Mercado suaviza projeção de queda para o PIB em 2020; confira destaques do Relatório Focus
Projeção para a inflação também foi revisada para cima, passando de 3,20% para 3,25%

Os economistas do mercado financeiro suavizaram a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) para 2020 no Relatório Focus divugado nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central. A projeção para a queda da economia brasileira passou de 4,80% para queda de 4,66%.
A expectativa para a inflação também foi revisada para cima. O mercado espera que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avance a 3,25%, contra 3,20% do relatório da semana passada. Há um mês a projeção era de alta de 2,65%.
Focus melhora expectativa para PIB
Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 4,80% para queda de 4,66%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,00%. Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,31%. Quatro semanas atrás, estava em 3,47%.
No Focus divulgado nesta segunda-feira, 16, a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 5,49% para retração de 5,34%. Há um mês, estava em baixa de 5,98%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 4,00% para 3,72%, ante 4,27% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 67,74% para 67,00%. Há um mês, estava em 67,40%. Para 2021, a expectativa foi de 70,00% para 69,60%, ante 70,00% de um mês atrás.
Previsão para o IPCA
Os economistas também alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2020. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 3,20% para 3,25%. Há um mês, estava em 2,65%. A estimativa para o índice em 2021 foi de 3,17% para 3,22%. Quatro semanas atrás, estava em 3,02%.
Leia Também
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas expectativas eram de 3,50% e 3,25%, nesta ordem.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de outubro foi de 0,86%. Em 12 meses, a taxa acumulada está em 3,92%.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 3,08% para 3,14%. Para 2021, a estimativa do Top 5 passou de 3,31% para 3,36%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 2,82% e 3,17%, respectivamente.
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,50%, igual a um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,38%, também igual a quatro semanas antes.
Últimos 5 dias úteis
A projeção mediana para o IPCA de 2020 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis foi de 3,27% para 3,39%, conforme o Relatório Focus. Houve 41 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 2,76%.
No caso de 2021, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,27% para 3,38%. Há um mês, estava em 3,10%. A atualização no Focus foi feita por 41 instituições.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em novembro de 2020, de alta de 0,40% para avanço de 0,45%. Um mês antes, o porcentual projetado indicava alta de 0,29%
Para dezembro, a projeção no Focus foi de alta de 0,55% para 0,56% e, para janeiro de 2021, passou de alta de 0,38% para 0,39%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0,44% e 0,32%, nesta ordem.
No Focus agora divulgado, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de alta de 3,52% para 3,56% de uma semana para outra - há um mês, estava em 3,37%.
Confira as principais projeções do Relatório Focus desta semana
IPCA
- 2020: de 3,20% para 3,25%
- 2021: de 3,17% para 3,22%
- 2022: estável em 3,50%
- 2023: estável em 3,50%
PIB
- 2020: de -4,80% para -4,66%
- 2021: estável em 3,31%
- 2022: estável em 2,50%
- 2023: estável em 2,50%
Câmbio
- 2020: de R$ 5,45 para R$ 5,41
- 2021: estável em R$ 5,20
- 2022: estável em R$ 5,00
- 2023: de R$ 4,94 para R$ 4,88
Selic
- 2020: estável em 2%
- 2021: estável em 2,75%
- 2022: estável em 4,50%
- 2023: estável em 6,0%
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Bradesco dispara em ranking do Banco Central de reclamações contra bancos; Inter e PagSeguro fecham o pódio. Veja as principais queixas
O Bradesco saiu da sétima posição ao fim de 2024 para o primeiro colocado no começo deste ano, ao somar 7.647 reclamações procedentes. Já Inter e PagSeguro figuram no pódio há muitos trimestres
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
O preço de um crime: fraudes no Pix disparam e prejuízo ultrapassa R$ 4,9 bilhões em um ano
Segundo o Banco Central, dados referem-se a solicitações de devoluções feitas por usuários e instituições após fraudes confirmadas, mas que não foram concluídas
Powell na mira de Trump: ameaça de demissão preocupa analistas, mas saída do presidente do Fed pode ser mais difícil do que o republicano imagina
As ameaças de Donald Trump contra Jerome Powell adicionam pressão ao mercado, mas a demissão do presidente do Fed pode levar a uma longa batalha judicial
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Agenda econômica: IPCA, ata do Fomc e temporada de balanços nos EUA agitam semana pós-tarifaço de Trump
Além de lidar com o novo cenário macroeconômico, investidores devem acompanhar uma série de novos indicadores, incluindo o balanço orçamentário brasileiro, o IBC-Br e o PIB do Reino Unido
Banco Master: Reunião do Banco Central indica soluções para a compra pelo BRB — propostas envolvem o BTG
Apesar do Banco Central ter afirmado que a reunião tratou de “temas atuais”, fontes afirmam que o encontro foi realizado para discutir soluções para o Banco Master
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Pix parcelado já tem data marcada: Banco Central deve disponibilizar atualização em setembro e mecanismo de devolução em outubro
Banco Central planeja lançar o Pix parcelado, aprimorar o Mecanismo Especial de Devolução e expandir o pagamento por aproximação ainda em 2025; em 2026, chega o Pix garantido
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Não haverá ‘bala de prata’ — Galípolo destaca desafios nos canais de transmissão da política monetária
Na cerimônia de comemoração dos 60 anos do Banco Central, Gabriel Galípolo destacou a força da instituição, a necessidade de aprimorar os canais de transmissão da política monetária e a importância de se conectar com um público mais amplo
Banco Master: Compra é ‘operação resgate’? CDBs serão honrados? BC vai barrar? CEO do BRB responde principais dúvidas do mercado
O CEO do BRB, Paulo Henrique Costa, nega pressão política pela compra do Master e endereça principais dúvidas do mercado
Boletim Focus mantém projeção de Selic a 15% no fim de 2025 e EQI aponta caminho para buscar lucros de até 18% ao ano; entenda
Com a Selic projetada para 15% ao ano, investidores atentos enxergam oportunidade de buscar até 18% de rentabilidade líquida e isenta de Imposto de Renda