🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Estadão Conteúdo

pós-vexame

Itaú e Bradesco devem participar de capitalização do IRB Brasil

Operação é parte do esforço da companhiapara adequar seus ativos sob o aspecto regulatório e ainda dar uma sinalização um pouco mais concreta de confiança ao mercado em meio à grave crise de credibilidade

Estadão Conteúdo
1 de julho de 2020
12:58 - atualizado às 18:07
Banco Bradesco e Itaú
Imagem: Estadão Conteúdo/Shutterstock

Os sócios Itaú Unibanco e Bradesco devem acompanhar o reforço de capital de até R$ 2,3 bilhões no IRB Brasil Re, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A operação, aprovada na semana passada em reunião do recém-empossado colegiado, é parte do esforço da companhia, líder do mercado brasileiro de resseguros, para adequar seus ativos sob o aspecto regulatório e ainda dar uma sinalização um pouco mais concreta de confiança ao mercado em meio à grave crise de credibilidade que atravessa.

Em paralelo à divulgação do seu aguardado resultado do primeiro trimestre, adiado por duas vezes, o IRB anunciou na última terça-feira, 30, a contratação do Itaú BBA e do Bradesco BBI para coordenarem a capitalização. Além de atuarem como assessores da captação bilionária, os bancos, que são os maiores acionistas da companhia, também devem participar da operação, conforme duas fontes ouvidas pelo Broadcast, na condição de anonimato.

"Um movimento interessante, no curto prazo, seria a sinalização por parte de Itaú e Bradesco, de que devem acompanhar a oferta, aportando recursos para não terem suas participações diluídas", avalia o diretor de renda variável da Eleven Financial, Carlos Daltozo, em relatório ao mercado.

Procurado, o Itaú confirmou intenção de participar da capitalização do ressegurador IRB Brasil Re. "O Itaú Unibanco tem a intenção de participar deste aumento de capital de modo a manter sua participação no IRB inalterada. O banco considerará subscrição adicional, caso seja necessária", informa a instituição, em nota ao Broadcast. O Bradesco, que tem investimento no IRB por meio de sua seguradora, não se manifestou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A atual base de acionistas do IRB é, segundo uma fonte ouvida pela reportagem, suficiente para o reforço de capital. "Só os atuais acionistas já bastam", diz, na condição de anonimato.

Leia Também

Confiança

O Itaú detém 11,14% do ressegurador, enquanto o Bradesco possui participação de 15,23%. Juntos, somam 26,3% do total do capital social. A companhia passou a ser uma corporation, ou seja, de capital pulverizado após a saída da União e do Banco do Brasil do bloco de controle, no ano passado. Seu terceiro maior acionista é a gigante norte-americana BlackRock, com fatia de 5,11%. Vale lembrar que a gestora é conhecida por manter suas posições estáveis no mercado, entre 4% e 6%.

A capitalização do IRB deve acontecer até setembro. Ainda não se sabe, porém, qual será o formato da operação. Dentre as possíveis estruturas, estão emissão de ações, debêntures conversíveis em ações ou bônus de subscrição, e ainda capitalização de lucros ou reservas.

O presidente do conselho de administração e atual diretor-presidente do IRB, Antonio Cassio dos Santos, disse que o ressegurador chegou a avaliar uma emissão de dívida ou de ações a mercado, mas que o custo seria um "absurdo" no cenário atual. "Infelizmente, neste momento, em que pese muita liquidez de mercado, uma estrutura de emissão de dívida e ações, com muitas empresas precisando de liquidez, com muitos problemas por conta da pandemia - o que não é o nosso caso -, o custo seria absurdo", disse Santos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O aumento de capital é necessário para o IRB equacionar a sua insolvência regulatória. Em março, a cifra indicada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que regula o setor, era de R$ 2,1 bilhões. O ressegurador não tem problemas de solvência, mas de liquidez. Na prática, tem ativos para fazer frente à exigência da autarquia, entretanto, os mesmos não se encaixam naqueles considerados como 'garantidores'.

Além da questão regulatória, o próprio IRB admitiu que a capitalização ajudará a dar uma sinalização de confiança ao mercado, que ainda penaliza os papéis na bolsa brasileira. As ações da companhia amargaram queda de 11,72% no pregão da última terça, cotadas a R$ 11,00, na maior baixa do Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro.

'Festa de esqueletos'

O ressegurador trouxe à tona uma 'festa de esqueletos', nas palavras da Eleven Financial, com a reapresentação dos balanços de 2019 e 2018. Os principais ajustes foram por conta da contabilização de uma 'avalanche de sinistros' que, conforme o presidente do IRB, não estava contabilizada em lugar algum. O movimento impactou os resultados e também o patrimônio líquido da companhia.

No primeiro encontro da nova gestão do IRB com analistas e investidores, os executivos levaram cerca de duas horas e quarenta minutos para esclarecer as dúvidas existentes. Ainda assim, parece que não foi suficiente. Ao longo da conversa, ocorrida nesta tarde, os papéis do ressegurador aprofundaram a queda, após a sinalização de que a distribuição de dividendos será impactada no curto prazo e, para 2021, o IRB ainda vai estudar o nível a ser pago aos acionistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Outra dúvida - também não esclarecida - é quanto ao patamar sustentável de rentabilidade da companhia. Mesmo questionados, os executivos deixaram o mercado sem resposta, o que não agradou. "O ponto principal a entender é se o ROE (retorno, na sigla em inglês) de 30% relatado em 2019 e 2018 pode ser considerado um nível novo e sustentável para a empresa", questiona o analista do Citi, Felipe Salomão, em relatório ao mercado.

Também foi a primeira vez que o IRB falou abertamente sobre a Squadra. Foi justamente uma longa análise da gestora carioca que desencadeou a mais séria crise de credibilidade do ressegurador ao longo dos seus 81 anos, com a queda da diretoria e da alta cúpula da companhia, instauração de uma fiscalização especial da Susep, e processos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

De acordo com o presidente do Conselho do IRB, a análise da Squadra foi 'fantástica' e o fez rebatizar um dito popular. "No futuro, quando eu estiver falando para alunos ou clientes, vou explicar o que batizei de 'Squadra effect', baseado em um dito popular que nos esquecemos: você pode enganar muitos por muito tempo, mas não pode enganar todos por todo tempo", afirmou, referindo-se à antiga gestão do ressegurador.

Concluídas as investigações que focaram na identificação de fraudes contábeis e 'fake news' envolvendo a gigante Berkshire Hathaway, a nova cúpula do IRB espera não encontrar mais nenhum esqueleto escondido no ressegurador. Mas como se aprende no próprio mercado de seguros, não existe 'risco zero'.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O próximo passo do ressegurador é rever seu portfólio de negócios, incluindo operações na América Latina e no mercado externo. Antes de se afundar numa crise que parece não ter fim, o IRB estava em franca expansão internacional. Neste momento de pandemia, contudo, o melhor a se fazer, conforme o presidente da companhia, é olhar para dentro de casa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NOVELA CORPORATIVA

IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3

26 de dezembro de 2025 - 14:00

A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto

GRANDE COMPRA

Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história

26 de dezembro de 2025 - 13:21

Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup

FIM DA DISPUTA

Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3

26 de dezembro de 2025 - 12:30

O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas

DISPUTA DE ACIONISTAS

Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo

26 de dezembro de 2025 - 11:45

Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações

MAIS CHINELOS NO CARRINHO

Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas

26 de dezembro de 2025 - 9:36

Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação

NEGÓCIOS

Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa

25 de dezembro de 2025 - 18:11

CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill

MAIS AÇÕES

Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão

25 de dezembro de 2025 - 15:15

Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões

MARCA FIT

Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões

25 de dezembro de 2025 - 8:00

Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades

CHUVA DE PROVENTOS

Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar

24 de dezembro de 2025 - 12:00

O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos

GRANDES MUDANÇAS

Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar

24 de dezembro de 2025 - 11:15

A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA

COMPRAR OU VENDER?

O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações 

24 de dezembro de 2025 - 10:38

Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026

ATENÇÃO, ACIONISTAS!

B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições

23 de dezembro de 2025 - 19:38

Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões

COMPRAR OU VENDER?

2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações

23 de dezembro de 2025 - 19:33

O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%

RECALCULANDO A ROTA

Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão

23 de dezembro de 2025 - 18:55

Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação

UM NOVO GÁS

Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos

23 de dezembro de 2025 - 16:29

Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3

VAREJO EM ALERTA

Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal

23 de dezembro de 2025 - 15:39

Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios

ALIANÇA PET

AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes

23 de dezembro de 2025 - 14:00

Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho

DE OLHO NA B3

IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança

23 de dezembro de 2025 - 13:01

A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial

MUDANÇAS À FRENTE?

Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3

23 de dezembro de 2025 - 11:58

Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?

VIRADA CHEGOU MAIS CEDO

Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica

23 de dezembro de 2025 - 11:25

Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar