Saudi Aramco: a empresa que enfrenta a Rússia e traz caos aos mercados
Seja fazendo o maior IPO da história ou entrando em um conflito de preços de commodities com a Rússia, a estatal saudita está sempre nos holofotes

A essa altura do campeonato você já deve estar sabendo que uma nova crise do petróleo foi deflagrada e causou caos no mercado ontem. O pano de fundo para o conflito comercial é a falta de acordo entre Arábia Saudita e Rússia.
Com a queda da demanda global do petróleo, fortemente impactada pelo coronavírus, a Arábia Saudita e outros membros da Opep esperavam conseguir um acordo com os demais países produtores de petróleo e diminuir a produção, para conseguir manter o preço dos barris em um momento de demanda fortemente decrescente.
Mas a Rússia, importante país aliado, jogou um banho de água fria nos planos dos sauditas, que anunciaram que não só iriam aumentar drasticamente a sua produção como também promover descontos aos seus compradores.
A reação foi uma só: o valor da commodity despencou para níveis só vistos durante a Guerra do Golfo, em 1991, (mais de 30%) e arrastou todas as bolsas globais juntos, em um perfeito efeito dominó.
No meio dessa queda de braço está a Saudi Aramco, a principal companhia mundial do ramo. Além de sua produção arrasadora, a empresa também é classificada como a mais valiosa do mundo.
E o que isso tem a ver com a guerra do petróleo?
Bom, a Saudi Aramco é uma empresa estatal saudita. Então, com a anúncio da Arábia Saudita, era esperado que a companhia seguisse as diretrizes estabelecidas pelo país.
Leia Também
A empresa afirmou que irá aumentar a sua produção para 12,3 milhões de barris por dia (bpd) em abril, um número acima da capacidade máxima entregue antes pela petrolífera, que era de 12 milhões de bpd.
Conhecendo a gigante
A Saudi Aramco surgiu em 1933 e era controlada por um grupo de companhias estrangeiras conhecidas como Sete Irmãs (Anglo-Persian Oil Company, Gulf Oil, Royal Dutch Shell, Standart Oil Company of California (SoCal), Standart Oil Company of New Jersey, Standart Oil Company of New York e Texaco).
Durante muitos anos as companhias dividiam com o reino a receita. Mas essa história chegou ao fim nos anos 1970, quando o rei Faisal Abdulaziz Al Saud nacionalizou a companhia.
De lá para cá, a petroleira se tornou uma das maiores potências mundiais.
Hoje, é a empresa líder na produção de energia e químicos, além de ser a campeã em receita e uma das mais lucrativas do mundo.
Estreia na bolsa
Em 2019 a Saudi Aramco esteve mais uma vez sob os holofotes. A empresa fez a sua grande estreia na bolsa de valores e tinha um plano bem audacioso: superar a chinesa Alibaba, que havia levantado US$ 25 bilhões em sua oferta inicial de ações.
A oferta foi realizada na bolsa de valores da Arábia Saudita, a Tadawul, e o governo do país vendeu apenas 1,5% do capital social da companhia. Foram colocadas à venda 3 bilhões de ações. A empresa chegou lá e realmente conseguiu realizar o maior IPO da história. As ações foram precificados no topo da faixa indicativa de US$ 3,53, movimentando US$ 25,6 bilhões.
Assim, a companhia saudita se coroou como a rainha dos IPOs, representando a maior cifra em uma processo de abertura de capital. O valor de mercado da companhia passou a ser de US$ 1,7 trilhão.
Com o derretimento das bolsas globais nos últimos dias e o caos no mercado de petróleo, o papel da companhia chegou a se desvalorizar quase 15%, levando a cotação das ações para baixo do precificado durante o IPO. Mas já no último pregão, a companhia recuperou grande parte das perdas ao registrar alta de 9,88%.
Resumo
- Fundação: 1933
- Presente em mais de 20 países
- Dono: Governo da Arábia Saudita (98,5%)
Números dos primeiros 9 meses de 2019:
- Receita líquida: SAR 255,7 bilhões (US$ 68,2 bilhões)
- EBIT: SAR 512,4 bilhões (US$ 136.6bn)
- Fluxo de caixa livre: SAR 219,7 bilhões (US$ 58,6 bilhões)
Nova aposta do Méliuz (CASH3) para turbinar rendimentos com bitcoin (BTC) traz potencial de alta de mais de 90% para as ações, segundo o BTG
Para os analistas do banco, a nova negociação é uma forma de vender a volatilidade da criptomoeda mais valiosa do mundo e gerar rendimento para os acionistas
BTG vê avanço da Brava (BRAV3) na redução da dívida e da alavancagem, mas faz um alerta
Estratégia de hedge e eficiência operacional sustentam otimismo do BTG, mas banco reduz o preço-alvo da ação
Banco do Brasil (BBAS3): está de olho na ação após MP do agronegócio? Veja o que diz a XP sobre o banco
A XP mantém a projeção de que a inadimplência do agro seguirá pressionada, com normalização em níveis piores do que os observados nos últimos anos
Petrobras (PETR4) produz pela primeira vez combustível sustentável de aviação com óleo vegetal
A estatal prevê que a produção comercial do produto deve ter início nos próximos meses
Francesa CMA conclui operação para fechar capital da Santos Brasil (STBP3), por R$ 5,23 bilhões
Com a operação, a companhia deixará o segmento Novo Mercado da B3 e terá o capital fechado
O que a Petrobras (PETR4) vai fazer com os US$ 2 bilhões que captou com venda de títulos no exterior
Com mais demanda que o esperado entre os investidores gringos, a Petrobras levantou bilhões de reais com oferta de títulos no exterior; descubra qual será o destino dos recursos
A conexão da Reag, gigante da Faria Lima investigada na Carbono Oculto, com o clube de futebol mais querido dos paulistanos
Reag fez oferta pela SAF do Juventus junto com a Contea Capital; negócio está em fase de ‘due diligence’
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3) e Copasa vão distribuir mais de R$ 500 milhões em proventos; veja quem tem direito a receber
Ambas as companhias realizarão o pagamento aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio
Méliuz (CASH3) lança nova opção de negociação para turbinar os rendimentos com bitcoin (BTC)
A plataforma de cashback anunciou em março deste ano uma mudança na estratégia de tesouraria para adquirir bitcoins como principal ativo estratégico
Nem tarifas de Trump, nem fusão entre BRF e Marfrig preocupam a JBS (JBSS32), diz CEO
Gilberto Tomazini participou do Agro Summit, do Bradesco BBI, nesta quinta-feira, e explicou por que esses dois fatores não estão entre as maiores preocupações da companhia
Braskem (BRKM5) na corda bamba: BTG diminui preço-alvo ao apontar três riscos no horizonte e um potencial alívio
Excesso de oferta global, disputas acionárias e responsabilidade em Alagoas pressionam a companhia, mas incentivos fiscais podem dar algum fôlego ao lucro
O que o investidor pode esperar da MBRF, a gigante que nasce da fusão de Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)? O Safra responde
Após o negócio ter sido aprovado sem restrições pelo Cade, as empresas informaram ao mercado que a data de fechamento será 22 de setembro
Banco Master no escanteio e fundador fora do comando: o que esperar da Oncoclínicas (ONCO3) se a reestruturação da Starboard for aceita
A ideia da Starboard é trazer fôlego às finanças apertadas da empresa de tratamentos oncológicos — mas a gestora terá uma tarefa hercúlea para conseguir a aprovação da proposta ambiciosa
Cyrela (CYRE3) sobe mais de 5% após Bradesco BBI apontar ação como favorita e mais falada entre investidores. O que ela tem que as outras não tem?
Após alta de mais de 80% em 2025, Cyrela surge entre as maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira (11) com a revisão do preço-alvo para R$ 40
Novo homem mais rico do mundo foi criado pelos tios e abandonou faculdade duas vezes
De infância humilde em Chicago ao trono de homem mais rico do mundo, Larry Ellison construiu um império com a Oracle e uma vida marcada por luxo e esportes
Exclusivo: Proposta de reestruturação na Oncoclínicas (ONCO3) pela gestora Starboard pode nem chegar ao conselho
Fonte afirmou ao Seu Dinheiro que proposta desconsidera movimentos recentes de reestruturação e tenta desvalorizar a empresa
Petrobras destina R$ 21 milhões a iniciativas de combate às mudanças climáticas; veja como participar
Empresas e instituições podem se inscrever até 27 de outubro com propostas voltadas à adoção de tecnologias de mitigação e adaptação nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul
Caixa Seguridade (CXSE3) lidera as quedas do Ibovespa desta quinta (11), após destituir CEO; veja como fica o comando da companhia
O comunicado enviado ao mercado não detalha a motivação para o conselho de administração ter realizado a mudança no alto escalão
Previ vende participação na Neoenergia (NEOE3) para a controladora espanhola Iberdrola por R$ 12 bilhões
Após a operação, a companhia espanhola passa a deter 83,8% das ações na subsidiária brasileira, com o restante dos papéis sendo negociados na B3
Um resgate à Oncoclínicas (ONCO3)? Gestora focada em empresas em crise quer liderar a reestruturação da rede de tratamentos contra o câncer
A gestora Starboard Asset revelou interesse em uma “potencial transação para reestruturação financeira” da Oncoclínicas; entenda a proposta