Na Índia, Tereza Cristina diz que agricultura brasileira não é vilã
A ministra admite que existe de fato uma preocupação grande com mudanças climáticas ao redor do mundo e que “ninguém tem pretensão de negar isso”, mas ressalta que os agricultores são os principais interessados no clima e em ter chuvas com regularidade

A agricultura brasileira não deve ser tratada como vilã das mudanças climáticas ou do meio ambiente, forma pela qual tem sido vista por parte da sociedade brasileira e também por alguns integrantes da comunidade internacional. A avaliação é da ministra Tereza Cristina, uma "caixeira-viajante" do setor, cuja equipe foi a pelo menos 32 destinos internacionais nos últimos 13 meses para promover o setor. "Abrir mercado não dá para ser por telefone, é olho no olho."
A ministra admite que existe de fato uma preocupação grande com mudanças climáticas ao redor do mundo e que "ninguém tem pretensão de negar isso", mas ressalta que os agricultores são os principais interessados no clima e em ter chuvas com regularidade. "Fica parecendo que para produzir a gente tem que destruir o meio ambiente, e não é isso. Temos 66% de vegetação nativa intacta e estamos trabalhando há muito tempo para fazer uma agricultura sustentável", afirmou em entrevista exclusiva ao serviço de notícias em tempo real do jornal O Estado de S.Paulo na Embaixada do Brasil em Nova Délhi.
A ex-líder da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) afirma, no entanto, que há gente colocando outros ingredientes e interesses na discussão ambiental. "Eles acham que a agricultura brasileira é muito competitiva. E é mesmo, mas não é destruindo a imagem do Brasil que eles vão conseguir. O Brasil foi vilanizado, botaram o alvo nas nossas costas e o povo está dando tiro", disse. Para ela, o tema ganhou mais atenção após a assinatura do acordo União Europeia-Mercosul, fechado em junho de 2019.
Na missão à Índia, o objetivo é aquele traçado desde o início da gestão: diversificar a pauta de produtos exportados pelo agronegócio brasileiro e oferecer novas oportunidades para os agricultores e pecuaristas do Brasil. Além de commodities, ela tem discutido a venda de produtos como feijão, gergelim e grão de bico para os indianos.
Segundo a ministra, a cadeia se organiza quando começa a exportar, o que eleva a competitividade e a renda. Também foi debatida a possibilidade de redução de tarifa para carne de frango e suína e a abertura do mercado para citrus.
Tereza Cristina ainda enalteceu a liderança do Brasil em pesquisas e inovações para a agropecuária tropical, dizendo que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pode ser um atrativo nas negociações bilaterais.
Leia Também
A ministra citou ainda as possibilidades para o Brasil diante do interesse dos indianos em começar a produzir etanol e em mudar sua matriz energética. O governo do primeiro-ministro Narendra Modi quer chegar a 20% de etanol na mistura com a gasolina - hoje não passa de 7% - e demonstrou interesse nos motores flex do Brasil. "É um jogo de ganha-ganha", resume, citando que o Brasil tem equipamentos de última geração e tecnologias inovadoras que os indianos podem adquirir.
"As conversas estão acontecendo, mas não é do dia para a noite. Agora, só anda se tiver interesse, se não a gente vem aqui e fala bonito, vamos embora e ninguém dá continuidade. Mas, na minha percepção, o momento é bom".
Em meio a tensões entre Ucrânia e Rússia, Bolsonaro e Putin destacam parceria na área de fertilizantes
Bolsonaro ainda citou o lado conservador do colega russo. “Compartilhamos de valores comuns, como crença em Deus e defesa da família”
Fiagro: fique por dentro da nova forma de ganhar dinheiro investindo no agronegócio
Fundo é uma junção dos recursos de vários investidores para a aplicação em ativos de investimentos do agronegócio, sejam eles de natureza imobiliária rural ou de atividades relacionadas à produção do setor
Agenda de indicadores: Fique por dentro dos números que mexem com o mercado na próxima semana
O grande destaque entre os indicadores da economia previstos para a próxima semana é a inflação medida pelo IPCA. Confira a agenda completa
BrasilAgro vende área no Mato Grosso por R$ 589 milhões, mais do que o levantado no IPO
Na abertura de capital, em fevereiro deste ano, empresa levantou R$ 500,1 milhões; com operação, a companhia diz aproveitar “bom ciclo das commodities”
Boa Safra (SOJA3) encontra solo fértil na B3, e Itaú BBA recomenda compra da ação, que já subiu 40% desde IPO
As perspectivas para a empresa, que já é líder no mercado nacional de sementes, e os múltiplos da ação agradaram os analistas do banco de investimentos
Divergência entre gigantes: Comissão da Câmara quer ouvir Guedes, BB (BBAS3) e Caixa sobre saída da Febraban
As duas instituições discordaram da adesão da federação a um manifesto que será lançado pela Fiesp amanhã, que pede harmonia entre os Poderes
Demanda em alta: Energisa (ENGI11) registra alta na venda de energia em julho – Veja os números
Segundo boletim mensal da companhia, desempenho foi impulsionado principalmente pelos clientes dos segmentos de comércio e indústria
Dragão pesado: Ipea revisa para cima projeção para inflação – Veja o que a instituição espera do IPCA
Instituto aponta combinação de aumento dos preços internacionais das commodities com o momento do clima, com período de secas e geadas
De olho no peixe: JBS (JBSS3) entra no mercado de salmão com compra de empresa australiana
Depois de ter confirmado em abril a estreia no mercado plant-based via aquisição da holandesa Vivera, a companhia entra agora no segmento da agricultura
Vidas secas? Bolsonaro admite que Brasil vive “enorme crise hidrológica”
Presidente citou a falta de chuvas como um dos grandes problemas econômicos do país, juntamente com os efeitos causados pela pandemia
Armac consegue emplacar teto de faixa indicativa e IPO movimenta R$ 1 bilhão
Preço por ação ficou em R$ 16,63, e empresa estreia na B3 nesta quarta-feira; recursos serão utilizados para aquisição de novos equipamentos para locação
Imagem do Brasil no mundo ‘é a pior da história’, diz presidente da associação brasileira do agronegócio
Ainda assim, porém, o Brasil é o país que tem maior potencial de se tornar relevante no mercado internacional de carbono, disse Marcello Brito
Agribrasil define intervalo de preço por ação em IPO, que pode movimentar até R$ 352,7 milhões
Empresa de Frederico Humberg vai levar a mercado ações precificadas entre R$ 7,70 e R$ 10,06 em oferta inicial com distribuição primária e secundária
AgroGalaxy lança nova tentativa de IPO, que pode movimentar até R$ 567 milhões
É a segunda vez que a empresa coloca no mercado sua abertura de capital, depois do cancelamento da operação em março; oferta será somente primária
Agronegócio bate recordes e cidades do interior veem salto no consumo de luxo
Setor vive momento positivo, e a receita com produção de grãos e culturas perenes deve chegar a R$ 787,9 bilhões em 2021, alta de 53% ante 2020
Três Tentos Agroindustrial precifica ação em IPO, que movimenta R$ 1,3 bilhão
Valor unitário foi definido em R$ 12,25, e empresa colocará em seu caixa mais de R$ 1,1 bilhão, resultante da oferta primária, enquanto acionistas embolsam quase R$ 200 milhões
SLC Agrícola e Terra Santa: condições para combinação de negócios foi cumprida
Segundo fato relevante conjunto das companhias, foram fechados o 1º Aditamento ao Acordo de Associação e Outras Avenças e um termo de pré-fechamento da operação
Prestes a realizar IPO, AgriBrasil aposta em sustentabilidade e expansão geográfica
Empresa que atua no ramo de exportação de grãos foi fundada em 2013 por Frederico Humberg, que vai aproveitar oferta para vender ações
Índice de preços de alimentos da FAO tem maior ganho desde outubro de 2010
O resultado de maio além de representar o maior ganho mês a mês desde outubro de 2010, também marcou o décimo segundo aumento mensal consecutivo
PIB cresce 1,2% no primeiro trimestre ante o fim de 2020, impulsionado pelo agronegócio
Variação ficou acima da média das projeções. Em relação ao mesmo período do ano passado, a economia brasileira avançou 1%, também melhor que o esperado