Na disputa com plataformas, Itaú lança fundo que segue carteira recomendada pelo banco
Fundo lançado há pouco mais de uma semana na rede já conta com R$ 500 milhões em patrimônio e permite que cliente invista em toda a carteira de recomendações em um único produto
A equipe da área de investimentos e previdência do Itaú Unibanco prepara todos os meses uma carteira recomendada para diferentes perfis de risco: conservador, moderado, arrojado e agressivo. Desde a abertura da plataforma do banco para os clientes no varejo, em 2017, as indicações incluem tanto produtos da casa como de terceiros.
No papel, tudo funcionava muito bem, inclusive a rentabilidade proporcionada pelas indicações. Em 2019, um investidor com perfil arrojado que tivesse seguido à risca as sugestões teria um retorno (líquido de taxas) de 14,88% – equivalente a 250% do CDI.
O problema é que poucos clientes conseguiam acompanhar de fato as posições. “Tínhamos um portfólio bom, mas que não estava na carteira do cliente”, me disse Victor Vietti, superintendente do Itaú responsável pelas recomendações de investimento.
As dificuldades eram basicamente duas: o tempo que se passava entre a data da indicação e aquela em que o cliente fazia o investimento e o número de operações necessárias para reproduzir a carteira – que conta com uma média de 15 ativos.
Foi para resolver esse problema que o banco decidiu empacotar esse serviço dentro de um fundo. O primeiro produto da família segue as recomendações feitas pelo banco para os investidores de perfil arrojado. O mesmo pode acontecer para os outros perfis, caso haja demanda.
Além de permitir a compra de toda a carteira "com um clique" sem precisar se preocupar em mudar as posições mês a mês, o fundo ainda traz agilidade para a equipe do banco fazer a mudanças rápidas na alocação quando encontrar alguma oportunidade de mercado.
Leia Também
Tendência de mercado
A oferta de soluções para comprar carteiras recomendadas "com um clique" é uma tendência de mercado. A Empiricus Research, empresa irmã do Seu Dinheiro que tem cerca de 350 mil assinantes, fechou recentemente uma parceria com a gestora Vitreo para oferecer fundos que replicam suas carteiras recomendadas.
Quem também oferece um modelo de investimento em carteiras é a Pi, plataforma de investimentos criada no ano passado pelo Santander.
O Itaú também oferecia um fundo do tipo, mas restrito aos clientes do segmento de grandes fortunas (private banking). Vietti fez carreira no banco e trabalhava no escritório do private em Miami antes de se juntar ao time de produtos de investimento.
Lançado há pouco mais de uma semana, o Carteira Itaú de Investimentos já conta com R$ 500 milhões em patrimônio. O novo produto está disponível para toda a rede.
“Se sentasse um cliente com R$ 10 milhões na minha frente e me pedisse para montar uma carteira, ela seria muito parecida com essa que estamos oferecendo a partir de R$ 1,00”, disse Vietti.
Para fazer o trabalho de alocação da carteira sugerida, o banco cobra uma taxa de administração de 0,9% ao ano (máxima de 1,5%), sem taxa de performance.
O histórico do fundo ainda é curto, mas as recomendações feitas pelo banco miram uma rentabilidade da ordem de 200% do CDI neste ano, segundo Vietti.
Onde investe?
Em janeiro, a recomendação do Itaú para seus clientes com perfil de risco arrojado inclui 20% do portfólio em bolsa – sendo 10% via ETFs (fundo de índice) e 10% em fundos de ações. Outros 20% estão em fundos multimercados de gestoras como Adam, Kapitalo e SPX.
A carteira também tem uma posição de 20% em títulos atrelados à inflação, sendo 10% em papéis de curto prazo. Uma novidade interessante para os clientes da rede do banco é a alocação de 10% do portfólio no mercado internacional.
“O investimento no exterior reduz a correlação da carteira, o que ajuda a ampliar o retorno e ainda proteger a carteira em momentos de estresse no mercado”, disse Martin Iglesias, especialista em investimentos do Itaú. Outra parcela de proteção vem da exposição de 30% da carteira a papéis pós-fixados – atrelados à Selic.
Concorrência no radar
O lançamento do fundo que segue a carteira recomendada faz parte da estratégia do Itaú de reforçar a grade de produtos na competição com as plataformas de investimento que surgiram nos últimos anos.
O maior banco privado brasileiro é dono de quase metade do capital da XP Investimentos desde 2017. Mas para a equipe da instituição que cuida dos produtos e das recomendações de investimento, o desafio de fazer frente à concorrência e manter o dinheiro dos clientes dentro de casa continua.
Para ganhar agilidade, os profissionais responsáveis por acompanhar o mercado e traçar as recomendações de investimentos trabalham hoje junto com o time de tecnologia responsável por incluir as novidades nos canais do banco – rede de agências, internet e celular.
Indicações e contraindicações
A Carteira Itaú foi desenhada para aquele cliente que não tem tempo ou não deseja acompanhar o dia a dia do mercado, mas não só. "Um investidor mais sofisticado pode usar a carteira como alocação principal e compor seu portfólio com outros produtos", afirmou Vietti.
A indicação do Itaú, inclusive, é que o investidor com perfil arrojado destine 5% dos recursos a produtos alternativos, como fundos imobiliários. "Não faz sentido incluir na carteira porque o rendimento conta com isenção de imposto de renda no investimento direto."

Por outro lado, a carteira não é indicada para compor a chamada reserva de emergência, ou seja, aquele dinheiro que você pode precisar a qualquer momento. Além da maior volatilidade, que pode trazer resultados negativos no curto prazo, o fundo possui prazo de carência de 10 dias para o investidor que pedir o resgate.
Serena Energia (SRNA3) está mais perto de se unir à lista de empresas que deram adeus à bolsa, após Ventos Alísios comprar 65% da empresa
A operação é resultado do leilão realizado no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) para fechamento de capital e saída da Serena do segmento Novo Mercado da B3
C&A (CEAB3) dá close no Ibovespa: ações figuram entre as maiores altas do dia, e bancos apontam a tendência do 4T25
A expectativa é de que a C&A continue reduzindo a diferença em relação à sua maior concorrente, a Lojas Renner — e os números do terceiro trimestre de 2025 mostram isso
RD Saúde (RADL3), dona da Raia e Drogasil, é vítima do próprio sucesso: ação chegou a ser a maior queda do Ibovespa e agora se recupera do tombo
Receita com medicamentos como Ozempic e Mounjaro engordou os resultados da rede de farmácias, mas essas vendas podem emagrecer quando genéricos chegarem ao mercado
Itaú (ITUB4) não quer juros altos e seguirá com ROE acima de 20%, diz CEO: “A barra subiu faz tempo”
Milton Maluhy Filho afirma que o banco segue confortável com o atual nível de rentabilidade e projeta cortes na Selic a partir de 2026; veja o que esperar daqui para frente
Black Friday 2025: Americanas promete até 80% de desconto e aposta em programa de fidelidade
A campanha transforma cada sexta-feira de novembro em um dia de ofertas, com novas modalidades de compra e parcelamento sem juros
Itaú Unibanco (ITUB4) supera expectativas com lucro de R$ 11,8 bilhões no 3T25; rentabilidade segue em 23%
O resultado veio acima das expectativas de analistas de mercado; confira os indicadores
Ligou o alerta? Banco Central quer impor novas regras para bancos que operam com criptomoedas
A proposta funciona como um farol para para o sistema financeiro e pode exigir mais capital de bancos expostos a bitcoin, tokens e outros ativos digitais
O homem que previu a crise de 2008 aposta contra a febre da IA — e mira Nvidia e outra gigante de tecnologia
Recentemente, a Nvidia atingiu US$ 5 trilhões em valor de mercado; nesta terça-feira (4), os papéis operam com queda de mais de 2% em Nova York
O golpe do cashback: como consultores aproveitaram uma falha no sistema para causar prejuízo milionário à Natura (NATU3)
Uma fraude sofisticada, que explorava falhas no sistema de cashback e distribuição de brindes da Natura, causou um prejuízo estimado em R$ 6 milhões à gigante brasileira de cosméticos
‘Ultra-hard-discount’: Como funciona o modelo de desconto extremo do atacarejo que vai desembarcar no Brasil em breve
Rede russa Vantajoso promete revolucionar o varejo alimentar brasileiro com o modelo ultra-hard-discount, que aposta em lojas compactas, margens mínimas e preços ainda mais baixos que os atacarejos
Embraer (EMBJ3): “Acionistas não devem esperar o pagamento de dividendos adicionais”, diz CEO; tarifaço também preocupa investidores, e ações caem
Ações estão em queda hoje depois da divulgação de resultados da fabricante de aeronaves. Tarifaço e dividendos afetam as ações EMBJ3
O que a Vale (VALE3) disse à CVM sobre o pagamento de dividendos extraordinários
Questionada pela CVM, a mineradora respondeu sobre o que pode levá-la a pagar dividendos extraordinários no último trimestre do ano
Itaú Unibanco (ITUB4) deve entregar mais um trimestre previsível — e é exatamente isso que o mercado quer ver no 3T25
Enquanto concorrentes tentam lidar com carteiras mais arriscadas e provisões pesadas, o Itaú deve entregar previsibilidade e rentabilidade acima dos 20%; veja o que os analistas esperam para o balanço
Por que a XP reduziu as projeções para Prio (PRIO3), Brava (BRAV3) e PetroReconcavo (RECV3) às vésperas dos resultados do 3T25
A XP alerta que os principais riscos incluem queda do Brent abaixo de US$ 65 por barril e fatores específicos de cada empresa
BB Seguridade (BBSE3) supera expectativas com lucro de R$ 2,6 bilhões; confira os números
No ano, a seguradora do Banco do Brasil (BBAS3) vive questionamentos por parte do mercado em meio à queda dos prêmios da BrasilSeg, também agravada pela piora do agronegócio
Quando começa a Black Friday? Confira a data das promoções e veja como se preparar
Black Friday 2025 começa oficialmente em 28 de novembro, mas promoções já estão no ar em gigantes do e-commerce; veja o calendário e se programe
Apple (AAPL), Amazon (AMZN) e outras: o que esperar das Sete Magníficas depois do balanço e como investir
Entre as sete, apenas uma, a Nvidia, ainda não divulgou seus resultados trimestrais: os números devem sair no dia 19 de novembro
No topo, o único caminho é para baixo: BTG corta recomendação da Marcopolo (POMO4) para neutro
Na visão do banco, o terceiro trimestre mostrou margens fortes com melhora do mix doméstico e contribuição relevante de ônibus elétricos. Apesar disso, o guidance da administração sugere que o trimestre marcou o pico de rentabilidade de 2025
Grupo Toky (TOKY3) quer reduzir a dívida com aumento de capital — mas ainda falta o aval dos acionistas; entenda o que está em jogo
Após concluídas, as operações devem reduzir as dívidas da empresa dona das marcas Tok&Stok e Mobly em aproximadamente R$ 212 milhões
Renault anuncia que grupo chinês Geely, dono da Volvo, comprará 26,4% da sua operação no Brasil, com fortalecimento das montadoras chinesas no país
A Renault do Brasil ficará responsável por distribuir o portfólio elétrico e híbrido da Geely no país, abrindo novas oportunidades em vendas, financiamento e serviços
