De olho em entretenimento, fundo Mubadala vai disputar Ibirapuera
Fundo avalia participar, por meio de sua empresa IMM, da licitação de investimento que não deve sair por menos de US$ 100 milhões

Um dos maiores fundos soberanos do mundo, o Mubadala, de Abu Dabi, está se preparando para fazer pesados investimentos no Brasil para ampliar sua participação nos setores de esporte e entretenimento. O fundo avalia participar, por meio de sua empresa IMM, da licitação do complexo do Ibirapuera, um investimento que não deverá sair por menos de US$ 100 milhões.
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O complexo do Ibirapuera, que inclui ginásio e arena, é estratégico para a IMM porque o espaço pode atrair eventos esportivos e culturais que o País não comporta, como jogos de basquete da NBA, por exemplo. Quem vencer essa licitação, será o responsável pela construção e exploração de um espaço multiuso, com capacidade para até 20 mil pessoas no local, que foi idealizado originalmente para ser a Madison Square brasileira.
Maior mercado de entretenimento da América do Sul, a cidade de São Paulo tornou-se o principal alvo de investimento da IMM (ex-IMX, que pertencia ao empresário Eike Batista e vendeu o controle para o fundo árabe em 2015). O Mubadala foi um dos credores que herdaram uma parte do Império X, que foi se esfacelando com a derrocada do empresário. Ficou, por exemplo, com o Porto Açu, Hotel Gloria, que está à venda, e negócios de mineração.
Com a IMM, o Mubadala quer se tornar uma referência em shows e eventos esportivos. Proprietária de marcas, como São Paulo Fashion Week (moda), Taste of São Paulo (gastronomia) e Rio Open (tênis), a IMM também tem parcerias estratégicas para crescer em organização de eventos, caso do Cirque du Soleil e de musicais que organiza em São Paulo e no Rio.
"Queremos transformar São Paulo em uma das maiores plataformas de entretenimento da América do Sul", diz Alan Adler, principal executivo da IMM. Sob a gestão de Adler, a IMM está criando uma agência de marketing e comunicação, que ainda está em gestação, a IMM Creative Marketing, que será dirigida pelo publicitário Silvio Matos.
Com receita de R$ 250 milhões em 2019, a IMM também tem participado de conversas para assumir a organização da Fórmula 1 em São Paulo.
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Adler descarta, por ora, fazer aquisições de negócios concorrentes. Não interessa à IMM, por exemplo, ser dona de casas de espetáculos. A companhia é dona da Tudus, empresa que vende ingressos online.
Para Carlos Herrera, analista da consultoria Condor Insider, a IMM está crescendo em um setor que voltou a se expandir no Brasil. "Até 2011, o País era a potência mundial e atraia vários shows. Mas depois da crise, o poder aquisitivo começou a cair e o público para grandes espetáculos diminuir", disse. Para Herrera, a IMM precisa, contudo, criar uma identidade para o seu negócio. "A IMM não tem um posicionamento claro no mercado."
Homem de confiança
Braço direito de executivos do Mubadala no País, Adler participa, uma vez por mês, de reuniões para definir a estratégia de expansão da IMM com gestores do fundo de Abu Dabi. "Tenho muito liberdade para sugerir negócios. Não há um cheque com um valor pronto para fazer investimentos. Temos mandatos para comprar ativos que façam sentido aos negócios do fundo. E dinheiro não é problema para os investidores de Abu Dabi", diz Adler.
É no Rio de Janeiro que o Mubadala mantém a sede do fundo para a América do Sul - a cidade, contudo, já não é mais vitrine de grandes eventos para o IMM. "O Rio, sem dúvidas, concentra um cartão postal muito bonito, mas a economia do Estado está ruim. São Paulo será o nosso foco e tem tudo para ser uma Broadway brasileira", diz.
Com ativos herdados do espólio de Eike Batista, o Mubadala também está expandindo seus negócios fora da área de entretenimento no País.
Com US$ 229 bilhões sob gestão, o fundo de Abu Dabi avalia comprar refinarias da Petrobrás e investir em óleo e gás. O fundo de Abu Dabi foi um dos investidores que chegaram a avaliar gasodutos da Petrobrás e também deve olhar concessões no País. Procurado, o Mubadala não comenta ps movimentos de expansão no País.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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