Com coronavírus, setor de telecom e TI deve perder US$ 15 bilhões na América Latina
Setor de telecomunicações e tecnologia da informação vai interromper o ciclo de crescimento e encerrar o ano em queda devido à crise do coronavírus, de acordo com projeção da consultoria IDC
O setor de telecomunicações e tecnologia da informação vai interromper o ciclo de crescimento e encerrar o ano em queda devido à crise do coronavírus, de acordo com projeção da consultoria IDC. Em suma, a queda é esperada porque o baque na economia vai limar a capacidade de investimento pelas empresas, bem como gerar desemprego e perda de renda pela população, esfriando o poder de consumo.
Com isso, a receita do setor em toda a América Latina deve cair cerca de 4% em 2020, o que representa uma perda na ordem de US$ 15 bilhões. A previsão inicial para o ano, traçado antes da crise, era de um crescimento na ordem de 7,5% a 8%.
As projeções foram divulgadas nesta terça-feira, 7, durante uma reunião online organizada pela IDC. Para este cenário, a consultoria acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina ira encolher em torno de 3% a 4% no ano.
"O desemprego vai ser um problema no segundo semestre do ano, dado o impacto da Covid-19 principalmente nas pequenas e médias empresas, bem como nas grandes empresas", comentou Luciano Ramos, gerente de consultoria e pesquisa da IDC Brasil.
Ele considerou também que o setor manufatureiro se recuperará na China, o que poderia dar sustentação à comercialização de eletrônicos, mas as cadeias de suprimentos para exportações globais continuam sendo afetadas negativamente, o que dificulta o abastecimento em vários mercados.
Para o Brasil, a previsão da IDC é de que a receita do setor de telecomunicações e tecnologia da informação deve encolher aproximadamente 4% em 2020, o que representa uma reversão frente à projeção pré-crise de alta de 7,5%.
Já a projeção da consultoria para 2021 ficou praticamente inalterada passando de uma alta de 5,1% para alta de 4,8%. "O impacto será muito grande no Brasil em 2020, mas esperamos que haja recuperação em 2021", afirmou Ramos.
A demanda por produtos e serviços de telecomunicações e tecnologia da informação deve se recuperar primeiro no mercado financeiro, a partir do fim de 2020, apontou a IDC. Já a partir de 2021, devem vir outros setores, como o varejo, com demandas reprimidas de consumo. Já a indústria deve se recuperar mais tardiamente, devido à crise na cadeia de fornecimento global. No fim da fila virá o setor público, endividado por conta da liberação massiva de recursos no pacote atual para dar sustentação à economia.
A consultoria prevê um impacto negativo no segmento de dispositivos eletrônicos no Brasil. São esperadas quedas nas vendas de smartphones (-3,2%), computadores (-7,9%) e tablets (-9,5%) em 2020.
Já no segmento de telecomunicações, a estimativa é de alta no tráfego de dados fixos, isto é, banda larga (4,2%) e dados móveis, especialmente via celulares, (8%), enquanto as chamadas de voz devem recuar nos telefones fixos (-8,1%) e nos celulares (-18,8%). "Já existia uma tendência de migração de voz para dados no setor de telecom, e a crise parece estar acentuando essa tendência", observou.
Por fim, a IDC disse esperar queda nos gastos das empresas com serviços de tecnologia da informação no curtíssimo prazo, mas com tendência de isso se recuperar nos próximos meses e ter um crescimento robusto a médio prazo, devido à mudança de hábitos de trabalho, como a adoção do home office. Isso vai beneficiar serviços associados ao trabalho remoto, como comunicação unificada, softwares de virtualização e colaboração, serviços de nuvem, redes, segurança, entre outros.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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