A NotreDame Intermédica (GNDI3) continua firme com o plano de consolidar a sua presença em Minas Gerais por meio da aquisição de nomes regionais.
A operadora de saúde verticalizada anunciou nesta quarta-feira (9) a compra do Hospital Lifecenter, localizado em Belo Horizonte, por R$ 240 milhões. O valor será pago à vista, em dinheiro, descontados o endividamento líquido e uma parcela retida para contingências.
A operação foi bem recebida no mercado. Por volta das 11h10, as ações da companhia subiam cerca de 1,84%, a R$ 76,28.
O hospital possui 205 leitos, sendo 40 unidades de terapia intensiva (UTI), 13 salas cirúrgicas e 12 consultórios de pronto socorro, além de ressonância magnética, tomografia, ultrassonografia, endoscopia, radiografia e laboratório de análises clínicas. Em 2019, o Hospital Lifecenter apresentou um faturamento líquido de R$ 153,9 milhões.
A NotreDame Intermédica espera que o plano de integração do hospital resulte em sinergias operacionais e administrativas com as demais operações em Minas Gerais. Ela informou ainda que a operação vai aumentar a oferta de seus produtos no Estado.
“Essa aquisição é mais uma demonstração da continuidade da estratégia e crescimento e de fortalecimento da rede própria, impulsionando nossa presença no Estado de Minas Gerais e reforçando o compromisso com a criação de valor para nossos acionistas, clientes e sociedade”, diz trecho do comunicado.
Rumo à Minas
Minas Gerais virou o principal campo de disputa entre NotreDame Intermédica e a Hapvida (HAPV3), sua principal concorrente no segmento de operadores de saúde verticalizados.
Dono do terceiro maior PIB do País, o Estado é dominado pela Unimed BH, que detém uma parcela de 52% do mercado local, mas as duas companhias veem espaço para aumentarem sua participação.
A NotreDame Intermédica realizou importantes aquisições em Minas Gerais em 2020. Em agosto, ela anunciou a compra da Climepe, operadora de saúde verticalizada fundada há 25 anos em Poços de Caldas, e da Medisanitas Brasil, que concentra as operações brasileiras do grupo empresarial colombiano Keralty, que atua no mercado de saúde suplementar, e que tem posição de destaque em Minas Gerais.
Em setembro, ela informou que adquiriu outra operadora de saúde verticalizada mineira, o Grupo Serpram.