Fed vê como adequado manter juro parado até que membros estejam ‘confiantes’ com economia
Juro americano prosseguirá entre 0% e 0,25% até que formuladores da política monetária estejam confiantes de que a economia “resistiu a eventos recentes” e “estava no caminho certo”

Os dirigentes do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, julgam apropriada a manutenção do juro do país na faixa entre 0% e 0,25%, mostra ata de encontro extraordinário realizado em 15 de março.
A taxa dos chamados "Fed Funds" prosseguirá nesse nível até que os formuladores da política monetária estejam confiantes de que a economia "resistiu a eventos recentes" e "estava no caminho certo" para atingir o máximo das metas de emprego e de estabilidade de preços definidas pelo comitê.
Todos os dirigentes do Fed avaliaram que a perspectiva econômica de curto prazo para os Estados Unidos "estava se deteriorando fortemente nas últimas semanas", tornando-se ainda "profundamente incerta", em meio à pandemia de coronavírus. Com isso, muitos dirigentes haviam várias vezes rebaixado suas perspectivas, mostra a ata.
Todos os dirigentes previram que a atividade econômica encolherá no trimestre atual, com riscos de baixa à perspectiva bem maiores.
Os participantes notaram ainda que o momento da retomada econômica dependerá das medidas de contenção da doença, bem como do sucesso delas, e das respostas de outras políticas, "incluindo a política fiscal".
Sobre o comportamento das famílias, os dirigentes apontaram que, embora o consumo tenha sido fator crucial do crescimento ao longo dos primeiros dois meses do ano, a pandemia começava a prejudicar a confiança e a exercer efeito adverso nas contas das famílias.
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Os dirigentes comentaram que as compras online poderiam substituir parte da atividade, mas não totalmente, além de avaliar que o mercado imobiliário deve ser prejudicado pelas medidas de distanciamento social, a incerteza financeira e a volatilidade no mercado de títulos do setor de ativos lastreados em hipotecas (MBS, na sigla em inglês).
Para os dirigentes, um grande risco de baixa é que a disseminação do vírus possa se intensificar naquelas áreas do país atualmente menos afetadas.
Condições financeiras globais
A ata mostrou que os dirigentes ressaltaram na última reunião de política monetária que a pandemia de coronavírus prejudicava comunidades e afetava a atividade econômica "em muitos países, inclusive nos Estados Unidos". Além disso, os dirigentes notaram que as condições financeiras globais têm sido "afetadas de modo significativo".
Os participantes da reunião mostraram "profunda preocupação" com os que tiveram a saúde afetada, observando que o problema foi, sobretudo, "uma emergência de saúde pública".
Os dirigentes comentaram que as medidas de distanciamento social tomadas para conter a pandemia, embora necessárias, devem representar um custo para a atividade econômica americana no curto prazo.
Eles disseram que os dados econômicos disponíveis mostravam que a economia dos EUA entrava nesse "período desafiador" em ritmo forte, com o mercado de trabalho ainda robusto até fevereiro e a atividade econômica crescendo "a um ritmo moderado". "Os ganhos de vagas vinham sendo sólidos em média, nos últimos meses, e a taxa de desemprego seguia baixa", diz a ata.
Os gastos das famílias haviam avançado em ritmo moderado, enquanto os investimentos em ativos fixos e as exportações haviam "permanecido fracos". Ainda segundo o documento, a perspectiva geral para a inflação e seu núcleo seguiam abaixo de 2% e as medidas de expectativa de inflação no mais longo prazo tinham tido pouca mudança.
Efeito
A crise trazida pelo novo coronavírus pode não ter efeito tão duradouro sobre a atividade quanto teve a crise de 2008, avalia o Federal Reserve, de acordo com a ata.
Além disso, para os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), o problema de liquidez no mercado de títulos corporativos ainda não chegou ao nível da última grande crise financeira.
O documento traz que os dirigentes, na reunião, assim, avaliaram não ser possível comparar as duas crises, até porque o choque atual não é financeiro, como foi em 2008.
Por outro lado, os participantes da reunião do BC dos Estados Unidos ponderaram que a duração da fraqueza econômica em decorrência da pandemia, que deve levar a contração no crescimento neste trimestre, é incerta. "As perspectivas de curto prazo para economia dos EUA se deterioram fortemente", diz o documento, que se refere à reunião de política monetária de 15 de março, quando os juros básicos americanos foram derrubados, em reunião extraordinária, para a faixa entre 0% e 0,25%.
"As medidas para conter o vírus terão impacto na atividade americana no curto prazo", segue a ata.
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