Guedes tem credibilidade e mudança agora pode ser interpretada de forma negativa, diz Maia
Mesmo em conflito com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a permanência do economista no governo de Jair Bolsonaro
Mesmo em conflito com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a permanência do economista no governo de Jair Bolsonaro. "No meio de uma pandemia, troca de ministros sempre gera insegurança. Você tem dois ministros que têm ainda credibilidade na sociedade e um terceiro, Paulo Guedes, que também credibilidade na sociedade. Tive alguns conflitos com ele nas últimas semanas, mas isso não me coloca aqui apenas para criticá-lo, ele tem credibilidade", disse Maia ao ser questionado sobre uma possível saída de Guedes.
Para Maia, uma mudança agora pode ser interpretada de forma negativa pela sociedade. "Acho que ele (Guedes) tem tentado colaborar da forma que ele acredita, por isso que muitas vezes a gente diverge, mas diverge do ponto de vista das ideias, não do pessoal. O que a gente espera é que, com menos turbulência, todos juntos possam construir um caminho para que o Brasil possa superar essa crise, com um dano menor."
Maia e Guedes divergiram sobre como socorrer os Estados durante a pandemia. A Câmara aprovou um projeto que prevê a compensação da queda de arrecadação do Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS) pela União. Já o governo quer oferecer um valor fixo atrelado a contrapartidas, como o congelamento do salário de servidores.
O projeto está sendo discutido agora pelo Senado. "Acho que é legítimo que o Senado trabalhe e possa manter ou não, retificar o texto da Câmara, mas nós temos muita convicção", disse Maia sobre o socorro aos Estados.
Ele disse que sua convicção aumentou muito em relação à necessidade de garantir um seguro sobre a queda de arrecadação de impostos. "Não podemos esquecer que outros impostos, como o caso do IPVA, IPTU, também terão quedas de arrecadação grandes", disse.
"Vamos esperar o texto apresentado pelo presidente do Senado e vamos dialogar", afirmou.
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