Panamby Capital reduz previsão de PIB para 1,5% e muda visão sobre Selic
Com queda na atividade econômica e inflação baixa, juros devem cair 0,5 ponto, segundo Reinaldo Le Grazie, ex-diretor do Banco Central e sócio da gestora

Diante dos impactos da pandemia do coronavírus na economia, a gestora Panamby Capital, do ex-diretor do Banco Central Reinaldo Le Grazie, decidiu reduzir a projeção para o PIB para 1,5% em 2020. A expectativa anterior era que a economia brasileira crescesse 2% neste ano.
A gestora também mudou a visão para a trajetória da taxa básica de juros (Selic). Antes do agravamento do surto do coronavírus, a Panamby fazia parte do grupo que acreditava que o Banco Central não deveria ter cortado os juros na última reunião do Copom.
“A conjuntura prescreve alívio monetário, no mundo e no Brasil, via compulsório, QE [quantitative easing] e taxa de juro.” Em uma entrevista por telefone, Le Grazie me disse que a expectativa agora é que o BC reduza a Selic em meio ponto.
“Acho que 0,50 [ponto percentual] é razoável em um dia em que o Fed [BC dos EUA] deve derrubar a taxa em 0,75 ou 1 ponto” – Reinaldo Le Grazie, Panamby Capital
A decisão do Banco Central sobre os juros acontece na próxima quarta-feira, no mesmo dia da reunião do Fed nos EUA, onde os juros poderão cair para perto de zero.
Para o ex-diretor de política monetária do BC, a queda na atividade econômica esperada com o coronavírus e os índices de inflação baixos prescrevem juros para baixo.
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Ele não espera, contudo, um novo ciclo de cortes, e sim que o Copom faça toda ou quase toda a redução de juros já na próxima reunião.
Comprado em dólar e aumentando bolsa
A avaliação de que o BC vai cortar a Selic para conter os efeitos do coronavírus na economia levou a Panamby a adotar posições compradas no mercado de juros, que passou por um forte estresse ao longo desta semana.
Um corte de 0,50 ponto percentual não pode provocar mais pressão sobre o câmbio? “Vai provocar. Eu continuo vendo o dólar para cima”, respondeu Le Grazie.
A Panamby segue comprada na moeda norte-americana, mas o ex-diretor do BC avalia que a maior parte do ajuste que ele esperava para o câmbio já foi feito. A gestora também vê espaço para aumentar as posições em bolsa depois da queda violenta das ações nas últimas semanas.
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