Petrobras pode deixar de receber US$ 10 milhões diários por causa do coronavírus
“Perda” diria respeito aos atrasos na entrega de plataformas; sete embarcações foram encomendadas pela estatal a estaleiros da Ásia
Os efeitos produzidos pela crise do coronavírus podem levar a Petrobras a deixar de receber até US$ 10 milhões por dia. Essa ‘perda’ diária, dizem especialistas, seria causada pelos atrasos na entrega de plataformas.
Sete embarcações foram encomendadas pela estatal a estaleiros da Ásia, principalmente na China, Cingapura e Coreia do Sul, os três países mais afetados pela epidemia até agora.
A construção de uma plataforma dura anos e representa o maior custo de um projeto de produção de petróleo. As empresas petroleiras acompanham de perto as obras, para evitar que os cronogramas de entrega sejam estendidos e para garantir que as plataformas comecem a produzir e a gerem receita o quanto antes.
A Petrobras, como suas concorrentes, corre contra o tempo. Uma fila de plataformas foi planejada para os próximos quatro anos, o que vai ajudar a empresa a avançar rapidamente no pré-sal. Para o ano que vem é esperada a entrega de duas unidades. São obras que já estão na reta final e, por isso, devem ser as mais afetadas e têm mais chance de atrasar.
Uma plataforma tem capacidade de produzir 150 mil barris de petróleo por dia, algumas um pouco mais. Considerando a cotação do óleo de US$ 52 na semana passada, é possível estimar que a cada 24 horas sem produzir a Petrobrás deixa de ganhar US$ 7,8 milhões.
Somado a isso há a receita gerada pela extração de gás natural, o que eleva a conta a US$ 10 milhões, segundo cálculo de Carlos Maurício Ribeiro, sócio do Vieira Rezende Advogados.
Leia Também
A Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que “as informações existentes até o momento sobre os impactos do coronavírus na economia mundial não permitem que sejam feitas projeções seguras sobre as consequências para as operações da companhia”.
As consequências nos projetos da estatal vão depender da extensão da crise e da sua difusão pelo mundo, salientou Ribeiro. Por conta da transição energética, que vai impor cada vez mais preços mais baixos aos combustíveis fósseis, companhias petroleiras do mundo todo correm contra o tempo para transformar suas reservas de petróleo em dinheiro. Com isso, cada dia de atraso de um projeto tem um custo maior para as empresas.
A crise atual ainda pode gerar novos problemas à gestão da Petrobrás, que aposta na venda de ativos para reduzir o endividamento. Um deles é a desistência das empresas chinesas em adquirir um conjunto de refinarias.
Os diretores da estatal têm dito que o negócio está atraindo o interesse de muitos investidores. A tendência é que sejam especialmente interessantes para os chineses, que têm a preocupação de garantir combustível para o consumo interno e apostado alto no Brasil nos últimos anos.
Refinaria
“O problema é ter alguma proposta para as refinarias que não tenha a participação dos chineses. Se a desistência dos chineses não inviabilizar a compra das refinarias, certamente terá consequências na competição e, portanto, no preço de venda”, disse Rodrigo Leão, economista e coordenador de pesquisa do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).
Ele destaca ainda que quase um quarto da receita da estatal depende das exportações e que a China responde atualmente por 65% desse total. Em recente coletiva de imprensa para apresentar o resultado financeiro do ano passado, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, admitiu que o país asiático continuará a ter um peso relevante no comércio do seu petróleo cru, embora a Petrobrás esteja procurando novos consumidores.
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) Adriano Pires avalia ainda que navios de gás natural liquefeito são construídos na Ásia e que, com a crise do coronavírus, deve ter atraso nas entregas, o que pode afetar os valores de comercialização desse produto. “No fim das contas, a China é a grande fábrica do mundo e o cenário atual faz a gente refletir que depender muito da China é complicado”, avalia.
*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026