Empresas evitam o retrovisor do 1º tri e mostram medidas para combater a crise
No geral, entre os setores afetados, a mensagem é de que o segundo trimestre será muito ruim em termos de resultados, salvo raras exceções, com farmácia e supermercados
O retrato das companhias no fim de março envelheceu muito rapidamente com a pandemia do covid-19. Embora os primeiros efeitos da crise estejam refletidos nos resultados, as empresas começaram a mudar os rumos dos negócios. No geral, entre os setores afetados, a mensagem é de que o segundo trimestre será muito ruim em termos de resultados, salvo raras exceções, com farmácias, supermercados, e-commerce e setores ligados à exportação.
"Os resultados deste trimestre estão servindo para mostrar como as empresas estão se posicionando para atravessar a pandemia. O impacto maior para as empresas será no segundo trimestre", afirma a analista de ações da XP Investimentos, Betina Roxo.
Nas empresas mais afetadas com a crise, a pandemia e as medidas de isolamento pegarão em cheio o segundo trimestre e os efeitos financeiros, a serem observados na próxima temporada de resultados, devem ser muito maiores. "Entre os setores que podem demorar a se recuperar, listamos o turismo e o aéreo, pelo fato de as companhias estarem com a maior parte da frota parada e sem previsão de retomada no patamar anterior à pandemia, o que pode vir a acontecer apenas a partir do segundo semestre de 2021", diz o analista da Toro Investimentos Lucas Carvalho.
Mais importante do que os números passados, as empresas preocuparam-se em mostrar o que estão fazendo em transformar o negócio para o futuro. Os varejistas têm adiantado números relacionados a vendas do segundo trimestre nas teleconferências desta temporada de balanços. Virou prática comum para mostrar resiliência na crise e avanços nas estratégias digitais.
O GPA, por exemplo, disse que o crescimento do e-commerce em abril e maio tem sido superior ao do primeiro trimestre, que registrou alta de 82%. Além disso, afirmou que as margens do segundo trimestre podem ser maiores que nos três primeiros meses do ano, durante entrevista após a divulgação de resultados.
"Empresas ligadas a bens essenciais, como alimentos, medicamentos, devem conseguir apresentar bons resultados no cenário pós-covid. As empresas exportadoras, com a recuperação dos preços da celulose e a resiliência dos preços de minério, por exemplo, e o dólar valorizado ante o real, são outro setor interessante. Empresas que possuem boa estrutura de vendas online, da mesma forma, conseguem minimizar os impactos no faturamento da 'venda física'", diz Lucas Carvalho, analista da Toro.
Leia Também
O setor de shopping centers, um dos mais afetados pela pandemia, tende a sentir aumento da inadimplência dos lojistas e possíveis devoluções de pontos comerciais, com elevação da vacância. Pelo lado positivo, as empresas têm uma posição de caixa confortável, com um volume baixo de vencimentos no curto prazo.
No setor elétrico, o impacto da covid-19 ainda não se refletiu de maneira significativa no desempenho do primeiro trimestre. Embora as medidas de combate à disseminação da doença adotadas na maior parte do País tenham se refletido de imediato na redução do consumo de energia, por uma questão de ciclo de faturamento, os números de janeiro a março não mostram redução de receita com as vendas de energia.
Algumas elétricas, no entanto, optaram por já antecipar dados do segundo trimestre e também mostraram como tem se preparado para a pressão que a esperada redução de receita trará. A Light, por exemplo, já informou uma queda de 15% no seu mercado faturado de abril, ante igual mês de 2019, enquanto a arrecadação ficou em um 92% do total faturado. Considerada a distribuidora de energia com um dos mercados mais complexos do País no que diz respeito a combate a furtos de energia e inadimplência, a empresa elevou em quase 70% suas provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD).
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto