiva.
Ele ressaltou que a venda das unidades acontece também por uma necessidade de concorrência no setor de refino.
O que está em jogo?
No centro desse debate estão as vendas das refinarias Landulpho Alves (Rlam) e Paraná (Repar) e de outros seis ativos. No ano passado, a Petrobras assinou um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para encerrar investigações sobre práticas anticompetitivas da empresa no segmento de refino.
Pelo acordo, a empresa deve vender 8 refinarias que produzem 1,1 milhão de barris por dia, cerca de 50% da capacidade brasileira até dezembro de 2021.
A Petrobras está conduzindo nos últimos anos um processo de desinvestimento de ativos com dois objetivos.
O primeiro é concentrar esforços e recursos em projetos de exploração e produção, principalmente em água profundas e ultraprofundas, como é o caso do pré-sal. Para ela, são ativos que possuem ótima qualidade, reservas substanciais, baixo risco e baixo custo de extração.
No dia 15 deste mês, a companhia informou que revisou os planos de investimentos para o período de 2021 a 2025, dando maior importância justamente aos campos do pré-sal.
Eles passaram a representar aproximadamente 71% dos aportes totais que a companhia fará no segmento de exploração e produção (E&P).
*Com informações de Estadão Conteúdo
Duelo de rivais: Cade abre processo para investigar práticas anticompetitivas da B3 contra a CSD BR
O órgão antitruste concluiu que as condutas da B3 elevam artificialmente as barreiras à entrada e à expansão concorrencial
No andar do plano 60-30-30: CEO do Inter (INBR32) no Brasil indica a chave para construir 30% de rentabilidade até 2027
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Alexandre Riccio conta quais as alavancas para atingir o ambicioso plano financeiro nos próximos anos
Americanas (AMER3) tem novo chefe: saiba quem é Fernando Dias Soares, que chega para substituir Leonardo Coelho
A troca no comando da varejista acontece após o segundo trimestre de 2025 registrar um prejuízo líquido 94,7% menor em relação às perdas do segundo trimestre de 2024
Eletrobras (ELET3) pode pagar R$ 7 bilhões em dividendos em 2025; Bradesco BBI recomenda a compra
O pagamento bilionário de proventos aos acionistas mudou a percepção de valor da companhia de energia no curto prazo
Quando bilhões viram pó: as ex-gigantes que hoje negociam abaixo de R$ 1 na bolsa. Como elas viraram penny stock?
Oi, Azul, PDG Realty e outras empresas carregam hoje o título desonroso de Penny Stock, mas outrora foram enormes. Veja a lista completa e entenda o que aconteceu
Santander inicia cobertura da Aura Minerals (AURA33) e vê quatro motivos para investir nas ações agora
Segundo os analistas do banco, a companhia reúne uma combinação rara de crescimento, e ganhou um gatilho recente nos últimos meses em meio ao cenário geopolítico incerto
Anvisa fecha o cerco a versões manipuladas do Ozempic e acelera aprovação de ‘caneta emagrecedora’ genérica
A Agência veta manipulação de semaglutida e prioriza análise de registros que devem ganhar espaço após o fim da patente em 2026
Família Diniz avança no comando do Pão de Açúcar — mas não é aquela que você conhece; saiba quem são os Coelho Diniz
Os novos maiores acionistas do GPA são os Coelho Diniz, que pouco têm a ver com a família do antigo dono, Abilio Diniz, falecido no ano passado
Por que o BTG Pactual está cauteloso com as ações de varejo — e quais os nomes favoritos do banco
A primeira metade de 2025 apresentou resultados sólidos em diversos segmentos de consumo, mas a atenção agora se volta para os ventos desfavoráveis que podem afetar o setor
Petrobras (PETR4) e Ibama testam capacidade de resposta a incidentes na Margem Equatorial; entenda por que isso importa
Apesar de ser vista como a nova fronteira de exploração de petróleo, a proximidade de ecossistemas sensíveis na Margem Equatorial gera preocupações
JBS (JBSS3) aprova distribuição de R$ 820 milhões em dividendos intercalares para a JBS NV
Os recursos serão direcionados para a holding que abriu capital nos Estados Unidos recentemente, segundo informa a própria companhia
Fundo imobiliário que integra o TRX Real Estate (TRXF11) vende mais um imóvel alugado pelo Assaí; entenda os impactos para os cotistas
No fim de maio, o fundo já havia anunciado a alienação de um outro ativo, que estava sendo alugado pela varejista, por R$ 69 milhões
BB Seguridade (BBSE3), Itaúsa (ITSA4) e mais: 8 empresas pagam dividendos e JCP nesta semana; confira
Oito companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas nesta última semana de agosto
Mudanças à vista no alto escalão do GPA (PCAR3): família Coelho Diniz eleva participação e pede eleição de novo conselho
O objetivo da família é tornar a representatividade no conselho proporcional à atual participação societária, segundo comunicado ao mercado
Com nova fábrica, marca de chocolates Dengo escala apoio a produtores de cacau da BA e caminha para o lucro
A empresa está investindo R$ 100 milhões na segunda unidade de produção em Itapecerica da Serra (SP) e vai quintuplicar a capacidade de abrir lojas a partir de 2026
BB denuncia vídeo de Eduardo Bolsonaro por fake news e pede ação da AGU contra corrida bancária
Segundo ofício encaminhado pelo banco, os ataques nas redes sociais começaram na última terça-feira (19)
Petrobras e Ibama testam capacidade de resposta a incidentes na Foz do Amazonas
Atividade é a última antes de concessão de licença ambiental para exploração de petróleo
Que fim levou o Kichute, a mistura de tênis e chuteira que marcou época nos pés dos brasileiros?
Símbolo da infância de gerações, o tênis da Alpargatas chegou a vender milhões de pares nos anos 1970, mas acabou perdendo espaço com a chegada das marcas internacionais
Banco do Brasil (BBAS3) quer ser o maior player no mercado de carbono no país, do projeto à certificação
Para o VP de Sustentabilidade do BB, José Ricardo Sasseron, a forte relação com o agronegócio, a capilaridade do banco e seus mais de 200 anos de história podem ajudar nessa empreitada
Intel tem semana para ninguém botar defeito: depois do Softbank, governo dos EUA confirma participação na companhia
O cenário de mercado, no entanto, tem sido desafiador para a gigante dos microprocessadores. Em 2024, as ações da Intel desabaram 60%