Petrobras, Cyrela, Suzano, B3, CSN: os balanços que vão movimentar o mercado nesta sexta
Resultados financeiros do primeiro trimestre afetam mercado em meio à pandemia e às movimentações políticas
A temporada de resultados prossegue a mexer com o mundo corporativo. Nesta sexta-feira (14), o Ibovespa deve operar de olho nos resultados do primeiro trimestre de empresas como Petrobras, Cyrela, Suzano, B3, CSN e Energisa.
O principal índice acionário da bolsa brasileira operou em humor positivo na quinta, em alta de 1,59%, aos 79.010,81 pontos. O dólar à vista caiu 1,38% e fechou a sessão aos R$ 5,81, apesar do receio de investidores com o coronavírus e às tensões políticas.
Confira os principais números das empresas no primeiro trimestre:
Petrobras
A Petrobras sofreu de forma grave os impactos da queda intensa dos preços do barril do petróleo no mercado internacional. O colapso da commodity, de US$ 60 dólares ao fim de 2019 para ao redor de US$ 20, pesou no prejuízo próximo aos R$ 50 bilhões registrados pela gigante estatal. Um ajuste contábil relacionado ao patrimônio da petroleira explica o desempenho, à medida que a empresa antevê uma mudança em hábitos e comportamento de consumidores. Confira os detalhes.
- Prejuízo líquido: R$ 48,5 bilhões
- Receita líquida: R$ 75,5 milhões (↑6,5%)
- Ebitda ajustado: R$ 37,5 bilhões (↑36,4%)
Cyrela
A Cyrela fechou um trimestre difícil para os mercados no azul, embora o lucro líquido tenha encolhido mais do que 40% para R$ 28 milhões. A receita líquida da construtora foi a R$ 765 milhões, em outra queda. Saiba mais aqui.
- Lucro líquido: R$ 28 milhões (↓42,3%)
- Receita líquida: R$ 765 milhões (↓7,4%)
- Lançamentos: R$ 1,64 bilhão (↑200,8%)
Suzano
A Suzano registrou prejuízo multibilionário no trimestre inicial do ano, com perda de R$ 13,4 bilhões. Foi um salto em comparação ao resultado do mesmo período do ano passado, de R$ 1,229 bilhão. A variação é explicada em grande parte pelo resultado financeiro negativo, decorrente da variação cambial sobre a dívida e pelo resultado de operações com derivativos.
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- Prejuízo líquido: R$ 13,4 bilhões
- Receita líquida: R$ 6,98 bilhões (↑22%)
- Ebitda ajustado: R$ 3,03 bilhões (↑10%)
B3
O lucro líquido aos controladores da B3 teve um salto de quase 70%, somando pouco mais de R$ 1 bilhão nos primeiros três meses de 2020. A receita líquida da empresa teve alta forte, enquanto o Ebitda cresceu dois dígitos.
- Lucro líquido: R$ 1,02 bilhão (↑69,2%)
- Receita líquida: R$ 1,9 bilhão (↑38,2%)
- Ebitda ajustado: R$ 918 milhões (↑13,3%)
CSN
A CSN reverteu o lucro obtido no primeiro trimestre do ano passado, de R$ 87 milhões: em igual período de 2020, teve um prejuízo de R$ 1,312 bilhão. Receita líquida e Ebitda também caíram.
- Prejuízo líquido: R$ 1,312 bilhão
- Receita líquida: R$ 5,335 bilhões (↓11%)
- Ebitda: R$ 1,331 bilhão (↓23%)
Energisa
Novata do Ibovespa, a Energisa mais do que triplicou o seu lucro líquido. A empresa, que ingressou no maior índice acionário da bolsa em maio, alcançou lucro de R$ 581,7 milhões. Receita líquida e Ebitda tiveram leve alta.
- Lucro líquido: R$ 581,7 milhões (↑0,4%)
- Receita líquida: R$ 4,782 bilhões (↑48,9%)
- Ebitda: R$ 929 milhões (↑2,7%)
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